Eu folclorista

Raisa Jakubiak
Eu folclorista
Published in
2 min readAug 8, 2020

Um espaço para nós, os folcloristas

Foto: Brunno Covello

Muitas vezes julgados por não estarmos naquela festinha de aniversário num domingo porque “Não posso, tenho ensaio” — ou apresentação, viagem, prova de trajes, organização do local de ensaios, costura, criação de cenário, desfile, sessão de fotos, ação beneficente, tem que ajudar na festa das crianças, todos os vasos da sociedade entupiram e precisa arrumar, cozinhar pra festa de Natal… — nós somos aqueles que ajudam a manter a cultura dos nossos antepassados viva.

Lógico que existem várias formas de manutenção da cultura, mas dentro de um grupo folclórico vivemos muitas delas ao mesmo tempo: língua, dança, costumes, história, música, culinária…sempre tem um pouquinho de cada.

Criei o Eu folclorista com a intenção de “mostrar ao mundo” um pouco além do que os palcos mostram. Com certeza as cores e os movimentos são bonitos, as músicas animadas ou comoventes, a comida gostosa. Mas tem muito mais aí do que os olhos do público veem, e é o que nos mantém ligados ao folclore.

Uma relação de amor e ódio

Uma vez um amigo me fez a seguinte pergunta:

“Não se ofenda, mas deixa eu te perguntar uma coisa: se dá tanto trabalho e às vezes te estressa tanto, por que você continua lá?”

E minha tia, fazendo a melhor analogia que já vi sobre o assunto, me disse:

“Isso parece uma seita! Vocês sofrem, sofrem e continuam lá!”

Não posso tirar um pouco da razão deles, vendo de fora. Mas talvez sejamos um pouco incompreendidos, e espero que o que vier por aqui possa ajudar um pouco a esclarecer essa dúvida.

Sejam bem vindos, amigos folcloristas!

--

--