As long we keep walking the path, the path will keep unfolding in front of us

Matheus Thomaz Rossi
Estação 973
Published in
4 min readNov 22, 2022
Antes de apreciar a leitura, vai uma recomendação de trilha sonora

Faz muito tempo desde que criei esse espaço e publiquei meus textos. Decidi voltar falando de algo que eu gosto: viagens e cultura. E para isso, convidei o Felipe Jurec, um amigo nômade.

O Felipe é brasileiro e assim como eu, sempre teve o interesse por essa vida de nômade. Trocamos algumas mensagens em grupos do Facebook destinados a viagens e viajantes, e quando ele começou sua jornada em 2019, passei a acompanha-lo. De lá pra cá, ele visitou mais de quarenta cidades na Argentina, Chile, Colômbia, México — onde está atualmente — e claro, o Brasil.

Perguntei sobre como surgiu esse ímpeto:

“Eu tenho lembranças de descobrir sobre o nomadismo digital bem cedo, quando ainda estava no ensino médio. Pensava em maneiras de viajar o mundo e sabia que a única maneira seria trabalhando online, mas ainda não entendia muito bem sobre o assunto, apenas tinha o entendimento de que era possível.

No final do ensino médio comecei a cogitar a ideia de sair do país e acompanhar alguns youtubers que me incentivaram: Eliezer, do canal “Via Infinda” e Almir Junior, do canal “Eu vivo isso”.”

A primeira experiência foi em “Floripa”, quando se hospedou em um hostel e teve a oportunidade de lidar com pessoas diferentes, de culturas diferentes. Viajantes de todos os cantos do mundo, com seus estilos de vida diferentes. Um mochilão pelo Uruguai e pela Argentina também ajudaram a fomentar essa vontade, já que foi a primeira viagem internacional.

Após isso, Felipe se preparou, assistiu vídeos e consumiu conteúdos gerais sobre o nomadismo. A maior inspiração foi Eliezer, do canal “Via Infinda”.

Felipe e Eliezer (Via Infinda), se conhecendo em Santiago do Chile / Reprodução
Destino: O desconhecido / Reprodução

“Nesse momento, tinha a certeza que esse era o caminho que me levaria a realizar meus sonhos.”

Durante esses três anos viajando, o rapaz mudou completamente seu pensamento sobre muitas coisas que jamais imaginaria que seria possível pensar diferente.

Ao viajar, você está mais aberto a aprender, escutar e conhecer culturas diferentes da sua.

Acabamos julgando muito e tendo um pensamento muito limitado quando estamos presos no nosso círculo social, é preciso sair da zona de conforto para poder ver o mundo de outra maneira.

Apoio é fundamental…

O apoio dos pais e amigos foi fundamental. Ao contar para os mais próximos sobre a decisão de deixar a Universidade para começar essa jornada, os pais apoiaram e os amigos, embora achassem arriscado, entenderam.

Felipe Jurec com sua família e amigos / Reprodução

…e o medo pode te prender

Perguntei para o Felipe o que impede as pessoas de arriscarem, e o fato é que muitos estão presos ao estilo de vida convencional, o que foi ensinado de geração a geração da sociedade: crescer, trabalhar, morrer. Uma linha reta.

Ele questiona:

“Quantas decisões da sua vida foram feitas através do medo? E onde estaria sua vida hoje se ela fosse baseada na coragem?”

Com mais de 40 cidades conhecidas, ele não pretende parar. Ainda que não tenha o próximo passo definido, ele compartilha a vontade de retornar pela Costa Caribenha até Belize e de lá, seguir para a América Central.

Caso tenha se interessado pela história do Felipe, tenho ótimas notícias: Ele topou colaborar com histórias sobre suas viagens, textos, crônicas e o que mais der na telha. Você também pode acompanhar a jornada dele no instagram: https://www.instagram.com/jurecfelipe/.

“Essa foto eu estava em Arraial do Cabo, com um amigo que conheci em uma virada no ano na Argentina — e que viajamos juntos por meses, ficamos presos em Bariloche na pandemia” — Felipe Jurec / Reprodução

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