Barbie (2023)

Para este filme, eu cedi meu espaço na cabine de imprensa à minha correspondente mais que especial Estefani Machado, minha melhor metade, que brincava com a Barbie enquanto crescia e não podia perder a oportunidade de assistir à produção.

Marcel Trindade
Eu não sou crítico de cinema, mas…
3 min readJul 21, 2023

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Divulgação/Warner Bros. Pictures

O filme proporciona diversão e reflexões sobre questões atuais e importantes como a desigualdade de gênero, patriarcado, pressão estética, e a sobrecarga de trabalho que mulheres e mães enfrentam, se tornando muito mais do que um filme sobre uma boneca. Apesar da classificação para 12 anos de idade, é um filme para família, pois possui referências de brinquedos e músicas de diversas épocas.

Inicia apresentando a Barbie como um brinquedo revolucionário para as meninas que anteriormente só tinham como opção brincar de ser mãe e dona de casas. A Barbie tem todas as profissões possíveis e todas as Barbies na Barbielância acreditam que o mundo se tornou melhor e das mulheres após a sua criação. A Barbie Estereótipo, simplesmente a Barbie que todas imaginamos quando falamos da boneca, é a protagonista do filme. Todos os dias da Barbie são incríveis, mas por algum motivo ela acaba tendo um pensamento incomum na Barbielândia. Depois deste acontecimento ela perde “seus poderes” — os pés ficam chatos e ela não consegue simplesmente flutuar até onde quer chegar, como as Barbies são levadas nas brincadeiras.

divulgação/Warner Bros. Pictures

O filme tem uma personagem importante que é familiar para o público que brincou de boneca, a Barbie Esquisita, que é uma Barbie que alguém brincou demais e fez alguns experimentos, como uma maquiagem diferente, um corte de cabelo diferente e até testes de resistência física. Eu tive a minha Barbie Esquisita e lembro da Barbie esquisita das minhas amigas, e por esse motivo faço uma crítica a caracterização da personagem que poderia ter uma maquiagem mais carregada e até um penteado mais ousado. Na casa da Barbie Esquisita vemos o cachorro da Barbie que anda e faz coco, um brinquedo dos anos 2000 que hoje em dia parece um pouco estranho, assim como outras bonecas que aparecem no filme e foram tiradas de linha pouco tempo após seus lançamentos, como por exemplo a Barbie grávida que é mostrada rapidamente e descrita como um brinquedo que quase que perturbador — e realmente foi — porque a barriga da boneca saía e dentro dessa peça tinha um bebê.

Divulgação/Warner Bros. Pictures

O filme todo dentro da Barbielândia é muito lindo, as casas, a riqueza de detalhes como itens de cozinha muito semelhantes aos que eram vendidos nos anos 90 e 2000. Alguns looks da Barbie ganharam destaque dentro do filme por serem peças de colecionador, referência para pessoas de idades diferentes.

As músicas e coreografias tornam o filme divertido e envolvente, nos trazem referências de filmes e bandas que fizeram muito sucesso e isso nos traz uma conexão ainda maior com a história. A cantora Dua Lipa, que faz parte da trilha sonora do filme, também interpreta todas as Barbies sereias do filme, seu parceiro sereio é o ator John Cena, que em sua primeira aparição gerou muitas risadas no cinema.

Outro ponto bacana do filme é trazer a conexão da boneca com a pessoa que brincou com ela, mas ao mesmo tempo existe um ponto fraco nessa parte do roteiro que é a mudança de comportamento da adolescente, que pode até ser considerada brusca, já que no início ela é completamente diferente de como termina e não vi um aprofundamento maior para que essa mudança seja tão grande, impressão de que a personalidade inicial da menina vai completamente embora.

Eu gostei muito do filme e considero um filme para família, famílias e adolescentes, pessoas que brincaram e cresceram juntas, indenpendente da idade, vai ter uma referência e identificação para você.

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Marcel Trindade
Eu não sou crítico de cinema, mas…

Cartoonist and comedian. Works, lives and rests in Porto Alegre, Brazil.