O bom e o mau orgulho

Espírita Recreativo
Espiritismo Recreativo
3 min readSep 21, 2017
espelho, espelho meu, etc etc

Mesmo o orgulho sendo um dos famosos sete pecados capitais (também chamado de soberba), nós, às vezes, nos referimos a ele como o efeito de uma coisa boa. Quando somos bem sucedidos, sentimos orgulho de nós mesmos; quando nosso filho passa no vestibular, sentimos orgulho dele; quando a menina recebe uma promoção no trabalho, ela sente orgulho do seu esforço. De fato, esse são sentimentos bons.

Diferente seria se nós que fomos bem sucedidos nos sentíssemos mais merecedores do que aqueles que não foram; ou se nosso filho passasse no vestibular e nós considerássemos ele mais inteligente que os outros que não passaram; ou se a menina que foi promovida achasse que ela é a melhor funcionária da empresa. Esses são sentimentos ruins.

“Não entendi o que você falou, estou meio ocupado”

O bom orgulho tem a ver com satisfação, felicidade pelas bênçãos e gratidão a Deus. O mau orgulho tem a ver com superioridade, egocentrismo, pretensão e vanglória.

O mau orgulho faz a gente se sentir melhor do que outros, melhor do que tudo, melhor do que realmente somos. O bom orgulho faz a gente se sentir melhores versões de nós mesmos, melhores do que fomos ontem e nos motiva a melhor mais ainda.

“gordinha mesmo rsssss já já apago”

Porém, bom orgulho é um paradoxo. Na verdade, não existe bom orgulho, apenas orgulho, que é um vício moral. Mas acho difícil a gente conseguir tirar esse significado bom da palavra “orgulho”. Olha só o exemplo da Dilma que nem ao menos conseguiu que o brasileiro usasse o termo “presidenta”.

*humpf*

Mas já é um grande avanço saber a diferença entre esses sentimentos. Num futuro próximo, quando você passar no vestibular, conseguir uma promoção ou realizar qualquer conquista, fique satisfeito consigo mesmo, pois foi mérito seu, mas sem esquecer da ajuda dos seus familiares, seus amigos, seu anjo da guarda e de Deus.

As conquistas alcançadas, ainda, servem de lição pra gente trabalhar a nossa humildade. Não devemos nos achar melhores do que os outros que não conseguiram o mesmo objetivo que nós, porque o fracasso deles não quer dizer que o nosso sucesso é mais meritório, abençoado ou especial.

“Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e todo aquele que se humilha será exaltado.” — Jesus (Evangelho de Lucas, capítulo XVIII, versículo 14)

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