Mais do que a carta do leitor, entenda a interatividade no jornalismo

No momento em que ENGAJAMENTO é palavra-chave, interação com o público é fundamental

Por Lucas Pestana e Sophia Santos

Nos dias de hoje, a liberdade do público para entrar em contato com o jornalista e seu conteúdo e vice-versa é gigante. Graças ao advento da Internet e, mais tarde, o surgimento de redes sociais on-line, como Facebook, Twitter e Instagram trouxeram a aproximação do leitor e criador de conteúdo.

Muito mais do que deixar comentários no final da matéria, a interatividade nos portais jornalísticos consiste em dar maior poder aos utilizadores na seleção de conteúdos. Dar espaço e possibilidade de expressão e interação com o próprio material.

Para entender melhor a Interatividade, o autor Rost a divide em duas:

Interatividade seletiva: o usuário tem a possibilidade de controlar como recebe as informações oferecidas pelo meio. Ferramentas de interatividade seletiva são ligadas à personalização do conteúdo.

Interatividade Comunicativa: blogs e canais de reportagem atualmente usam as redes sociais para aproximar a comunicação com o público, que antes acontecia por meio de cartas nos jornais impressos. O leitor deixa de ser apenas receptor para se tornar emissor de mensagens a outros usuários.

Graças à linguagem XML, que permite a criação de sites dinâmicos e com informações reutilizáveis, os jornais on-line conseguem criar materiais para que o leitor navegue entre vídeos, infográficos etc. Por meio de hiperlinks, pode guiar a leitura da forma que quiser. Essa possibilidade, a “Interatividade seletiva”, é a escolha que o leitor tem de ditar o ritmo e caminho que quer do conteúdo.

Há também a interação direta do(a) jornalista, apresentador(a) ou programa com o público com o qual eles realmente se comunicam. A “Interatividade comunicativa”, por sua vez, é aquela em que o autor procura trazer o público para perto, a ponto de ele participar da criação do conteúdo. Por exemplo, o quadro do DFTV “Sem Noção” (link) ou quando os programas pedem opiniões sobre a pauta com #.

As definições de interatividade são claras quando explicadas pelo autor, mas para entender um pouco melhor como elas são aplicadas no jornalismo, conversamos com dois jornalistas: Fernando Braga, editor de branded content do portal Metrópoles, e Lisiane Cardoso, coordenadora da assessoria de comunicação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

E se você busca onde encontrar conteúdos interativos de qualidade, a gente separou uma listinha:

Top 4 — sites de jornalismo com interatividade

1)

Nexo Jornal é um veículo de jornalismo eletrônico brasileiro fundado por Paula Miraglia, Renata Rizzi e Conrado Corsalette e lançado em novembro de 2015. O Nexo publica textos jornalísticos multidisciplinares sobre política, economia, acontecimentos internacionais, cultura, ciência e saúde, tecnologia, arte e outros temas, em perspectiva de contextualização (jornalismo de contexto), além da cobertura factual, interatividade com dados e recursos multimídias e colunas opinativas.

2)

G1 é um portal de notícias brasileiro mantido pelo Grupo Globo e sob orientação da Central Globo de Jornalismo. Foi lançado em 18 de setembro de 2006, quando a Rede Globo fez 41 anos. O portal disponibiliza o conteúdo de Jornalismo das diversas empresas do Grupo Globo, além de reportagens próprias em formato de texto, fotos, áudio e vídeo.

3)

R7 ou R7.com é um portal de internet brasileiro. Criado em 2009, pertence ao Grupo Record e oferece conteúdos de notícias e entretenimento, com o apoio das estruturas da Record TV, da Record News e também das filiadas e afiliadas, que produzem matérias para páginas regionais.

4)

Universo Online, conhecido pela sigla UOL, é uma empresa brasileira de conteúdo, produtos e serviços de Internet do conglomerado Grupo Folha

Em 2017, foi considerado pela plataforma SimilarWeb o sexto mais visitado da Internet no Brasil, atrás dos sites do Google (Google Brasil, Google EUA e YouTube) e do Facebook.

De acordo com o IBOPE Nielsen Online, o UOL é o maior portal do Brasil com mais de 50 milhões de visitantes e 6,7 bilhões de páginas visitadas mensalmente.