Tinder Universitário: dates ou zueira?

Leticia Villar
ETNOdigital
Published in
2 min readDec 7, 2017

Como as diferentes percepções sobre o grupo afetam as interações entre os membros

Fato é que as pessoas nunca sabem o que esperar quando estão em busca de um grande amor. Seria ele repentino ou algo gradual? Um enredo de novela mexicana ou um conto de fadas? De qualquer maneira, uma coisa é quase certa: o encontro. Aquele frio na barriga, mãos suando frio e silêncios constrangedores são a marca registrada do primeiro encontro de diversos casais. Mas o que acontece quando esse encontro nunca chega?

Selecionamos alguns membros do Tinder Universitário para conversar de maneira privada, a fim de entendermos melhor o propósito por trás do grupo e as expectativas e objetivos dos participantes. Mostrou-se um consenso entre os entrevistados que o grupo não é usado como ferramenta de paquera por eles, mas como um meio de diversão e que, por mais que haja interações virtuais, dificilmente elas resultam em conversas no privado, mais difícil ainda em encontros físicos.

Os poucos entrevistados que confessaram entrar no grupo esperando conseguir algum tipo de relacionamento afetivo, logo disseram que nunca conseguiram ter um encontro físico com outro membro do grupo. E, dessa forma, passam a compreender o grupo principalmente como um meio de diversão e “zueira”.

Portanto, podemos observar que o grupo Tinder Universitário perde a sua proposta original, de promover relações afetivas, e passa a ser um grupo de humor genérico. Muitas vezes, não tendo seu propósito reconhecido nem pelos próprios membros.

Por Cândida Andrade, Leticia Villar e Tiago Muratori.

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