Angkor, Camboja (arquivo pessoal)

Viajando sozinha pela Ásia: informações úteis

Munike Ávila
Exploradores
Published in
6 min readDec 9, 2019

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Quando comecei a planejar a viagem pela Ásia percebi que existe muito conteúdo em inglês na internet, mas pouco em português — ou muitas vezes nada sobre coisas úteis (tipo trocar dinheiro, transporte público, etc.), então espero que isso ajude outros viajantes. Vamos lá!

Tours

Como estava sozinha em um lugar totalmente novo pra mim e com tempo limitado, optei por reservar alguns tours para lugares que queria muito conhecer, como a Kuang Si Falls no Laos e os templos de Angkor no Camboja.

Usei essas três referências de sites: TripAdvisor, Airbnb Experiences e Get Your Guide.

Se você prefere fazer tudo na hora, também é bem tranquilo! A maioria dos hotéis/hostels oferece serviço de pacotes para passeios ou te ajuda com contatos de agências.

Transporte público em Bangkok

Como contei aqui, quando cheguei em Bangkok fui do aeroporto até o Grande Palácio apenas utilizando transporte público. É uma ótima maneira de conhecer a região, a rotina local e evitar ficar parado no trânsito.

Para este trajeto utilizei 3 meios de transporte:

Trem do aeroporto até a cidade de Bangkok: O SA City Line oferece serviço entre o aeroporto e a estação Phaya Thai, com seis paradas ao longo do caminho. Você pode escolher descer em Makkasan e trocar para a linha de metro ou seguir até o fim da linha e mudar para os trens BST. O tempo total de viagem é 30 minutos. O bilhete custa no máximo 45 Bahts (em torno de R$ 6) e atualmente é vendido apenas em máquinas na entrada da estação do aeroporto — não conte com bilheteria. A notícia boa é que é muito simples comprar um bedge (uma espécie de moeda de plástico) pela máquina: você seleciona o destino num mapa similar a imagem abaixo, coloca o dinheiro e é só esperar pelo bedge e o eventual troco.

Mapa com todos os meios de transporte público em Bangkok (google)

Uma vez inserido o bedge na catraca, o mesmo não é devolvido, como acontece com bilhetes de papel ou cartões.

Trem BTS: De Phaya Thai, fui até Siam (verde claro) e dali troquei para outra linha que chegava até Saphan Taksin. Para este trajeto também foi preciso comprar um bilhete — dessa vez um cartão. Uma vez dentro da rede BTS, é possível se deslocar entre as linhas como um metro normal. O preço do bilhete varia entre 15 a 52 bahts (R$ 2 a R$ 7). É possível comprar na bilheteria.

Chegando em Saphan Taksin, segui as indicações para o Sathorn Pier, uma estação de ferry. Aqui foi onde percebi como estava fora de uma rota turística. Não tinha quase ninguém esperando o barco, salvo alguns locais. O bilhete foi comprado com uma senhorinha sentada em uma mesa de plástico, que não entendia uma palavra de inglês. O bilhete custa 15 bahts (R$ 2) e é apenas um papelzinho como esse:

Uma vez dentro do barco percebi que é possível comprar o bilhete após embarcar. Entre o trajeto de uma estação e outra, uma pessoa passa com um chocalho cobrando os passageiros que ainda não possuem bilhete — uma forma de não atrasar o trajeto e evitar filas.

A ultima parada foi no Tha Chang Pier (N9), a estação de ferry mais próxima do Grande Palácio. Dali em diante, bastou caminhar uns 5 minutos para chegar ao local.

Aprenda algo com um local

Em Luang Prabang, no Laos, tive a oportunidade de conhecer uma costureira local e aprender a costurar bolsas feitas de saco de cimento. Isso foi possível através da Backstreet Academy, um projeto que conecta locais com viajantes para ensinar algo típico, gerando conscientização para quem vem de fora e renda para a comunidade local. O projeto já funciona em 8 países do continente asiático, entre eles Vietnã, Camboja, Laos e Tailândia.

Aqui você pode ler melhor sobre essa experiência.

Se locomover em Hanói

Uma alternativa fácil e barata de se locomover por Hanói é usando o App Graab — uma espécie de Uber vietnamita. Você pode optar por carro ou moto, e pagar diretamente pelo app ou em dinheiro.

O Graab é bem comum e usado na cidade e evita que você tenha que negociar valores antes de entrar em um táxi, que custam mais caro.

Trocando dinheiro

Quando estava pesquisando sobre as moedas de cada país, toda a informação que eu lia dizia que era impossível conseguir Lao Kip fora do Laos. Estava um pouco preocupada pois chegaria a noite no aeroporto, não sabendo se a casa de cambio estaria aberta (e não estava) e se meu cartão funcionaria para saque. Por isso resolvi perguntar em Hanói e me disseram que trocavam no aeroporto. Dito e feito. Foi bem simples e a mulher achou até estranho minha reação quando ela disse que tinha Kips.

Já dentro de Luang Prabang, existem casas de cambio e caixas eletrônicos por todo o canto da cidade — o mais garantido é sacar pelo banco francês BCEL, que aceita cartões internacionais visa e mastercard.

Para trocar dinheiro, vale mais a pena levar dólares. Se você tem moedas sobrando de algum outro pais asiático da região (Tailândia, Vietnã) também é possível trocar.

Já o Camboja possui um sistema não oficial de moeda dupla e é recomendável usar diretamente o dólar. Embora o riel (moeda local) seja usado para pequenas compras (por exemplo, você normalmente o recebe como troco em restaurantes e lojas de conveniência), a grande maioria das transações é feita em dólares americanos. Todo estabelecimento aceita e inclusive prefere, devido ao riel não ser estável.

Vistos

Dentre os quatro países asiáticos que visitei, o único que não exige visto de viajantes brasileiros é a Tailândia.

Camboja: o visto pode ser feito diretamente online pelo site oficial do país. Após a confirmação do pagamento, você pode fazer o download do visto, que também é enviado para seu email. Não esqueça de imprimir 2 cópias, pois uma fica com os policiais da imigração e a outra serve para você levar sempre quando for sair, como comprovante de entrada no país. O custo é de 36 dólares.

Chegando ao aeroporto, notei que também é possível fazer o visto diretamente em um balcão, mas com o e-visa a entrada no país é muito mais rápida, já que tem um portão especifico só para isso.

Laos: o visto é feito diretamente na entrada do país. Você precisa levar duas fotos 3x4. O custo é de 35 dólares, mais a taxa de 1 dólar cobrada na entrada. É melhor levar o valor justo pois se você dá a mais, o troco é dado na moeda local com a conversão que eles escolherem.

Vietnã: esse site explica 3 formas de tirar o visto para o Vietnã.

Visita aos templos

Templos são lugares sagrados, por isso você deve sempre cobrir pernas e ombros e tirar os sapatos ao entrar. Não se preocupe em deixar seus sapatos na rua, é uma prática comum. Se você não gosta de andar de pés descalços ou de meias por lugares com bastante gente, você pode levar algo para proteger os pés…vi pessoas usando touca de banho descartável e pareceu funcionar.

Olha a chuva!

Se você, como eu, optar por viajar no período de monções, tenha sempre uma capa de chuva ou guarda chuva consigo. Embora atualmente chova muito menos do que o previsto, é sempre bom estar preparado para chuvas torrenciais. Se estiver pelo Vietnã e precisar de uma sombrinha, diga “ooo” — é sombrinha em vietnamita ;)

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