Promessas italianas para se atentar na Serie A #1
Após fracassos consecutivos desde seu último título mundial, com duas eliminações em fases de grupos e uma desclassificação vexatória nas últimas eliminatórias, a Itália enxerga o horizonte com esperança. Esperança essa de se permitir sonhar de novo com uma grande seleção. O que converge com a maneira de se formar um grupo como em 2006, está no que se mostraram as últimas temporadas e principalmente nessa. A boa e velha produção caseira, tradicionalmente italiana.
Alex Meret:
O jovem goleiro do Napoli, Meret, tem apenas 23 anos e surgiu de forma muito intensa no fim da temporada passada, já em Nápoles. No início desta, o arqueiro assumiu a meta com Carlo Ancelotti, passando a ganhar ainda mais confiança. Com boas atuações, o camisa 1 alcançou a convocação para a seleção. Roberto Mancini parecia já enxergar uma sombra para Donnaruma. Com a chegada de Gattuso, Meret perdeu espaço e viu Ospina conquistar novamente a posição. Porém, o destino não falha. Eis que o goleiro colombiano se tornou desfalque por suspensão para a final da Coppa Itália. Além disso, o Napoli teria a Juventus de Buffon pela frente. No tempo normal, um show do maior da história, mesmo aos seus 42 anos. Para Alex, bastou parar Cr7 no início do jogo. De frente para uma envergadura de títulos e brilhantismos de Gigi, o jovem brilhou. Emparedou Dybala, estremeceu Danilo. Napoli campeão. Herói: Alex Meret.
Números 19/20: Até aqui, Meret disputou 22 partidas, contando todas as competições, com sete destas sem ser vazado.
Alessandro Bastoni:
Novo pupilo de Antônio Conte, Alessandro Bastoni impressionou os nerazzurri logo quando entrou na equipe, principalmente desde o mês de dezembro de 2019. O jovem zagueiro de 21 anos assumiu a condição de titular desde então, geralmente na vaga de Diego Godín. Por curiosidade, o uruguaio foi contratado para ser o líder defensivo de uma equipe que buscava voltar a prosperar. Entretanto, devido à dificuldades de adaptação e algumas lesões, Godín viu o italiano ganhar espaço e notabilidade. Revelado pela Atalanta, Bastoni já era visto como uma grande promessa antes de partir para Milão. Não é por acaso que sua chegada a capital da moda tenha custado 31 milhões de euros, ainda em 2017. Com isso, vem uma questão. Por que a demora para explodir? Alessandro chegou a Inter com apenas 18 anos e logo foi emprestado para continuar jogando por sua equipe formadora (estratégia comum dos grandes clubes italianos para amadurecer ainda mais um jogador). No ano seguinte atuou cedido ao Parma, quando chamou atenção. Por coincidência do destino, na temporada que o zagueiro canhoto voltou, Conte assumiu. A junção perfeita. Hoje, Bastoni divide uma defesa sólida com De Vrij e Skriniar, aspirando com isso, uma convocação. Destino natural para um dos grandes talentos desta geração italiana.
Números 19/20: Bastoni possui 17 jogos até aqui em todas as competições, com um total de 28 desarmes.
Federico Chiesa:
Joia ofensiva da azzura, Federico Chiesa possui as melhores características para um atacante italiano. O jovem de 22 anos pode atuar em praticamente todas as posições do ataque, se adequando mais ao lado direito ou como segundo atacante. Objetivo e veloz, Chiesa detém muito da garra tradicional de seu país. O jogador da Fiorentina é filho do ex-atacante Enrico Chiesa, que jogou a Euro de 1996 e o mundial de 1998. Ao contrário de que muitos sucumbem a essa pressão de ter um pai ou familiar vitorioso no futebol, o camisa 25 da viola demonstra muita personalidade e capacidade de crescimento. Mesmo com apenas 4 anos como profissional, Chiesa já é um protagonista do time da região da toscana, ofuscando diversos jogadores contratados para exercer este papel. Nesta temporada, isso se mostrou com ainda mais força. Mesmo com a presença de Ribery no grupo, Federico segue com sua postura de líder técnico da equipe. Postura essa que levou o filho seguir o caminho do pai. Convocações para a seleção principal. Até então, Chiesa possui 17 jogos com a camisa da tetra campeã mundial com um gol marcado.
Números 19/20: Na temporada atual, Chiesa já atuou em 26 partidas, marcando 7 gols e concedendo 3 assistências.
Riccardo Orsolini:
Produção do Ascoli, acadêmia tradicional de formação de jovens jogadores, Riccardo Orsolini se destacou pela primeira equipe na segunda divisão italiana na temporada 2015/2016. Em janeiro de 2017, o atacante assinou com a Juventus por 10 milhões de euros, mas continuou em seu clube até o fim da temporada em questão. Em seguida foi cedido para a Atalanta e um ano depois para o Bologna. Nas mãos de Sinisa Mihajlovic, Orsolini começou a decolar. Primeiro com a titularidade assumida em 2018/2019 e, consequentemente, tornando-se peça chave no esquema rossoblu. Por isso, foi comprado no verão seguinte, ficando em definitivo na capital da Emília-Romanha. O jovem de 23 anos se caracteriza por sua velocidade e boa condução com a perna esquerda. Um jogador de potencia. Atua, preferencialmente, no extremo direito ofensivo, sempre buscando a diagonal. Possui o estilo do ponta moderno. As grandes atuações pelo Bologna renderam uma convocação nessa temporada para a seleção italiana. Pela azzura, atuou uma vez e marcou 1 gol.
Números 19/20: Orsolini atuou em 28 jogos nesta temporada, marcando 8 gols e produzindo 4 assistências.
Nicolo Barella:
Nicolo Barella é um meio campista clássico da escola italiana. Com seus 23 anos, alia o passe, a finalização e chegada na frente, sem deixar de lado, é claro, o grande fundamento de seu país: a marcação. Formado pelo Cagliari, o meia chamou atenção justamente pela sua diversidade de atributos dentro do campo. Quatro anos depois de sua estreia, Barella rumou para a Inter. Tido como um dos pontos centrais do projeto de Antônio Conte, o camisa 23 despontou em Milão já como titular. Nicolo mostra muita consciência futebolística, sendo a referência cerebral do meio campo dos nerazzurri. Com suas ótimas apresentações, ele é mais um que não passou desapercebido pelos olhos de Roberto Mancini. Pela seleção já atuou em 12 partidas e marcou 3 vezes. Um grande futuro.
Números 19/20: Barella foi um dos que mais atuou pela Inter, com 30 jogos disputados. Contribuiu com 3 gols, 4 assistências e um aproveitamento de 86% de passes em todas as competições.
Só por esses cinco nomes, todos abaixo ou com 23 anos, é possível enxergar um futuro bastante promissor para uma nação machucada na última década pelo futebol. Evolução a se concretizar.
