Retrospectiva de jogos 2021

Alguns jogos que marcaram 2021 para mim

Janos Biro Marques Leite
Estudos de jogos
7 min readJan 2, 2022

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Aqui vai uma lista de alguns jogos interessantes que joguei ano passado:

Star Wars: Battlefront II

A campanha mistura elementos de jogo de tiro em primeira pessoa e o universo de Star Wars, adicionando personagens interessantes.

Star Wars Jedi: Fallen Order

Um jogo de ação e aventura no universo de Star Wars, matou um pouco a saudade de Knights of the Old Republic ao fazer interpretações interessantes sobre o lado escuro da força. Junto com The Mandalorian e a campanha do Star Wars: Battlefront II, conseguiu revitalizar meu interesse por esse universo.

Arida: Backlands Awakening

Jogo brasileiro sobre o sertão nordestino, com bastante informação sobre plantas e comidas típicas, a cultura e a história dessa região.

Werewolf: The Apocalypse — Heart of the Forest

Uma graphic novel interativa com elementos de RPG, ambientada no universo de Lobisomem: O Apocalipse. Tem uma narrativa muito interessante com informações sobre a Floresta Negra e temas ecológicos bastante realistas.

Emily is Away

Um jogo sobre amor no tempo do Windows 95. Narrativa interessante usando chats como mecânica.

Burning Daylight

Plataformer narrativo num futuro tecno-distópico. Basicamente um episódio de Black Mirror.

A Raven Monologue

Uma narrativa visual leve e atraente com uma interação mínima, mas que consegue tocar pela sensibilidade poética.

Cloud Climber

A ambientação inusitada é o maior forte desse jogo de exploração.

There is no game

Um jogo metalinguístico sobre os clichês do mundo dos jogos.

Backbone: Prologue

Jogo de detetive com uma ambientação incrível onde as personagens são animais não-humanos. Consegue cumprir o objetivo de me fazer esperar pelo resto da história.

The Good Time Garden

Fofura, estranheza e um pouco de nojo num jogo que fala sobre sexo e perversão.

How To Cope With Boredom and Loneliness

No formato de um documentário sobre uma pessoa extremamente isolada, esse jogo ganhou uma camada de humor grotesco durante a pandemia.

Just, Bearly

Um jogo que retrata com bastante delicadeza e precisão a dificuldade de viver com ansiedade social.

We Went Back

Um jogo de horror pessoal no espaço com uma estrutura narrativa composta inteiramente de loopings.

Gravitas

Puzzle-shooter narrativo com uma personagem carismática, misturando desafio e diálogos engraçados.

Plasticity

A preocupação ecológica se sobressai nesse jogo que poderia ser considerado distópico, embora ele acabe sugerindo que reduzir o consumo de plástico seria uma solução, o que é bastante otimista.

When the Darkness comes

Um jogo de exploração narrativa em primeira pessoa, no estilo The Stanley Parable, porém com uma história original e sombria ao invés de cômica.

Tales of the Neon Sea

Um jogo de detetive num cenário lúdico, noir e cyberpunk ao mesmo tempo. O gato rouba o show, então eu o classifico como “jogos para amantes de gatos”.

Spaceplan

Um clicker que mistura comédia e ciência explorando a relação entre massa e energia até as últimas consequências.

Bastion

Um jogo de ação com uma mistura perfeita de mecânica, gráficos, trilha sonora e um narrador cativante.

Yono and the Celestial Elephants

Um jogo de aventura fofinho sobre elefantes, mas que também traz reflexões filosóficas profundas sobre a vida, a morte e a tecnologia.

Detroit: Become Human

Com gráficos e atuações impressionantes, o jogo nos coloca diante de questões éticas muito interessantes sobre as inteligências artificiais.

Fallout 4

Como eu sou fã de Fallout, é sempre bom retornar para esse universo. Fallout 4 é meu preferido até agora por tocar nos mesmos temas do meu seriado favorito: Westworld, criado por Jonathan Nolan and Lisa Joy. Confesso que estou torcendo para acertem no seriado baseado em Fallout.

The Lion’s Song

Este jogo é uma coleção de adventures levemente interligados. Para mim o episódio 3, Derivação, se destaca de todos os outros por conseguir tratar sobre a questão da não-binaridade de modo criativo e original.

Metro Exodus

Único jogo da série que consegui jogar, foi interessante mas talvez seja apenas por causa do cenário distópico.

The Walking Dead Season 2

The Walking Dead da Telltale é um dos meus jogos favoritos. A continuação não é tão boa mas vale a pena para acompanhar o processo de amadurecimento da personagem principal.

The Walking Dead: Michonne

Desviando do eixo narrativo dos outros jogos da série, esse jogo apresenta uma das personagens mais interessantes do universo de The Walking Dead. Embora o roteiro tenha ficado fraco, a trilha sonora fica na cabeça.

The Walking Dead: A New Frontier

Dessa vez temos a oportunidade de olhar para a personagem principal a partir de outro ponto de vista, porém furos no roteiro estragam uma parte da diversão.

The Walking Dead Final Season

Retornando à fórmula original, a temporada final consegue fechar a série com chave de ouro e faz valer o trabalho de ter acompanhado até aqui, questionando questões complexas por como exemplo o medo de não conseguir impedir que a nova geração, composta de pessoas que já nasceram no apocalipse zumbi, se tornem pessoas violentas por naturalizarem a dureza necessária para sobreviver nesse cenário.

Batman: Arkham Knight

Batman é um personagem extremamente sem graça. Esse jogo consegue solucionar isso usando um arco narrativo em que o Batman está contaminado por uma substância que o faz alucinar com o Coringa. Os comentários do Coringa sobre tudo que acontece no jogo são a única coisa que faz valer a pena.

Tales from the Borderlands

Despois da empolgação com The Walking Dead, eu procurei outros interessantes da Telltale, e encontrei Tales from the Borderlands. Ambientado no mesmo universo do jogo de tiro da Gearbox, ele faz uma crítica ácida às megacorporações com o humor debochado típico de Borderlands.

Telethugs

Esse ano eu consegui um feito inesquecível que foi zerar Telethugs, jogo criado pelo meu querido amigo Pedro Paiva. Embora eu tenha tido ajuda e o Pedro diga que a versão do Megadrive é mais fácil, eu ainda comemorei muito quando consegui matar o Luciano Huck. Esse jogo é incrível em suas referências que colocam o ódio e a violência dos jogos de ação contra o alvo certo: a classe dominante.

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Janos Biro Marques Leite
Estudos de jogos

Graduado em filosofia, escritor, tradutor e criador de jogos.