Capacidade de atenção

Acho que um tema que a gente deveria explorar mais é o que trata da nossa perda da capacidade de atenção. É um sentimento bastante comum entre todos nós. Há quem diga que sim, esse mecanismo está prejudicado (https://lnkd.in/dUFWfaTy e https://lnkd.in/dbczssuu). E há estudos científicos que mostram que não é bem assim que as coisas acontecem. Que isso tem a ver mais com motivação do que necessariamente com uma habilidade que perdemos (https://lnkd.in/dvQb5Pz2).

Inclusive porque entendo que este é (ao menos deveria ser) um tema bastante caro para marcas e áreas de marketing das empresas. Quando a gente não responde mais aos estímulos todos que recebemos, ou não da mesma forma que antes, isso pode representar um desperdício de tempo e dinheiro para as organizações. É como se elas estivessem ali, pulando, gritando na nossa frente e nós estamos com fones de ouvido no volume máximo e com os olhos fechados.

Seria uma espécie de transferência de poder de quem chama a atenção. A gente espera coisas mais rápidas, mais dinâmicas, que é justamente o que as grandes plataformas de tecnologia descobriram e, mais do que isso, incentivaram. Preste atenção em um jovem: ele não aguenta ficar parado sem uma olhadinha no celular em uma série com mais de 30 minutos ou um filme que ultrapasse uma hora, mas perde bem umas quatro horas seguidas sem perceber no TikTok.

Em um mundo frenético, onde a informação é abundante e as distrações estão por toda parte, nossa capacidade de prestar atenção se vê cada vez mais desafiada. Mas concentração e atenção é fundamental (https://lnkd.in/dWK83J_T). Essa dificuldade está na mesa para a vida pessoal e profissional, forçados que somos a atuar de maneira a executar múltiplas tarefas em tempo integral, dentro e fora das empresas.