Resenha de Meia-Noite em Paris

Projeto Etcetera
E Outras Coisas
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2 min readApr 14, 2023

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Texto de Matheus Gabriel*

Meia-Noite em Paris, obra do diretor Woody Allen, é prazer cinematográfico do começo ao fim. Simples e envolvente, ela te prende durante todo o tempo, e nos agracia com personagens únicos, desde os mais carismáticos, aos mais insuportáveis.

Foto: Divulgação

No filme acompanhamos as férias de Gil Pender (interpretado por Owen Wilson), roteirista e aspirante a escritor, com sua noiva e os sogros. Ele sente cansado da vida como produtor de filmes em Hollywood, e vê na cidade luz (Paris) um lugar onde muitos de seus ídolos viveram, uma chance de viver sob uma nova ótica.

Como nem tudo são flores, essas férias se tornam mais chatas com a chegada de Paul Bates (com atuação de Michael Sheen), amigo de sua esposa Inez. Paul é aquela pessoa chata, que sabe de tudo e faz questão de mostrar para todos.

Ao escapar de mais um passeio enfadonho com sua esposa, Gil acaba se perdendo na cidade. Após as 12 badaladas do sino, embarca em uma aventura totalmente inesperada, voltando a Paris do anos de 1920 e encontrando vários daqueles que lhe inspiram, como Ernest Hemingway (interpretado por Corey Stoll) e Zelda Scott Fitzgerald (interpretada por Alison Pill), realizando o sonho de viver um romance parisiense.

Assim, a cada meia-noite é uma oportunidade única de tornar esse sonho cada vez mais real.

Como já disse antes, o filme se faz envolvente, fazendo você também ter a vontade de viver aquele romance. Isso aliado a ótimas atuações, um repertório musical repleto de clássicos, desde Sidney Joseph Bechet a Stephane Wrembel. Uma fotografia linda que nos leva a um passeio pelas duas cidades: a Paris moderna e agitada, e a romântica e charmosa do século XX, com seus bistrôs.

No final de tudo, temos um ótimo filme para assistir em um final de semana sozinho ou acompanhado, e que nos faz pensar em como seria uma vida em uma época diferente, idealizando um passado perfeito que só existe em nosso imaginário. Também nos questiona qual o real intuito da arte: ser vivenciada ou simplesmente aprendida?

*Estudante do Curso de Jornalismo da Uninassau João Pessoa

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Conteúdo jornalístico desenvolvido pelo curso de Comunicação Social da Uninassau João Pessoa