Aruba, flamingos!

Igor Canêdo
Exploradores
Published in
6 min readApr 29, 2019

A decisão de ir para Aruba na nossa lua de mel foi bem repentina. Pensávamos em ir para a Grécia, local que certamente iremos em breve, mas ficamos com medo de viajar no final de novembro para lá, principalmente pelo frio e a possibilidade de encontrar locais fechados para turismo por conta da estação do inverno se aproximando. Então, por que não irmos para um lugar paradisíaco com flamingos e “verão o ano inteiro”?

Renaissance private island — flamingos, pombas e eu

A viagem do Brasil para Aruba é bem longa. Foram 7 horas até Bogotá e depois mais quase 2 horas até chegarmos ao aeroporto de Aruba. Como era a nossa lua de mel, fomos bem preparados e dispostos a aproveitar o máximo dos dias que tínhamos disponíveis, então alugamos um carro com antecedência, para podermos explorar a ilha.

Ao saírmos do aeroporto, fomos às locadoras de carro, pegamos o nosso e fomos direto para o hotel. Como o país tem apenas 193 km², é possível ir de ponta a ponta da ilha com muita facilidade. As estradas são boas, bem rápidas, com pouco trânsito e bem sinalizadas, tudo em inglês. Quase todo local tem estacionamento gratuito, o que facilita bastante a vida. Os locais pagos funcionam com parquímetros, que aceitam apenas a moeda local, o florim, então é bom trocar um pouco de dólar por florim logo ao chegar no país.

Aruba é incrivelmente bem moldada para o turismo. Os nativos costumam falar, pelo menos, holandês, inglês e papiamento, mas a maioria fala diversas outras línguas. Quase todos os preços no país ficam descritos em dólar e florim, mas dificilmente é necessário você andar com florim no bolso, exceto nos esquemas de estacionamento em Oranjestad.

Vista do quarto do hotel Renaissance Aruba Resort & Casino

O hotel que ficamos hospedados é o Renaissance Aruba Resort & Casino. A rede de hotéis possui um hotel para adultos e um hotel para família. Na prática, não existem grandes diferenças, mas o hotel para adultos contém um cassino dentro das suas instalações, além de um bar 24 horas, com música até às 9 da noite.

Por termos ficado na rede Renaissance, tínhamos direito de acesso à ilha privada. Quem planeja ir para Aruba e quer visitar a ilha tem opção de não se instalar no hotel Renaissance, mas precisa comprar um day pass, que é vendido à parte para não hóspedes. Porém, a disponibilidade desses passes varia de acordo com a lotação do hotel. Então só é 100% garantido o acesso à ilha para hóspedes, e como era nossa lua de mel, não queríamos arriscar.

Renaissance Island

A ilha privada é incrível. Começa no passeio de barco, que te busca dentro do hotel, literalmente. A viagem é bem curta, os motoristas são bem simpáticos e profissionais. O oceano e os barcos até a ilha são de tirar o fôlego.

Ao chegar na ilha, você é surpreendido com iguanas e lagartos por todos os lados. Apesar de não sabermos, a ilha possui duas partes. Um dos lados é onde fica a praia dos flamingos. Não é permitida a entrada de crianças desacompanhadas, provavelmente por conta dos flamingos serem animais bem frágeis. Do outro lado é a praia das iguanas, porém elas são em muita quantidade e acabam sendo vistas em todos os locais da ilha.

E ao entrarmos na praia dos flamingos, fomos surpreendidos com a cor da água, da areia… É tudo muito lindo. A primeira vez que vimos os flamingos foi bem emocionante. É uma experiência que valeu a viagem. Os bichos são bem acostumados com seres humanos, a ponto de comerem a ração, que é vendida por 25 centavos de florim, na mão.

A cor da água é impressionante. A temperatura também é bem agradável.

Tudo que é consumido na ilha pode ser colocado na conta do quarto dos hóspedes. Toalhas também são por conta do hotel, o que torna o passeio livre de preocupações de utensílios. E existe Wi-Fi em toda a ilha, pela mesma rede do hotel, o que é bem útil.

É possível realizar uma série de atividades na ilha, além de contratar vários serviços. Existem cabanas que podem ser reservadas para uma família ficar o dia inteiro, com mais conforto e privacidade, porém com um preço relativamente elevado e disponibilidade baixíssima. Na ilha existem lojas para compra de souvenires, restaurante e quiosques, com preço bem em conta, porém tudo em dólar.

Vida fora de Oranjestad

Aproveitamos bastante o carro. Encontramos um local que podíamos estacionar de graça perto do hotel, então o custo do carro, além do aluguel, foi apenas do combustível no fim da viagem, que acabou sendo bem barato, pois a ilha é bem pequena. O transporte público parece funcionar bem, mas acabamos não experimentando nessa viagem. E, claro, existem táxis em todos os lugares do país, em qualquer horário, afinal, Aruba respira turismo.

Em um dos dias fomos a maior praia do país, para explorarmos um pouco outras regiões do local. A famosa Palm Beach. Aproveitamos um pouco a praia, fizemos longas caminhadas, com intervalos de mergulhos nas águas incríveis do local, até a hora de fazermos um passeio turístico que tínhamos contratado.

Piratas!

O passeio foi bem em conta, 45 dólares por pessoa, e é bem completo. Foi um pouco mais longo do que nós queríamos, mas valeu a pena. Durou cerca de 3 horas.

À esquerda, um dos pontos de parada perto de uma praia. Água incrível em alto mar no meio. Equipado de mergulho incluso.

Existe um local de encontro em Palm Beach, onde você é levado de barco para uma embarcação bastante lúdica, simulando um navio pirata. Open bar liberado, música ambiente, 3 paradas para mergulho, com os equipamentos inclusos e saltos na água, tudo incluso. Não é um passeio romântico, mas o clima é super agradável e descontraído. Acabamos conhecendo pessoas bem legais na jornada, que, por coincidência, estavam hospedados no mesmo hotel que a gente.

O jantar paradisíaco

Exploramos o norte da ilha, tiramos fotos no California Lighthouse, pegamos chuva, fizemos compras em shoppings e supermercados. Mas nada se comparou ao restaurante que conseguimos comer, no local que sentamos.

A história começou numa manhã, que decidimos que aquele seria o dia que iríamos ao Barefoot Restaurant. O restaurante é famoso por iniciar o seu atendimento perto do horário do pôr do sol, com mesas dentro do seu hall interno, mas com mesas na areia da Surfside Beach.

Fomos até o restaurante logo de manhã, para tentar agendarmos uma mesa na areia, mas não tivemos sucesso. Nos contentamos com a mesa no hall interno e o fundo de esperança em alguma desistência que pudesse acontecer.

Então, pontualmente às 17h30, chegamos ao restaurante e fomos muito bem atendidos por uma garçonete holandesa, que nos mostrou a nossa mesa e nos avisou que em caso de desistência nos realocaria para a areia, por ser a nossa lua de mel. Tiramos fotos, chegamos até a receber uma taça de champanhe e sentamos.

Para nossa surpresa, houve um casal desistente. Parecia coisa de filme, foi inacreditável.

A nossa mesa era na segunda fileira de proximidade da água, num lugar perfeito. Bebemos, comemos e aproveitamos cada minuto daquele jantar.

A dica que damos para quem quiser se aventurar no Barefoot é buscar agendar o restaurante com bastante antecedência, diferente do que fizemos. Os horários para a praia estavam esgotados para até a semana seguinte e a quantidade de desistência é mínima, então é bom não precisar contar com a sorte, como foi nosso caso.

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