RESENHA CRÍTICA DA SÉRIE ATYPICAL
Por: Amanda Alves
atípico
adjetivo
- que se afasta do normal, do característico; anômalo, incomum, raro.
Atypical é muito mais que uma série. É um elo entre nossa realidade e a realidade do mundo dentro do espectro autista. A série retrata a rotina de Sam, garoto extremamente atípico, em sua fase transitória entre ensino médio e faculdade.
Já na primeira temporada, podemos aferir um enquadramento nítido que a série deseja conduzir: Sam, o autista de alto funcionamento, que sofre com suas preocupações internas, que tem seu hiperfoco em Pinguins; a irmã, Casey, é quem mais normatiza o irmão, muitas vezes vista até como rude por tratá-lo como “qualquer um”; a mãe Elsa, superprotetora e o pai, Doug, que é absurdamente compreensivo e amado. O melhor amigo de Sam, Zahid, é um garanhão que incentiva o amigo no que for necessário, e busca sempre deixar a vida de Sam menos atípica.
O enredo vem acompanhado de outras disfunções, apontando dificuldades em quesitos como família, amigos, paixões (não poderia deixar de citar Paige, namorada de Sam, que é neuróticamente fofa), escola, faculdade, bullying, e mais. Em suma, apresenta o estigma enraizado que existe na sociedade contemporânea.
São três temporadas conduzindo o telespectador ao seguinte indagamento: A postura de Sam que é atípica, ou a postura que as pessoas adotaram em relação à ele?