Acesso em todo lugar

Marina de Oliveira Nascimento
Esquina On-line
Published in
2 min readAug 30, 2019

O conteúdo gerado por cidadãos em um mundo globalmente conectado pode ter um papel central para complementar o conteúdo jornalístico e midiático produzido profissionalmente

Por Marina Nascimento e Gabriela Chabalgoity

Com o desenvolvimento das redes sociais a produção de conteúdo tornou-se pública e, como consequência, desenvolveu o conceito de jornalista cidadão, em que qualquer um pode produzir informação. Hoje, esse fator é tanto um complemento como um concorrente do jornalismo profissional. A imediaticidade em se espalhar notícias colaborou para a disseminação de fake news e o fenômeno da desinformação, devido ao fato de os erros em reportagens se espalharem mais rápido, sem dar espaço para a checagem dos dados.

Pessoas equipadas com celulares agem como repórteres, capturando fotografias e vídeos de notícias que acabam de acontecer. Elas usam mídias sociais como Facebook, Instagram, YouTube e Twitter para compartilhar conteúdos amplamente.

Como saber se esses conteúdos produzidos em massa e postados nas redes sociais são verdadeiros? O crowdsource (em português contribuição colaborativa de fontes especialistas) passou a ser utilizado na checagem dos fatos para ajudar leitores e consumidores na verificação das notícias. Sites de rede sociais podem usar o crowdsource como ferramenta para conduzir a checagem dos dados.

Além disso, outra consequência da ubiquidade é o conteúdo geolocalizado, uma ferramenta útil para ajudar a estabelecer a veracidade de informações. Essa ferramenta permite que o conteúdo seja automaticamente transferido para o Google Earth ou outro software de mapeamento disponível on-line. Isso capacita outras pessoas em qualquer lugar a acessar o conteúdo pela localização. Reportagens em vídeo de um evento podem ser vistas acompanhadas de um mapa interativo que fornece uma melhor percepção do espaço, usando computadores tradicionais e aplicações web de mapas, como o Google Maps.

Foi criada também uma narrativa baseada em dados: estão transformando o jornalismo com meios para fornecer contexto a reportagens que possuem poucos fundamentos.

Por fim, a privacidade do cidadão e a vigilância estatal também foram alteradas com esse novo cenário.

Bruna Nardelli jornalista do jornal Metropolis, nos conta um pouco, como ela faz para lidar no cenário em que vivemos hoje em dia com a ubiquidade.

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