Pergunte: Por que?

Magno De Santana
2 min readDec 1, 2019

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“No trabalho, tendemos a ficar obcecados com o como,
mas raramente falamos sobre o porquê”
— Dan Pink

Na vida profissional do trabalhador do conhecimento somos constantemente desafiados a resolver problemas complexos. Quando nos deparamos com um desafio, frequentemente nos perguntamos: “Como podemos resolver isso?”.

É incrível como sempre estamos em estado de emergência. Queremos resolver imediatamente qualquer coisa que apareça em nossa frente. O senso de urgência somada à falta da indagação do “porquê?” é um terreno fértil para nos perdermos na criação de soluções sem relevância.

De acordo com o jornalista e norte-americano H. L. Mencken, “Para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada“. Neste caso, será que estamos fazendo a pergunta adequada?

Durante a solução de um problema, se focarmos primeiro no “Como” e não no “Porquê”, chegamos a uma solução funcional. Neste caso, corremos o risco de não resolver o problema de fato.

Quando não temos clareza dos motivos de estarmos fazendo o que estamos fazendo, colocamos nosso foco exageradamente na vazão (a quantidade de coisas que entregamos) e não no valor.

Ao responder a pergunta: “Por que resolver esse problema é importante para nós?” teremos um impacto mais substancial e de longo prazo na nossa vida e na vida das pessoas. O nosso foco deve ser sempre em gerar impacto.

Faça o seguinte teste para entender se você compreende o problema
que está resolvendo:

1. Qual problema você está resolvendo?
2. Qual objetivo você busca alcançar?
3. Quem sofre com o problema que você está tentando resolver?
4. Por que você é a melhor pessoa para resolver esse problema?
5. Por que o que você está fazendo agora é importante?

Lembre-se: ao ser desafiado experimente se perguntar “Por que resolver esse problema é importante?” ao invés de “Como podemos resolver esse problema?”.

Não se espante se você descobrir que para resolver um problema ou atingir um objetivo de negócio, você não precisa desenvolver funcionalidade alguma. Também é comum que nesse processo o problema seja invalidado, ou seja, descobrir que o problema não existe ou não é aquele que se imaginava ser.

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