San Pedro de Atacama: seu ponto de partida para desvendar o Deserto do Atacama

Karina Kohl
Exploradores
Published in
4 min readDec 18, 2017

San Pedro de Atacama é uma adorável cidade no norte do Chile e que faz divisa com a Bolívia. E é lá que você monta seu quartel general para todos os tours pelo deserto do Atacama.

San Pedro de Atacama está a 2.400 metros de altitude e está localizada na Região de Antofagasta no Chile. Possui uma área de 23.438,8 km² e pelo senso de 2002 uma população de cerca de 2000 habitantes (no entanto, em 2016, já são cerca de 5000).

Não há vôos diretos a San Pedro de Atacama. Normalmente o trajeto é aéreo de Santiago do Chile para uma cidade chamada Calama (aproximadamente 2hs de vôo) e então segue-se a San Pedro de Atacama de ônibus ou transfer (van). Eu optei pelo transfer: assim que desembarquei e peguei minha mochila, já havia alguém do receptivo da Transfer Pampa me esperando e em seguida pegamos a estrada para San Pedro (cerca de uma hora de viagem). Minha recomendação: já aproveite para curtir a estrada pois você passa pelo parque eólico “Valle de los Ventos” e também pelo Vale dos Dinossauros. Você já começa a se habituar com as estradas (muito bem conservadas) e com o visual que você vai vivenciar nos próximos dias de sua estadia.

Eu cheguei no meu hotel (Don Raul) por volta das 11hs da manhã, deixei as coisas na recepção e fui até a Ayllu Atacama, agência que contratei para realizar os tours pelo deserto, verificar a agenda que eles tinham programado para mim

Durante minha estadia a agenda mudou um pouco pois na minha primeira noite em San Pedro sofri com o soroche (o mal da altitude). No final, minha agenda ficou assim:

  • Dia 1: Chegada a San Pedro. Valle de la Luna e Valle de la Muerte a partir das 16hs até quase 21hs
  • Dia 2: Dia livre pela cidade, me recuperando e aclimatando. Foi na noite do primeiro para o segundo dia que passei bastante mal (farei um post sobre isso com dicas para evitar/minimizar)
  • Dia 3: Lagunas Altiplânicas (saída pelas 6hs do hotel, retorno por volta das 16hs)
  • Dia 4: Geysers el Tatio pela manhã (saindo as 6hs do hotel) e Laguna Cejar e arredores (a partir das 16hs saindo da agência até quase 21hs também)
  • Dia 5: Termas de Puritama (saindo por volta das 9hs do hotel)
  • Dia 6: Salar de Tara (saindo as 9hs do hotel, retorno por volta das 16hs)

No dia 7, bem cedo pela manhã, peguei o rumo de volta para casa.

Sobre o mal da altitude e minha mudança de planos: felizmente eu estava com um pouco de folga e consegui acomodar quase todos os passeios. De fora mesmo, ficou apenas o Valle del Arco Íris. Mas não foi algo que me deixou muito chateada (posso usar como desculpa para voltar a Atacama

Quanto ao hotel Don Raul: bom custo-benefícios. Você está no deserto mais árido do mundo, numa comunidade que cresceu muito devido ao turismo e pode ter seus “perrengues”. Logo, todos os comentários sobre hospedagem devem ser relativizados ao ambiente que você vai encontrar. Além disso, os comentários que faço a seguir são observações muito minhas. Pessoalmente, observei que você vai encontrar 3 tipos de hospedagem: a super barata (perrengão), a média (que te permite “viver” bem, sem luxos) e a de luxo (que, do meu ponto de vista, é meio viver fora da realidade do Atacama). Eu considerei o Dan Raul uma hospedagem média, pra quem não quer dividir quarto em hostel e gosta de um banheiro com água quente no quarto. Infelizmente, não tinha ventilador no quarto (pequeno), mas no geral era limpo, a cama oferecia conforto, água quente que funciona, boa internet, bom restaurante e café da manhã e a staff bastante solícita. Sobre as hospedagens de luxo, acho que são dois hoteis “all-inclusive”, ou seja, até os passeios são realizados por eles.

Todos os tours eu fiz com a Ayllu Atacama e recomendo MUITO! No idioma quechua, Ayllu é uma forma de comunidade familiar. Esse na foto comigo (abaixo) é o Mike, o responsável pela agencia. A Ayllu se personifica na pessoa do Mike, mas tem muita gente nessa “comunidade familiar” que faz a coisa acontecer e que faz com que a experiência “Deserto do Atacama” se torne mágica. No final, você se sente parte desse #ayllu. Meu reconhecimento aos guias top: Pablo, Jaime e Claudio (e ao próprio Mike) e minha gratidão e respeito ao Mike: obrigada pela experiência que a Ayllu me proporcionou!

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