London call — Part II

Karina Kohl
Exploradores
Published in
8 min readJan 14, 2019

Segunda parte da minha visita a Londres em Novembro de 2018. Vocês já devem ter notado que meus posts falam muito mais por fotos do que qualquer coisa. Poucas palavras, muitos olhares :)

Lembrando, sobre as fotos: Todos os direitos reservados © conforme lei LEI N.º 9.610 (ou seja, nada de cópias e uso não autorizados)

Museu de História Natural. Começo hoje pelos museus. Todos os museus em Londres são gratuitos. Isso não quer dizer que eles não pedem uma contribuição espontânea no valor que você desejar. Seja uma pessoa legal e faça uma doação. Há algumas exposições que são pagas e elas são sinalizadas nos panfletos e nas suas respectivas entradas.

O museu de história natural me lembrou muito o de Nova York. No de NY, você encontra um enorme esqueleto de dinossauro, no de Londres, uma baleia. É ciência e história por todos os lados. São milênios de evolução ao seus alcance. Os detalhes entalhados emmadeira nos arcos são lindos (olha o macaquinho na foto aqui embaixo) e são uma exposição a parte, bem como o prédio em si.

British Museum. Ah, o British Museum!!! Que museu, gente! Vá com tempo e descansado. De preferência, esteja lá logo que abrir. Também é gratuito e você vai passar por revista aos seus pertences na entrada.

É incrível, mas também de reflexão. O equivalente em NY seria o Metropolitan Museum of Art. Em ambos, grandes coleções greco/romanas, egipcias, etc. Eu, que adoro museus, pela primeira vez, fiquei numa confusão de sentimentos a cada faraó e deus(a) grego(a) que eu via. Cada escultura que foi retirada do seu lugar original. Fica mais protegido? Sim, fica. Mas a que custo histórico? Isso ficou muito forte em mim quando vi um Moai da Ilha de Páscoa (Hoa Hakananai’a (‘lost or stolen friend’)) na área dedicada à Africa, Oceania e Americas (última foto abaixo). Meu sentimento foi justificado, quando alguns dias depois da minha volta começaram a pipocar notícias do governo da Ilha de Páscoa pedindo de volta o Moai, que está há 150 anos fora da ilha.

É no British Museum também que você vai encontrar a Pedra Roseta, importante, historicamente, para desvendar os hieróglifos e compreender o Egito antigo.

London Tower + Tower Bridge. Aqui, um pouco de história misturada com diversão. A London Tower fica na região central de Londres e a cada 30 minutos, visitas guiadas a partir da entrada e que são divertidissimas. A Torre de Londres é um castel/forte histórico, que fica do ladinho do Rio Thames e data do século XVIII-XIX. Serviu de quartel general para os combatentes ingleses da primeira e segunda guerras, onde eram treinados. Ao contrários dos museus, a entrada é paga (e bem paga), mas vale as libras investidas.

Saindo da torre, você dá de cara com a ponte da torre. Você pode visitar, se quiser (eu não cheguei a subir), atravessar para o outro lado do rio e caminhar pelo passeio público! É bem agradável! Se for no final do dia, fica mais bonito ainda (no inverno, escurece por volta das 16:30). Se ainda estiver animado, pode aproveitar o HMS Belfast, um navio da segunda guerra mundial transformado em museu.

Covent Garden, pra mim, é o lugar hype, fashion para compras, arte e gastronomia em Londres. Lindinho, mas confesso que para o meu gosto, muito no estilo "arrumadinho que quer passar por descolado"! Estava bem bonito decorado para o Natal! (sentiram que não me nutriu afeto, né?)

Trafalgar Square. É onde fica o National Gallery. Em algum momento, você vai passar por ali, então, não é algo que você precise colocar no roteiro (a não ser que você queira visitar a National gallery… eu não quis).É conhecida por ser onde protestos e manifestações democráticas acontecem (para os Porto Alegrenses: nossa Esquina Democrática). Quando passei por lá, tinha um pessoal de origem Japonesa dançando :) Só consegui fotografar a pose no final ;-)

Camden Town. Ao chegar em Camden pelo metrô, você tem uma recepção semelhante a chegar em Amsterdan de trem: ela vem pelo ar. Um aroma bem caracteristico está presente. Camden é o bairro mais difícil de definir e você vai encontrar todos os tipos de tribos por lá. Mercados de todos os tipos são o que formam o bairro. Comércio de rua (dos mais variados), camelôs, o Camden Lock (um complexo de lojinhas), que já emenda no Horse Tunnel Market, um antigo estábulo que virou mercado de todos os tipos de coisas (principalmente roupas e artesanato). Caminhando por ali você vai encontrar a estátua (em tamanho natural) da Amy Winehouse (lembrando que ela morou por ali por anos) e a Cyber Dog, a loja mais psicodélica que já coloquei os pés (trance music, luz negra e roupas fluorescentes são o padrão). Camden é bem peculiar. Falam muito das festas em Camden, mas como sou uma viajante diurna (depois de 15km diários caminhando, não sobra nada pra festa), não posso dar nenhuma dica pra vocês :)

Notting Hill. Pra fechar o bairro gracinha de Londres. Conhecido basicamente pelo filme bonitinho da Julia Roberts e do Hugh Grant (reconhece a porta azul da foto aí embaixo? E o cinema Coronet?). Mentira!!! Notting Hill tem o Portobello Market (ao longo da Portobelo Road) e é maravilhoso (apesar da quantidade absurda de gente). As lojas estão sempre abertas, mas aos Sábados parte da rua fica fechada para carros. Você vai encontrar roupas, artesanato, comida boa, artistas de rua, antiguidades. Mas, Karina, Camden não é assim? Tem tudo isso, mas é COMPLETAMENTE diferente. Notting Hill é o bairro residencial que você cria na sua mente quando pensa em Londres. Tem coisas alternativas? Tem, mas é outra vibe. A Karina de 20 anos atrás, talvez tivesse gostado mais de Camden. A Karina de 2019 prefere 1000 vezes Notting Hill.

BAPS. Shri Swaminarayan Mandir London. De forma bem simplória: o Templo Hindu de Londres. Não tenho fotos. Elas não são permitidas no interior de toda área do templo. Tentei tirar algumas do portão para fora, mas não me agradaram. No site, vocês podem ver fotos de lá. O Neasden Temple, fica localizado na região noroeste de Londres (Neasden) é o primeiro templo tradicional hindu na Europa e um dos maiores fora da Índia. Se você quiser fugir das rotas tradicionais Londrinas e conhecer uma região bem diferente do que costumamos ver em fotos, é lá que você deve ir. Cerca de 1h do centro de Londres. Eu estava hospedada em Earl's Court, então foi uma combinação de duas linhas de metrô (District Line + Bakerloo) e caminhada. A caminhada você pode trocar por um ônibus logo na saída da estação Stonebridge Park, mas eu recomendo fortemente a caminhada que deve dar em torno de 15 minutos. Um bairro formado bem diferente da Londres dos filmes e de população basicamente indiana. Você caminha pela rua (que parece ser a principal) e num primeiro momento, acha que está no lugar errado, pois nada por perto remete a um templo. De repente, ele surge, no meio da cidade, imponente, todo em mármore branco. O templo, em si, não é visitável, apenas o prédio ao lado. Mas acredite, é o suficiente pra deixar qualquer um boquiaberto com os detalhes. Na sala de entrada, tudo em madeira, num nível de detalhes impressionante. Ao lado, mármore… para todo o lado… também de detalhismo inacreditável.

Coisas que devem ser lembradas: nada de roupas curtas (bermudas/saias curtas) e nada de regatas ou blusas que deixem os ombros de fora. Legging também não é permitida. Você vai precisar tirar os sapatos e deixar nos armários na entrada. Vá com uma meia bonitinha :-) Seus pertences ficarão num guarda-volumes do outro lado da rua e você vai passar por um detector de metais para entrar. A entrada é gratuita. Independente da sua crença, se você visitar, respeite a crença daquelas pessoas e daquele templo. Não adianta querer encrencar ;-)

No próximo post, fugirei um pouco de Londres e resgatarei o passado Britânico e falar sobre duas cidades do interior da Inglaterra: Nottingham, a cidade do Robin Hood, e Wiltshire, a cidade onde fica Stonehenge (e todo seu misticismo), ambas visitadas em 2012.

Sobre as fotos: Todos os direitos reservados © conforme lei LEI N.º 9.610 (ou seja, nada de cópias e uso não autorizados)

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