Conheça Agnès Varda, e entenda seu grande impacto para o cinema

Espaço f/508
Revista f/508
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2 min readJul 3, 2022

Antes de começar a carreira no cinema, Agnès trabalhava como fotógrafa — e a relação com a fotografia teve grande influência no seu trabalho enquanto cineasta. A diretora com alguma frequência utilizou-se de imagens estáticas em mescla com movimentos enquanto complemento das suas narrativas. Destacou-se como uma das principais referências da Nouvelle Vague francesa e foi uma grande representante das mulheres no mundo cinematográfico.

Uma das cineastas mais influentes da história do cinema europeu — com uma carreira de seis décadas que incluiu a direção de filmes como Elsa, a rosa (1966) e Os Panteras Negras (1968), Agnes faleceu aos 90 anos de idade, em 2019, depois de dirigir se último filme: Varda por Agnès.

Revolucionária, fala sobre a luta feminista desde que começou a realizar filmes, em 1950. Seus documentários são testemunho da sua luta pela igualdade de gênero — como visto com A Resposta das Mulheres: Nosso Corpo, Nosso Sexo.

Ela usou o cinema não apenas como meio de expressão artística, mas também como ativismo; através de seu estilo, quase experimental, ela o centrou em torno de diversas protagonistas femininas com o objetivo de retratar situações da vida cotidiana envolvendo todos os tipos de pessoas, independentemente de sua etnia, origem ou identidade de gênero.

Agnès dizia que, para ela, a câmera era como uma caneta com a qual escrevia sua obra cinematográfica. A cineasta sempre se envolvia com os vários processos de produção de seus filmes: do roteiro à cenografia e montagem, todos continham a sua assinatura de narrativa peculiar. Adotava o estilo documental de filmagem, mesmo que a obra fosse por essência de ficção, o que reforçava seu estilo próprio e autenticidade.

💡Conheça um trecho onde a cineasta Agnès Varda e a modelo/atriz Jane Birkin dialogam sobre estética. A beleza dessas duas mulheres falando sobre cinema é primorosa — Birkin e Varda no mesmo espelho fazem uma linda cena.

No curso Cinepoética: um mergulho em 10 diretores, a diretora foco do mês de julho será a belga Agnès Varda.

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Um abraço,
Raquel Pellicano

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