Universidade de Tel Aviv descobre que luzes de LED matam o coronavírus.

Gustavo Ramos
Esentia Inteligência
2 min readDec 15, 2020

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Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv (TAU) provaram que o coronavírus pode ser morto de forma eficiente, rápida e barata usando diodos emissores de luz ultravioleta (UV-LEDs).

A tecnologia UV-LED em breve estará disponível para uso privado e comercial e poderá ser instalada em sistemas de ar condicionado, aspiradores de pó e sistemas de água, por exemplo. E mais importante: pode ser feito de imediato, pois as lâmpadas são amplamente disponíveis.

Este é o primeiro estudo realizado sobre a eficiência de desinfecção da irradiação UV-LED em diferentes comprimentos de onda ou frequências em um vírus da família dos coronavírus. O estudo foi conduzido pelo Professor Hadas Mamane, Chefe do Programa de Engenharia Ambiental da Escola de Engenharia Mecânica da TAU e Iby e Aladar Fleischman Faculdade de Engenharia. O artigo foi publicado na edição de novembro de 2020 do Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology.

“O mundo inteiro está procurando soluções eficazes para desinfetar o coronavírus”, disse a professora Mamane. “O problema é que para desinfetar um ônibus, trem, ginásio ou avião por meio de pulverização química, é necessária mão-de-obra física e, para que a pulverização seja eficaz, é necessário dar tempo ao produto químico para agir na superfície. Sistemas de desinfecção baseados em lâmpadas de LED, no entanto, podem ser instalados no sistema de ventilação e ar condicionado, por exemplo, e esterilizar o ar aspirado e, em seguida, emitido para o ambiente.

“Descobrimos que é muito simples matar o coronavírus usando lâmpadas LED que irradiam luz ultravioleta”, explicou ela. “Matamos os vírus usando lâmpadas LED mais baratas e disponíveis, que consomem pouca energia e não contêm mercúrio como as lâmpadas normais. Nossa pesquisa tem implicações comerciais e sociais, dada a possibilidade de usar essas lâmpadas LED em todas as áreas de nossas vidas, com segurança e rapidez.”

O estudo

Os pesquisadores testaram o comprimento de onda ideal para matar o coronavírus e descobriram que um comprimento de 285 nanômetros (nm) era quase tão eficiente na desinfecção do vírus quanto um comprimento de onda de 265 nm, exigindo menos de meio minuto para destruir mais de 99,9% do coronavírus.

É importante notar que é muito perigoso tentar usar esse método para desinfetar superfícies dentro das casas, de forma caseira. Para ser totalmente eficaz, um sistema deve ser projetado de forma que uma pessoa não seja diretamente exposta à luz.

O estudo foi realizado em colaboração com o professor Yoram Gerchman do Oranim College; Dr. Michal Mandelboim, Diretor do Centro Nacional de Influenza e Vírus Respiratórios do Sheba Medical Center em Tel HaShomer; e Nehemya Friedman de Tel Hashomer.

A pesquisa está disponível no site da revista.

Fonte

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Gustavo Ramos
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