Ana Luísa Leite Costa
Esquina On-line
Published in
3 min readJun 20, 2017

--

Uma questão de identidade. O Planalto aprovou no mês de maio, o projeto de unificação da identidade brasileira. O objetivo de juntar os documentos de RG, CPF e Título de eleitor é de diminuir a quantidade de papéis que precisamos carregar e ter mais segurança em relação aos nossos dados no Governo.

Em 2016, o Serasa (Centralização de Serviços dos Bancos) levantou que aproximadamente 4,7 mil tentativas de fraudes de identidade são feitas por dia no Brasil. O perito da Polícia Federal, Hélvio Peixoto explica que a segurança do RG atual é fraca. “Na verdade, no Brasil, como todo o processo de de identificação, a política nacional de identificação é frágil e os processos são falhos. Se você então consegue falsificar uma certidão de nascimento, você consegue por decorrência falsificar todos os demais”, conta.

Com 66 anos, Maria de Lurdes ainda trabalha como doméstica e não pode se aposentar apesar de ter idade e tempo de serviço. Há oito anos atrás, Maria pediu na Previdência Social sua aposentadoria, porém nunca recebeu. O motivo foi inesperado, outra pessoa recebia no nome dela. “Eu já entrei várias vezes pedindo a aposentadoria e quando fui ano passado lá no INSS, eles falaram que eu aposentada a oitos anos, mas eu não to eu mesmo não tô”.

Para tentar combater esses crimes, foi pensada a hipótese de um novo documento, mais seguro e que não tenha a necessidade de ter um outro para comprovar quem você é. O projeto aprovado pelo Governo reúne dados como o número de CPF, RG e a biometria de impressões digitais recolhida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas últimas eleições.

Porém, para a especialista em biometria da Polícia Federal, Sara Lenharo, é necessário mais recursos para a garantia de proteção dos dados dos cidadãos. “Se for uma identificação única, baseada em biometria, a própria pessoa é o documento, porque a biometria faz parte dela. Usar mais de uma biometria, por exemplo usar a impressão digital e outra biometria, como a íris, as veias da mão, enfim, outras biometrias, garantiria mais segurança para o documento”.

Confira aqui a matéria da Revista Esquina na integra:

--

--