Mercado de trabalho pós-pandemia: as mudanças para empresas e colaboradores

Projeto Etcetera
E Outras Coisas
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2 min readDec 4, 2020

Reportagem de Larissa Mendes, Olavo Rodrigues e Richelly Vieira

Como um efeito dominó, o Home Office (Escritório em Casa) não requer apenas adaptação dos colaboradores, mas também das empresas e dos líderes.

Se o futuro do mercado de trabalho já prometia muitas mudanças, o que podemos esperar agora, após a pandemia da Covid-19? O fato é que a crise antecipou a chegada de uma tendência. De um tempo para cá, algumas empresas já vinham adotando o Home Office, e hoje, o que era uma opção, se tornou uma necessidade.

“Se alguém ainda tem dúvidas, esse é um modelo de trabalho que veio para ficar”, é o que explica o advogado trabalhista pessoense Rogério Miranda. Segundo o especialista, isso vai acontecer porque as pessoas perceberam que não precisam estar fisicamente na empresa para serem produtivas. Outro fator que terá uma forte influência nesse modelo de trabalho é o custo.

“É evidente que quanto menos funcionários na empresa, menos gastos. Menos consumo de elevador, de ar condicionado, de iluminação, do cafezinho… E, no final das contas, uma economia considerável”, diz.

Miranda destaca ainda que as empresas vão começar a questionar alguns postos de trabalho, principalmente aqueles que são mais mecanizados. Esse tipo de atividade tende a ser substituída pela inteligência artificial.

Um estudo recente da universidade de Oxford chamou a atenção do mundo ao apresentar que cerca de 45% dos empregos poderão ser eliminados até 2030 e novos cargos surgirão.

O desenvolvedor de software Leandro Santos já está trabalhando remotamente há nove meses. Diz está “curtindo bastante” a nova experiência. “Me proporcionou um estilo de trabalho sem as correrias do trânsito”, afirma. Assim como outros funcionários, a tendência é de que o home office deve aumentar, mesmo com a pós-pandemia.

Segundo Fernando Barra, especialista em tecnologia e inovação e autor do livro “Meu Emprego Sumiu!”, o trabalho do futuro não será absolutamente um “emprego”, hierárquico, baseado em comando e controle, rotineiro e padronizado, mas sim, algo a ser abraçado e desfrutado.

Em seu livro, Fernando Barra afirma que as mudanças que estão ocorrendo graças à tecnologia e a revolução digital modificam as relações econômicas entre empresas e empregados. Novas tecnologias estão permitindo criar novos modelos de produção e prestação de serviços que extrapolam a relação já conhecida entre empregado e empregador. Ressalta ainda que a busca por profissionais habilitados para este novo tempo gera uma imensidão de oportunidades e que é preciso se preparar para as habilidades profissionais mais requeridas.

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Conteúdo jornalístico desenvolvido pelo curso de Comunicação Social da Uninassau João Pessoa