Diário de uma manteiga derretida: agosto de 2018

Sofia Soter
Entusiastas
Published in
3 min readSep 4, 2018
Wynonna protegendo Waverly na série Wynonna Earp.

Agosto é meu mês preferido, porque é quando faço aniversário, no dia 7. É um mês de comemorar, tirar mil selfies, curtir a energia leonina, me arrumar para festas com temas elaborados e específicos (no caso, a deste ano foi temática de espiões). Apesar de adorar (e estudar) astrologia, não sou muito adepta dessa história de inferno astral; no entanto, os dados extremamente objetivos (ou não) dos meus registros não mentem: chorei todos os dias até meu aniversário, e depois quase nenhum.

1/8: Acordei esquisita, depois de muitos pesadelos. Li um monte de fanfic de Stranger Things para me reconfortar. Chorei.

2/8: Decidi adiantar um pouco a leitura de Um milhão de finais felizes, do Vitor Martins. Cheguei ao capítulo 30, comecei a chorar, não parei até o fim, às duas da manhã. (O livro é lindo, leiam.)

No lançamento carioca de "Um milhão de finais felizes", do Vitor Martins, que já li e emprestei e levei para pegar autógrafo por excesso de amor.

3/8: Acompanho a Casey McQuiston na internet faz muitos anos, desde o Tumblr, desde o Livejournal, desde alguns nomes de usuário atrás. Choro com coisas que ela escreve faz muitos anos também. A newsletter dela, sempre maravilhosa, não é exceção, e a que chegou no dia 3 me fez chorar muito, porque é sobre um dos assuntos que mais me garante lágrimas: sair do armário. A frase com que ela termina o texto está pronta para ser impressa e colada na minha parede, como um lembrete diário: "So, here’s me, a person, standing next to my truth for today."

4/8: Wynonna Earp é uma das minhas séries preferidas e não consegui conter as lágrimas no terceiro episódio, especialmente quando Wynonna demonstra, mais uma vez, o quanto sua irmã mais nova, Waverly, é importante. "You're my favorite person in the world, baby girl."

5/8: Saí para tomar um café com a Analu (cocriadora e coeditora desta belíssima publicação chamada Entusiastas) e com a Vanessa. Estávamos conversando sobre nossos avós e meus olhos marejaram com a história mais linda que ela contou (e que deixo que ela, se quiser, conte por aqui algum dia).

6/8: Estava frio (para o Rio), saí para a aula de boxe, e "Chicago", do Sufjan Stevens, começou a tocar na playlist do Spotify. É fisicamente impossível ouvir "Chicago" sem chorar, especialmente no frio, especialmente com sono.

19/8: Vi o novo amor da internet, To All The Boys I've Loved Before (merece mesmo o amor, vejam!), e chorei, claro, com uma cena entre as irmãs Covey. Mais precisamente, quando Lara Jean chega em casa da viagem, desolada, no Natal, abraça Kitty e, de repente, vê que Margot também está lá, pronta para abraçá-la.

21/8: O quinto episódio da terceira temporada de Wynonna Earp não me fez chorar, mas a recap escrita pela Valerie Anne no Autostraddle (que eu sempre leio) conseguiu conquistar minhas lágrimas. O texto fala sobre depressão, sobre apoio, sobre resiliência, e é lindíssimo.

24/8: Na terapia, depois de falar um monte sobre Sentimentos (TM), chorei mesmo quando contei que seria mesária nas eleições e comecei a falar de política. Infelizmente, prevejo que esse tema será recorrente nos próximos meses de coluna.

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