Por mais planners jornalistas

Dia desses, num processo seletivo, em uma das perguntas feitas ao candidato ele falou de algo que me fez pensar e retomar uma teoria que tenho há alguns anos: jornalistas tendem a ser bons planejadores de marketing e comunicação. Até lembrei de um artigo que produzi lá nos idos de 2018 para o Meio e Mensagem (https://lnkd.in/d-ss5spJ).

Ainda que eu puxe a sardinha para o meu lado — também tenho que me valorizar, vai — sei que não tem muito receita de bolo. Um profissional de planejamento bom pode vir de qualquer área. Já conheci e trabalhei com planners que eram originalmente formados em administração, em línguas, em economia. Enfim, tem um pouco de tudo nesse minúsculo mercado da publicidade. Gente, inclusive, com quem aprendi muito do que sei fazer hoje.

Mas, talvez por sintonia, por proximidade na forma de pensar e construir os planejamento, aqueles formados em jornalismo sempre me chamaram a atenção. E há conexões incríveis e simples de fazer. Especialmente a capacidade de fazer perguntas sobre o mesmo tema, a aptidão de criar elos e conexões entre coisas que parecem distantes, a propriedade de contar histórias com começo, meio e fim. E tem mais um monte de coisas que poderia elencar aqui.

Então, é um apelo mesmo: diante do cenário — que considero até certo ponto catastrófico para quem ainda trabalha como jornalista — pense em migrar, em investir em planejamento de marketing e comunicação. Aos poucos, com jeito, dá um belo caldo para quem não tem enxergado mais possibilidades no jornalismo.

E quem tá do lado de cá do balcão vai agradecer por ter mais profissionais de planejamento bons com quem trocar conhecimento, pensamento crítico, estrutura, formas, estilos. Inclusive, se quiser trocar ideia sobre esse movimento, me chama ali no canto.