Lendo mulheres muito bem acompanhada
Desde que eu conheci a palestra da Chimamanda no TED que fala sobre os perigos da história única, eu comecei a ter vontade de buscar, cada vez mais, autores e histórias diferentes. Sobretudo, mulheres. Por que mulheres? Porque sim. Porque elas foram apagadas por muito tempo e o são até hoje, porque a literatura feita por homens falando sobre homens é considerada universal enquanto a literatura produzida por mulheres é considerada “feminina” e isso é um erro muito grande.
Continuo lendo autores homens? Continuo, mas tenho muito mais vontade de descobrir novas mulheres fazendo arte por aí e, esse ano, por exemplo, já li 14 livros de mulheres contra 3 de homens — e aí eu vim então fazer uma pequena ode a uma iniciativa que me incentiva sempre nessa caminhada e que devia ser ainda mais conhecida e disseminada do que é o: Leia Mulheres.
Começou como um movimento na internet e só o movimento por si já é muito válido e interessante, mas eu queria falar mesmo são dos clubes, das cidades e seus encontros. Várias cidades do Brasil já têm seu próprio Leia Mulheres, com encontros mensais, e eu faço o possível para ir em todos os da minha cidade.
Nesses encontros a gente conhece um monte de mulher massa, cheia de história pra contar, vontade de conversar e muito fôlego pra debater. Há quase 1 ano participando com assiduidade, já li alguns livros que dificilmente eu leria sem esse motivo, conheci outros tipos de histórias, outras forças de autoras e tive a oportunidade de falar sobre o assunto com muita gente legal e interessada. O Leia Mulheres se tornou um presente na minha vida, um afago quentinho no coração, uma oportunidade única de ler em conjunto todo mês e ter com quem destrinchar o assunto. Sou entusiasta e indico pra todo mundo ❤
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