RESENHA CRÍTICA DA SÉRIE ATYPICAL

ESPECTROS DA INCLUSÃO
ESPECTROS DA INCLUSÃO
2 min readMar 13, 2020

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Por: Amanda Alves

atípico

adjetivo

  1. que se afasta do normal, do característico; anômalo, incomum, raro.

Atypical é muito mais que uma série. É um elo entre nossa realidade e a realidade do mundo dentro do espectro autista. A série retrata a rotina de Sam, garoto extremamente atípico, em sua fase transitória entre ensino médio e faculdade.

Já na primeira temporada, podemos aferir um enquadramento nítido que a série deseja conduzir: Sam, o autista de alto funcionamento, que sofre com suas preocupações internas, que tem seu hiperfoco em Pinguins; a irmã, Casey, é quem mais normatiza o irmão, muitas vezes vista até como rude por tratá-lo como “qualquer um”; a mãe Elsa, superprotetora e o pai, Doug, que é absurdamente compreensivo e amado. O melhor amigo de Sam, Zahid, é um garanhão que incentiva o amigo no que for necessário, e busca sempre deixar a vida de Sam menos atípica.

O enredo vem acompanhado de outras disfunções, apontando dificuldades em quesitos como família, amigos, paixões (não poderia deixar de citar Paige, namorada de Sam, que é neuróticamente fofa), escola, faculdade, bullying, e mais. Em suma, apresenta o estigma enraizado que existe na sociedade contemporânea.

São três temporadas conduzindo o telespectador ao seguinte indagamento: A postura de Sam que é atípica, ou a postura que as pessoas adotaram em relação à ele?

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