Um novo Calcio

Gabriel de Araújo Mota
Eurófilos da Bola
Published in
14 min readSep 19, 2020

Após 9 temporadas com títulos da Juventus, a Serie A nunca se apresentou tão competitiva e nivelada quanto agora, pelo menos essa é a expectativa. Os anos de ouro do fim do século passado e inicio deste, são o espelho para que o calcio volte a ser um dos grandes atrativos europeus.

Foto: Alberto Lingria / Reuters

Com isso, sete equipes se apresentam no alto escalão italiano. Juventus, Internazionale, Atalanta e Lazio são os representantes do país da bota na Champions e prometem repetir ou melhorar o jogo, aumentando a competitividade. O Milan, de Stefano Pioli, fez grande final de temporada, sendo o melhor time do campeonato pós-quarentena. Os rossoneros mantiveram a espinha dorsal e se reforçaram devidamente. Da mesma maneira, o Napoli de Gennaro Gattuso, atual campeão da Coppa Italia, teve bom crescimento e apresenta boa margem de evolução. Já a Roma, com nova direção, manteve Paulo Fonseca e tem como principal objetivo alcançar a consistência propriamente dita.

Algumas equipes podem surpreender, como o Sassuolo. O time de De Zerbi causou grande frisson depois da parada causada pelo novo Coronavírus. O estilo ofensivo e o dinamismo com a bola nos pés credenciam os neraverdi a sonhar com algo a mais. Fiorentina, Hellas Verona, Torino e Bologna podem traçar o mesmo caminho, com elencos atrativos e boas individualidades. Falando das três equipes que conseguiram o acesso a primeira divisão, o Benevento, o Crotone e o Spezia possuem expectativas mais modestas e semelhantes: lutar para não cair. Mesmo assim, o time de Pippo Inzaghi contratou boas peças e pode dar um passo a frente. Genoa, Sampdoria, Udinese, Parma e Cagliari possuem times menos consistentes, porém com jogadores e treinadores interessantes. Fato é que o nível da liga tende a crescer.

Juventus:

Foto: Reprodução / Twitter Juventus

Os bianconeros esboçam mudanças drásticas nas ideias de jogo. Ao contrário de Maurizio Sarri, Andrea Pirlo se mostra flexível com relação aos esquemas táticos. Enquanto o mais novo demitido da era Agnelli adotava o intocável 4–3–3, o ex-jogador gosta da ideia de alternância de formações — é o que se apresenta em sua tese na formação de treinador — e até já pensa num 3–4–3 como base inicial.

Reforços confirmados: Weston McKennie (Schalke 04), Arthur (Barcelona) e Dejan Kulusevski (Atalanta).

Saídas confirmadas: Pjanic (Barcelona), Blaise Matuidi e Gonzalo Higuaín (Inter Miami), Christian Romero (Atalanta) e Perin (Genoa).

Além dos recém contratados, o jovem Luca Pellegrini voltou de empréstimo e pode ser a sombra de Alex Sandro, após boa temporada no Cagliari. Matuidi e Higuaín vão experimentar o “american way of life”. Khedira está próximo de uma despedida, assim como De Sciglio, provavelmente. A ideia de rejuvenecer o elenco e desinchar a folha salarial são os pontos centrais deste inicio de trabalho para Pirlo. Dzeko pode ser uma excessão. Com seus 34 anos, o bósnio é a primeira opção para a camisa 9, com bons números e características que podem agregar e potencializar o futebol de Paulo Dybala e Cristiano Ronaldo. O negócio pode ser fechado nos próximos dias.

Time ideal: Szczesny, De Ligt, Bonucci e Chellini; Cuadrado, Bentancur, Arthur e Alex Sandro; Kulusevski (Dzeko*), Dybala e Cristiano Ronaldo.

Partindo do que vem se apresentando nos treinamentos e no amistoso contra o Novara, Andrea Pirlo deve ter como aposta inicial uma linha 3 zagueiros, podendo variar de esquema no momento defensivo. Adendo para nomes como: Danilo, que pode atuar como zagueiro pela direita e deve substituir De Ligt nestes primeiros jogos; Rabiot, que é peça para uma possível mudança de esquema, como por exemplo o 4–3–3; Kulusevski, que foi o melhor jogador jovem da última Serie A e se apresenta como principal nome para brigar por espaço no time, caindo mais pela direita. Como grandes esperanças, Dybala e Cristiano são as referências técnicas. O jogo será em função dos dois.

Expectativa: Briga por título, ainda como principal favorita.

Inter:

Foto: Marco Bertorello / AFP

Os nerazzurri seguem seu plano de crescimento. Estratégia esta que passou pela permanência de Antonio Conte. Após ótimo início de temporada passada, a equipe oscilou e viu a Juventus disparar, com o fôlego sendo recuperado apenas após a paralisação. Com isso, a Inter alcançou a segunda posição no campeonato, foi vice campeã da Europa League e parou nas semi-finais da Coppa Itália. Num balanço lúcido, boa temporada. Porém, não para Conte. Entre desavenças e descontentamentos públicos, o comandante esteve a detalhes de pular do barco.

Com seus desejos atendidos, o italiano está pronto para quebrar uma hegemonia que ele mesmo ajudou a construir.

Reforços confirmados: Hakimi (Real Madrid) e Kolarov (Roma).

Vidal e Pinamonti já possuem acordo com os nerazzurri e devem ser anunciados nos próximos dias.

Saídas confirmadas: Biraghi (Fiorentina), Moses (Chelsea) e Borja Valero (Fiorentina).

As chegadas de Hakimi e Kolarov dão mais fôlego a um elenco que sofreu, por muitas vezes, com sua escassez de material humano e falta de profundidade. Enquanto o marroquino pode jogar nas duas alas, o sérvio pode fazer a função de zagueiro pela esquerda — como vinha atuando pela Roma — e a própria ala do mesmo flanco. A disputa por espaço será interessante.

Na questão das possíveis saídas, Godin, apesar de ter conquistado espaço relevante no fim da última temporada, está perto de acertar com o Cagliari. Nainggolan pode seguir o mesmo caminho. Skriniar é negociável e pode gerar bom lucro. Perisic voltou do Bayern, mas está a espera de uma oferta para deixar Milão.

Time ideal: Handanovic, D’Ambrosio (Skriniar), De Vrij e Bastoni (Kolarov); Hakimi, Brozovic, Barella, Eriksen (Vidal*) e Young; Lukaku e Lautaro.

Com seu amado e intocável 3–5–2, Conte reúne peças para fazer ainda mais frente pelo scudetto. A defesa ainda é incerta. Skriniar é uma incógnita para seu comandante, com este setor sendo o mais propenso a investimentos ainda nesta janela. No meio a rotação deve ser maior, mantendo Brozovic como pilar do setor e reunindo peças como Sensi, Barella, Eriksen e, possivelmente, Vidal na parte criativa. No ataque, o dueto de Lautaro e Lukaku será o termometro da evolução deste time. O entendimento ja está consolidado.

Expectativa: Briga pelo título, a grande ameaça da dinastia bianconera.

Atalanta:

Foto: Reprodução / imagephotoagency

Gian Piero Gasperini inicia uma nova temporada em puro êxtase. Já são pelo menos 4 anos de bom futebol apresentado e durante este espaço de tempo só houve progressão, atingindo seu clímax nos últimos 12 meses. A tendência é que este padrão se mantenha. Isso se explica pela manutenção de boa parte do elenco, incluindo os 11 titulares.

A Dea cresce fora de campo também, com seu estádio passando por processo de modernização e estando apto a receber partidas de Liga dos Campeões, algo que não ocorreu na última edição, quando o time de Bérgamo atuou no Giuseppe Meazza. Até neste aspecto a progressão é alinhada ao que acontece no campo.

Reforços confirmados: Christian Romero (Juventus), Piccini (Valência) e Miranchuk (Lokomotiv).

Saídas confirmadas: Castagne (Leicester).

Para continuar crescendo, era necessário que o elenco se expandisse. As chegadas de Romero, Piccini e Miranchuk traduzem esta condição. O zagueiro já é visto como um atleta em potencial da posição no cenário europeu. Pelo Genoa se destacou e assim foi comprado pela Juve. Chega a Bergamo para brigar por posição na linha de 3 defensores. No caso do lateral ex-Valência, trata-se de uma reposição a saída de Castagne, que rumou para a terra da rainha. Piccini chega para ser o suplente imediato das duas alas. Já Miranchuk fez grande temporada na Rússia, inclusive na fase de grupos da última Liga dos Campeões. O meia de 24 anos será uma alternativa interessante para Papu Gomez.

Time ideal: Gollini, Tolói, Caldara e Djimisti (Romero); Hateboer, De Roon, Pasalic e Gosens; Papu Gomez; Ilicic (Freuler) e Zapata.

O modelo de jogo segue o mesmo. Um 3–4–1–2 centrado na capacidade de Papu Gomez em armar e dinamizar ao máximo os ataques, com municiamento dos atacantes o tempo todo. O estilo de Gasperini é completamente intenso e por essa cede ofensiva, a recuperação da bola quando perdida é incessante, com pressão na saída de bola adversária e diminuição dos espaços antes do meio-campo. Os papeis de Hateboer e Gosens são uma das grandes engrenagens desta equipe. Por fazerem parte de um esquema ofensivo, condinzente com suas características, os alas entram na área adversária com muita facilidade, sempre adotando diagonais e buscando a direção do gol. A peculiaridade fica acerca de Ilicic. O esloveno ficou de fora do fim da última temporada por conta de problemas pessoais e mesmo já tendo voltado ao serviço do clube, o atacante não tem prazo para um retorno aos jogos. Isso pode configurar uma entrada provisória de Freuler no time, assim como aconteceu nas quartas-de-final da Champions contra o PSG, adiantando Pasalic.

Expectativa: Briga por título / manutenção na zona de Champions.

Lazio:

Foto: Alberto Pizzoli / AFP

A equipe de Simone Inzaghi vem de uma temporada excelente. Surpreendentemente, os biancocelestes estiveram na briga pelo título durante 2/3 da última Serie A e impuseram muitas dificuldades para a Juventus. Como grandes pilares dessa espinha dorsal, Acerbi, Lucas Leiva, Milinkovic-Savic, Luis Alberto e Ciro Immobile protagonizaram um ótimo ano, com o atacante italiano terminando o campeonato como artilheiro máximo, com 36 gols. Feito que lhe proporcionou a chuteira de ouro europeia, superando Lewandowski e Cristiano Ronaldo.

Para a nova temporada, a Lazio tem a Liga dos Campeões em seu calendário depois 5 anos. Além disso, os objetivos na Serie A são mais concretos e revelam uma pressão a mais para a equipe de Inzaghi na busca por consistência entre os 4 primeiros.

Reforços confirmados: Pepe Reina (Aston Villa), Fares (Spal) e Muriqi (Fenerbabahçe).

Os novos reforços trazem a equipe da capital algo que fez muita falta na reta final da temporada passada: a possibilidade de rotação. Reina trará mais competitividade para Strakosha na meta, assim como Fares na ala esquerda e Muriqi na frente. No mais, os laziali conseguiram manter as peças que propocionaram o êxito passado. O brasileiro Luiz Felipe vem em ótimo momento e é peça fixa dessa defesa junto com Acerbi, por exemplo, assim como a estrutura inteira de meio-campo, com Leiva.

Time ideal: Strakosha, Luiz Felipe, Radu e Acerbi; Lazzari, Leiva, Milinkovic-Savic, Luis Alberto e Lulic (Fares); Immobile e Muriqi (Correa).

Em um autêntico 3–5–2, à moda italiana, Simone Inzaghi preza pela aproximação de seu meio-campo com o ataque. Isso explica os bons números de Milinkovic-Savic e principalmente, Luis Alberto. Na última temporada, a dupla se mostrou muito presente no momento ofensivo, municiando Immobile sempre que possível. O alas dão amplitude e abrem o campo para uma posse de bola mais coordenada. Além disso, podem ser vistos como a retaguarda deste time junto de Lucas Leiva. O brasileiro, inclusive, tem papel fundamental nas transições, ditando o ritmo da saída de bola e sendo o líder defensivo em seu setor. A perspectiva é de um desenvolvimento ainda maior desta equipe, que em muitos momentos encantou os fãs da tática e até da ofensividade.

Expectativa: Briga por Champions \ Europa League.

Milan:

Foto: Reprodução / Twitter Milan

O Milan é um caso curioso. Há 1 ano as esperanças da volta dos triunfos passados era miníma e isso se arrastou por boa parte da temporada. Entretanto, após a quarentena, Stefano Pioli transformou esta equipe e milagrosamente salvou seu emprego. Pioli estava como uma espécie de “técnico tampão”, apenas cumprindo contrato para passar o bastão para Rangnick. O alemão já possuia um acordo com a diretoria rossonera e esperava apenas o fim das competições para assumir o cargo.

As 12 rodadas finais da Serie A se tornaram um sonho. Jogos como o 3x0 contra a Lazio no Estádio Olimpico, a virada de 4x2 contra a Juve em San Siro e até o hat-trick de Ibrahimovic contra a sensação Sassuolo, demonstraram a evolução deste Milan. O melhor time italiano depois da parada. A potencialização de Theo, Bennacer, Çalhanoglu e Rebic foi notória e cirurgica. O croata formou uma dupla letal com Zlatan, alcançando a classificação para a Liga Europa.

Reforços confirmados: Tatarusanu (Lyon), Tonali (Brescia) e Brahim Diaz (Real Madrid).

Saídas confirmadas: Bonaventura (Fiorentina), Biglia (Fatih Karagumruk) e Begovic (Bournemouth).

Para uma equipe já encaixada, a adição de novos jogadores tende a ser calculista e pontual. Assim foi feito. O goleiro Tatarusanu chega para ser opção a Donnarumma. Brahim Diaz aterrissou em Milão por empréstimo junto ao Real Madrid, buscando dar mais opções ofensivas para Pioli. A cereja do bolo é Sandro Tonali. O meio-campista prodígio encheu os olhos de diversos clubes do velho continente e escolheu os rossoneros. O camisa 8 traz uma nova característica para o setor, que já conta com o combativo Bennacer e o dinâmico Kessie. Tonali é a engrenagem principal, homem do passe e da quebra de linhas. Grande reforço.

Time ideal: Donnarumma, Calabria, Kjaer, Romagnoli e Theo; Tonali, Bennacer, Kessie (Castillejo) e Çalhanoglu; Ibrahimovic e Rebic.

Com Pioli, o Milan se notabilizou pelo 4–4–2, com um ponta pelo lado direito — alternando entre Samu Castillejo e Saelemaekers — e Çalhanoglu aberto na esquerda. Ibrahimovic e Rebic, como dois atacantes centrais, se revezavam na movimentação fora da área, muitas vezes liderada pelo sueco. Agora com a engrenagem Sandro Tonali, o esquema pode se transformar. A disposição perfeita de uma equipe com 3 jogadores de meio é definida por: um primeiro homem com poder mais forte de marcação, um mais dinâmico que infiltra e faz o “box-to-box”, e outro que possui mais refinamento no trato da bola, que comanda a saída e inclusive se torna um regista no momento ofensivo. Bennacer, Kessie e Tonali, respectivamente. Hakam passaria a ter uma liberdade maior a frente desta trinca, tendendo a cair mais pela direita. Os dois “strikers” continuariam com seu trabalho habitual. Bom teste e perspectivas excelentes de um novo Milan.

Expectativa: Briga por Champions.

Napoli:

Foto: Reprodução / Twitter Napoli

O atual campeão da Coppa Itália chega para uma nova temporada com esperanças renovadas. Após início ruim de Serie A passada, ainda sob comando de Ancelotti, o Napoli conseguiu ganhar fôlego com Gattuso, principalmente a partir de janeiro deste ano. A equipe pagou pela inconstância inicial e quando ressurgiu, já estava longe de uma vaga de Champions. Mesmo assim, fez frente a todos os adversários domésticos, terminando com dignidade e confiança para um próximo passo maior.

Com o espirito de seu técnico, Diego Demme foi um achado para os napolitanos. O meio-campista foi um dos grandes pilares para o crescimento gradativo da equipe nos últimos meses. Além disso, se conectou prontamente com Fabian Ruiz e Zielinski, formando um trio que é o coração desta “squadra”.

Reforços confirmados: Victor Osimhen (Lille), Rrahmini (Hellas Verona) e Petagna (Spal).

Saídas confirmadas: Allan (Everton), José Callejón (sem clube) e Karnezis (Lille).

Milik está próximo de uma saída para a Roma.

Com o crescimento de Demme, Allan perdeu espaço e isso implicou em sua transferencia para a Inglaterra. Callejón já estava com seu ciclo cumprido. Já Milik decepcionou os torcedores napolitanos, que esperavam mais do polaco. Para a resolução deste problema, chegou Osimhen. O nigeriano fez grande último ano pelo Lille e se isso se refletiu no preço pago por De Laurentiis: 70 milhões de euros. O atacante é flexível, assim como gosta Gattuso. Pode fazer todas as funções de ataque, aliando sua velocidade, força física e definição. Petagna será uma opção para o setor, sendo um centroavante mais autêntico. Já o defensor Rrahmini, chega do Verona para compor a defesa, que pode perder Koulibaly a qualquer momento.

Time ideal: Ospina, Di Lorenzo, Maksimovic (Manolas), Koulibaly e Mario Rui; Demme, Fabian e Zielinski; Mertens (Politano), Osimhen e Insigne.

Como característica principal do time de Gattuso, a reatividade é potencializada com jogadores das características de Insigne, Mertens, Politano e Osimhen. Os atacantes são sustentados por uma base de meias dinâmicos, buscando a transição mais veloz possível para que seus “matadores” encontrem espaços maiores. Catalisadores participativos, mesmo que como codjuvantes. O 4–3–3 é bem definido e possui variação característica para o 4–4–2, com Zielinski podendo abrir o campo pelo lado. A defesa é inconstante e isso se deve muito aos laterais. Di Lorenzo e Mario Rui são contestados e provocam maior atenção e ao mesmo tempo, defasagens defensivas. Com a perda eminente de Koulibaly, o mercado pode voltar a ser ativo justamente por essa apreensão no setor. O novo ano se configura como de afirmação concreta.

Expectativa: Briga por Champions / Europa League.

Roma:

Foto: Matteo Ciambelli / NurPhoto

Os giallorossi voltam a enfrentar mais uma temporada cercada de incertezas. Com novo proprietário, Dan Friedkin, muitos esperavam uma injeção econômica instantânea. Porém, devido a pausa provocada pela pandemia do Covid-19, o mercado se tornou mais difícil e escasso, podendo este ser o grande motivo para ainda ter o escorpião no bolso.

Dentro das quatro linhas, Paulo Fonseca ganha opções interessantes para manejar seu elenco. Apesar de nova lesão de Zaniolo, o técnico português deposita esperanças em alguns jovens atletas, como Mancini, Kumbulla, Cristante e Pellegrini.

Reforços confirmados: Pedro (Chelsea) e Kumbulla (Hellas Verona).

Milik está próximo de um acordo com o clube, Giroud é a alternativa.

Saídas confirmadas: Kolarov (Inter), Kalinic (Atlético de Madrid) e Smalling (Manchester United) – Ainda pode voltar.

Dzeko está de saída para a Juventus.

As perdas na defesa impactaram os planos de Fonseca, que teve de se mexer para recrutar o jovem talento Kumbulla. O zagueiro fez ótima última temporada pelo Hellas Verona e chegou através de um belo chapéu na Inter. Como dito, Chris Smalling ainda tem chances de voltar. O inglês fez um ano excepicional na capital e se tornou prioridade para a cúpula romanista. Para o ataque, Pedro chega para trazer experiência e lucidez ao ataque da Roma. Milik possivelmente será uma reposição ao ídolo Dzeko, que está de malas prontas para rumar a Turim.

Time ideal: Pau Lopez, Mancini, Cristante e Kumbulla; Karsdorp, Veretout, Pellegrini e Spinazzola; Mkhitaryan, Dzeko* (Milik*) e Pedro.

Ainda sem uma definição sobre Smalling, Cristante deve ser recuado para zagueiro central, opção interessante que provoca variação instantânea no esquema de Paulo Fonseca. No momento ofensivo, o jovem meio-campista recua para a primeira linha, buscando direcionar a saída de bola e acionando Veretout e Pellegrini mais adiantados, ocasionado um 3–4–3. Na transição defensiva, o camisa 4 volta ao seu habitat natural, como regista, fazendo o time defender com duas linhas de quatro e ele próprio entre as mesmas. Um 4–1–4–1. Como ponto de atenção estão os alas. Spinazzola viveu um último ano de altos e baixos, porém é justificável sua titularidade. Já Karsdorp esteve muito perto de uma saída para o Genoa, quando ainda estava fora dos planos da comissão técnica. Agora pode reverter este quadro. De iniciais incertezas, a Roma pode ter boas repostas com o desenrolar da promissora história que renderá 2020/2021.

Expectativa: Briga por Champions / Europa League.

Para finalizar, que seja uma Serie A a altura e reconhecida. Como boa ferramenta para este processo, a competição volta as grades da TV brasileira, com a Bandeirantes sendo a detentora dos direitos de transmissão do calcio. O Sportv ainda exibirá uma partida por rodada. Diante disso, que comecem as batalhas!

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Gabriel de Araújo Mota
Eurófilos da Bola

Estudante de Jornalismo na ESPM-Rio Social Media na 4dois3um no Twitter.