Da terapia para o mundo
Onde tudo começou
Sérgio é um guerreiro que superou as limitações físicas e conseguiu se tornar referência mundial. O paratleta, Sérgio Fróes Ribeiro de Oliva, nasceu no dia 17 de agosto de 1982, e em poucas horas de vida, já lutava pela sobrevivência. O brasiliense teve paralisia cerebral, por falta de oxigenação. A deficiência traz uma série de complicações neurológicas e física, mas que para Sérgio não é problema. Ele enfrentou a infância com limitações e preconceito social, mas já em meio disso conseguiu dar a volta por cima. Afirma que tinha amigos que brincavam com ele, no bairro onde mora e com seus dois irmãos gêmeos que sempre o apoiaram e defenderam.
Sérgio é fruto de uma gravidez de trigêmeos, Flávio e Eduardo, que eram os que apoiavam e o defendia. Porém o cavaleiro foi o único que desenvolveu a paralisia, e hoje é orgulho não só de sua família quanto do Brasil. O paratleta está entre os cinco melhores cavaleiros do mundo. “Trabalhei por quase 14 anos para chegar aonde cheguei, são três Paralimpíadas nas costas e foi em casa que eu consegui esse privilégio de estar com estas duas medalhas de bronze no peito, e agora é continuar trabalhando para chegar a Tóquio sendo medalhista”, afirma.
Aos 13 anos de idade Sérgio tropeçou no tapete da portaria do prédio onde morava e caiu em cima dos vidros, comprometendo os movimentos do braço direito, que não tinha nenhum problema. E mais uma vez não foi uma barreira que Sérgio não conseguisse passar. A partir dos fatos ocorridos, a mãe do atleta, Maria José Ribeiro, matriculou-o na equoterapia, como forma de tratamento.
O contato direto com os cavalos fez com que Sérgio se apaixonasse cada dia mais pelo animal. Pode se afirmar que o tratamento tornou um estilo de vida e que isso tudo poderia tornar lo uma referência mundial. Foi dado início a equoterapia em 1989 e durou somente seis meses, após isso largou o tratamento. Sérgio com 20 anos resolve a voltar a conviver com os cavalos, e entrou para o Adestramento paraequestre. Porque tinha vontade de reviver o sonho de criança, “Voltei a montar porque queria reviver aquele momento, e acabei percebendo que eu tinha potencial de virar um atleta e a possibilidade de ir para uma paraolimpíada, com isso fui trabalhando e me dedicando para alcançar esse objetivo”, explica, e conseguiu tornar realidade.
De Brasília para o mundo
O paratleta não é só um exemplo de superação para si mesmo como para os outros, é o exemplo do inciante e apaixonado por cavalo, Marcelo Martins, 22 anos. “Eu não tenho limitação física e muitas vezes não dou valor nessa ‘liberdade’ que eu tenho. Eu conheço a história do Sérgio e ela é um tapa na cara no meu orgulho. Também tenho um sonho de ser referência no esporte”, afirma.
Sérgio se orgulha em dizer sobre os Jogos Paralímpicos na Rio 2016, “Estou muito contente com esse resultado. O sentimento de estar representando o meu país e fazendo meu melhor e eu fiz o meu melhor possível, aqui na cidade maravilhosa e estou muito satisfeito. Obtive o meu melhor resultado, e conquistando duas medalhas de bronze para o Brasil,” explica.
O paratleta com uma matéria para seu patrocinador oficial, conta um pouco mais de sua trajetória. Confira abaixo.
O brasiliense não se abaixa sob os desafios, “ Quero continuar batalhando, treinando para melhorar cada dia mais, minha meta é chegar em Tóquio em 2020, sendo medalhista por meio do Mundial em 2018, que será nos Estados Unidos,” argumenta.