uma de cada vez
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1 min readFeb 28, 2018
o bom de ser eu
é que,
embora toda bagunça
dentro do peito,
uma poesia perdida
é sempre possível
de ser encontrada.
em todos cadernos,
lá está ela que
carrego na bolsa
esqueço na mala
repousa ao lado da cama
descança sob a prateleira
adormece entre livros bons.
num bilhete pequenino
numa folha de presente
num rascunho de entrevista
numa carta sem remetente
num índice de revista
quando preciso
- e só elas sabem a hora -
revivemo-nos
matamos as saudades
elas me dizem coisas
diferentes
lindas
que nunca pensei antes
que sorte ter
uma poesia
perdida
em folhas
sortidas.