George Floyd foi brutalmente assassinado na cidade para onde se mudou para “Ter uma vida melhor”.

Juliano Trevisan
Escurecendo as Coisas
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2 min readJun 8, 2020

George Floyd foi brutalmente assassinado, na segunda-feira (25), na cidade onde se mudou para como ele mesmo disse: “Ter uma vida melhor”.

Floyd foi detido por um policial de Mineápolis, que o imobilizou e ajoelhou sobre o seu pescoço, até que morresse por asfixia.

As súplicas foram muitas, tanto por Floyd dizendo a todo momento que estava com dor, que não conseguia respirar, agonizando, como pelos pedestres que por ali passavam e começaram a filmar o ocorrido.

Súplicas que de nada adiantaram, pois o policial, como um predador que capturou sua presa e, quer se exibir, ficou ali, posando para as câmeras como um “herói” por quase 8 (oito) minutos, os últimos da vida do home negro

O motivo? Uma acusação de ter entregado um cheque falsificado.

Muitos se perguntam “como pode alguém fazer isso com uma pessoa”. A resposta é muito simples, para o policial, ele não estava ajoelhando no pescoço de um semelhante e sim, de alguém inferior a ele. Sim, talvez você não tenha consciência disso e pense que estou exagerando mas, é assim que o racismo age, e é através da supremacia racial que grupos e pessoas buscam justificativas para promover estas e tantas outras cenas de injustiça, discriminação e violência.

Para quem diz que a cor não tem influência no que aconteceu, é só você somar esta a várias outras ações policiais equivocadas ou desproporcionais que acabam resultando na morte de um negro.

As formas de violência? são várias.

A cor? é sempre a mesma: preta.

A lei e os agentes tratam sim, de maneira muito mais severa uma infração cometida por um negro, isto quando há uma infração.

Um exemplo disso, aqui no Brasil, foi um levantamento feito pela Agencia Pública, em São Paulo, em casos de porte de drogas.

O estudo “revelou” que, se você é negro, 145 gramas são o suficiente para gerar uma condenação.

E entre condenados brancos? No mínimo 1,14 QUILOS. Abaixo disso o caso não “ia pra frente”.

A pesquisa revelou vários outros casos de brutalidade e desproporcionalidade de aplicação da lei quando o acusado é negro.

Hoje Minneapolis queima. Queima por justiça, pois “clamar” por ela já fizemos por muito tempo e não tem adiantado

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Juliano Trevisan
Escurecendo as Coisas

Produtor de Conteúdo | Analista de Performance | Inbound Marketing | Comissão Estadual de Igualdade Racial