4 dicas para recusar oportunidades ruins e ainda assim sair ganhando
Saber como e quando dizer “não” é uma habilidade essencial se você deseja manter a sanidade mental ao longo da sua carreira.
A profissão programador é baseada na prestação de serviços, e quanto mais experiência e reconhecimento você conquista, mais surgem oportunidades — boas e ruins.
Só que o tanto de furada que me meti nos primeiros anos de trabalho por não saber recusar algumas oportunidades ruins me custou muito tempo, dinheiro e reputação.
Com o passar dos anos eu criei critérios melhores de seleção e aprendi que, quase sempre, você pode recusar prestar determinado serviço e ainda assim sair no lucro.
Eu explico:
1 . Entenda que toda oportunidade é uma chance de criar um relacionamento com alguém da sua área
Quando eu digo “recusar serviço e sair no lucro” não estou dizendo que você vai recusar um frila e ainda assim essa grana vai cair na sua conta, né.
Mas você pode e deve aproveitar essa chance para criar um relacionamento profissional com a pessoa que entrou em contato.
Ou seja, se a oportunidade não está nos seus padrões mas você conhece alguém que se encaixe, seja prestativo e apresente alternativas. Certamente essa pessoa vai ficar grata e lembrar muito bem de você pelo gesto.
E você nunca sabe onde a pessoa que está pedindo ajuda agora vai estar no futuro. Abrace todas as oportunidades possiveis para networking.
2. Busque detectar e recusar oportunidades ruins antes que seja tarde demais!
Imagine que você pegou um frila e recebeu por 60 horas de trabalho.
Agora imagine que, por fatores que você definitivamente poderia ter previsto, esse frila te custou 120 horas + dor de cabeça + sujou seu nome no mercado.
Era melhor nem ter pego esse trabalho, né? E eu tenho certeza que você já passou por algo similar.
Se você segurar a ansiedade, conhecer quem está solicitando seus serviços e entender a natureza do projeto antes de responder, com certeza vai tomar uma decisão mais acertada.
O mesmo vale para novos empregos: faça o máximo possível de perguntas na entrevista, tente conversar com alguém que já trabalha lá, estude o histórico da empresa.
3. Mantenha portas abertas — desde que elas levem para algum lugar
A não ser que a proposta seja um verdadeiro insulto, vale a pena ser o mais educado possível e dizer “não” explicando os motivos da resposta.
Provavelmente a pessoa que está buscando seus serviços tem problemas para resolver e, ainda que não seja o ideal para você agora, talvez nos próximos meses surja uma oportunidade que seja mais adequada para o seu tempo/qualificações.
4. Transformando uma oportunidade ruim em uma oportunidade boa
Antes de recusar completamente uma chance, tente entender os interesses que motivaram um cliente/recrutador entrar em contato com você.
Se esse cliente/recrutador tem um certo nível de autonomia, pode ser muito vantajoso tentar encontrar um caminho que seja bom para as duas partes.
Por exemplo: recuse um determinado salário mas se mantenha aberto para negociar benefícios, recuse um frila de desenvolvimento de app nativo e proponha algo mais simples e que te traga um retorno melhor pelo seu tempo.
Lateral thinking dá muito mais trabalho que simplesmente recusar, mas talvez você encontre uma brecha grande o suficiente para virar o jogo e transformar uma oportunidade ruim em boa.
Concluindo
“Oportunidade” é uma palavra que soa naturalmente bem. Afinal, é horrível imaginar um cenário onde você simplesmente não tem oportunidade nenhuma.
No entanto, seu tempo, energia e paciência são recursos finitos e inevitavelmente você vai ter que recusar algumas chances durante a vida, para o seu bem e para o bem de quem entrou em contato.
Cabe a você conhecer os seus limites profissionais e desenvolver um detector pessoal de furadas. É uma tarefa difícil mas com o tempo você aprende.
Feito isso o segredo é dizer “não” da melhor maneira possível, seguindo sua experiência e as dicas acima!
Gostou do texto? Comente e segure o clique na palminha! 👏👏👏
Seu feedback é muito importante e me ajuda a escrever cada vez mais sobre carreira, negócios, pessoas e tudo mais que permeia o universo do programador (menos código).
E se você chegou até aqui, aproveita e se inscreve na minha newsletter.
É de graça e você vai receber (em algum momento) a minha curadoria de conteúdo extremamente relevante para programadores.
Peace and long life 🖖