O céu

Ingrid Souza
Entre Resenhas & Poemas
2 min readMay 27, 2020
Foto: Ingrid Souza

Não tem algo mais instigante do que o céu. Fazia tempo que não o observava. Hoje está frio, 18 horas da noite e o céu está um azul escuro com as nuvens bem destacadas e desenhadas, parecem até que foi pintado com giz de cera. Lembro quando eu estava na pré-escola e um dia tive que pintar um céu azul de giz e fazer nuvens de algodão.

Lembro de sair do trabalho às 18 no verão e ver o sol se pondo e o quanto eu ficava fascinada olhando pela janela do ônibus aquelas cores principalmente o alaranjado. Muita gente deve ter pensado que eu tinha problemas mentais, mas eles deveriam enxergar o que eu enxergo. O quanto é belo as coisas mais simples, está ali para todos contemplarem e o melhor que é de graça. Uma obra de arte gratuita.

Quando eu era criança todos os dias olhava o céu estrelado a noite, sempre tem uma estrela que brilha mais, se destaca entre as demais. Eu olhava no calendário para saber qual era a lua do dia, ou melhor da noite e a observava também. Eu apontava para as estrelas e a minha mãe dizia que ia nascer uma verruga no meu dedo ou no nariz por apontar.

Um dia eu vi uma estrela cadente, não sei se realmente era, mas prefiro acreditar que era verdade sim. Quando eu trabalhava bem cedo de manhã via o sol nascer mesmo morrendo de sono, era gostoso sentir o ar da manhã e aquele sol fraquinho e aos poucos ia ficando grande até ensolarar tudo.

Hoje em dia raramente lembro de olhar para o céu. Mas cada vez que paro para observar continuo impressionada e tentando entender o porque ele é assim. Tem coisas que não tem explicação, mas é preciso sentir pra ter melhor compreensão.

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Ingrid Souza
Entre Resenhas & Poemas

Quando não cabe mais no peito (seja por tristeza ou por alegria) eu escrevo pra desabafar. Jornalista e falo de livros/séries no @seriandocomlivros