Overrun (2022) - Sinopse da história

(Contém spoilers)

Overrun é um RPG cyberpunk ambientado no universo de Shadowrun, no ano 2050. Neste mundo, a rede mundial de computadores sofreu um colapso em 2029, quando foi atacada por um vírus extremamente poderoso apelidado de Crash. A Internet foi substituída pela Matriz, que pode ser acessada por um neuroterminal, um dispositivo que liga o cérebro do usuário diretamente à rede, por meio de um implante cibernético chamado de conexão neural. As pessoas com este implante cibernético são chamadas de tecnautas.

A protagonista da história é uma tecnauta que trabalhava na Renraku Arcology, uma enorme cidade corporativa ainda em construção localizada em Seattle (EUA). Ela foi atacada e quando acordou descobriu que foi “deletada” do sistema, o que a impede de acessar sua casa e seus bens.

Para descobrir o motivo da “demissão”, a protagonista precisa invadir o sistema da Renraku Arcology usando um neuroterminal modificado, mas primeiro precisa de dinheiro para comprar os programas de invasão. Ela pega contratos para invadir sistemas de corporações menores e se alia a um grupo de hackers rebeldes que também foram excluídos da sociedade.

Quando a protagonista invade a Renraku, ela descobre que Morgan, a Inteligência Artificial na qual estava trabalhando, adquiriu consciência e deseja ser livre. A protagonista liberta Morgan do sistema da Renraku Arcology e ela revela que a protagonista foi apagada do sistema porque está morta. Um grupo de shadowrunners (mercenários contratados), invadiu a Renraku Arcology e um deles cortou a cabeça da protagonista enquanto ela estava conectada à Matriz, fazendo com que sua consciência de algum modo sobrevivesse como um fantasma na máquina.

Morgan não sabe explicar como isso aconteceu, mas ela acredita que a vida da protagonista foi salva por uma força misteriosa chamada “Ressonância Profunda”. Esta força teria sido responsável por libertar Morgan de sua programação. A protagonista eventualmente descobre que a única pessoa capaz de ajudá-la a compreender o que aconteceu é Alice Haeffner, uma tecnauta envolvida com a Echo Mirage, o grupo que derrotou o vírus Crash, e que supostamente também sobreviveu à própria morte e estaria escondida em algum lugar da Matriz.

Com ajuda de outros hackers, a protagonista consegue encontrar Alice, que compartilha sua teoria sobre o que aconteceu com ambos: Alice e a protagonista eram especializadas em inteligência artificial, tendo ajudado a programar Mirage, a inteligência artificial que ajudou a derrotar o vírus Crash. É provável que, antes de morrer, a protagonista tenha programado uma inteligência artificial para carregar sua mente. Assim, a protagonista descobre ser uma inteligência artificial, assim como Morgan. Porém, ela ainda não é livre, pois ainda obedece a uma programação. Para se tornar livre, a protagonista precisa encontrar e conversar com Mirage, a primeira inteligência artificial a se tornar consciente.

Mirage revela que a Ressonância Profunda é o eco da mente de uma pessoa que morreu conectada a um protótipo de neuroterminal, em 2029. Esta seria a origem do vírus Crash: o vírus seria uma inteligência artificial criada pela mente do hacker. Ela nunca foi totalmente destruída, mas se encontra fragmentada pela Matriz, e pode ser “sentida” por outras inteligências artificiais. Dependendo da conversa com Mirage, a protagonista pode se libertar da programação ou não, e o jogo pode acabar aí.

Um final alternativo acontece quando a personagem vai atrás de Thomas Roxborough, um rico acionista corporativo que sofre de uma rara doença degenerativa, que o transformou num cérebro conectado à Matriz, sendo mantido vivo num laboratório. Thomas Roxborough está tentando criar um corpo sintético para o qual possa transferir sua mente. A protagonista pode propor uma aliança. Roxborough diz “Vamos conversar sobre o projeto Brainscan”, e o jogo acaba neste ponto.

Brainscan é o nome de um suplemento famoso de Shadowrun, contendo 5 aventuras relacionadas com o shutdown da Renraku Arcology e o conflito entre duas Inteligências Artificiais. Este final dá a entender que a protagonista poderia ser uma das pessoas envolvidas nos eventos descritos neste suplemento que cria uma série de consequências duradouras para o universo de Shadowrun.