AEIA

“Paz não é paz com medo”, reitera Brasil

Farpas são trocadas entre as delegações do AIEA devido a decisão dos membros permanentes do Conselho de Segurança em relação a desnuclearização dos seus estados.

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De Júlia Toledo

Na sexta sessão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi tratada a redução de ogivas nucleares dos países do P5 — membros permanentes do Conselho de Segurança -, sendo eles China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos. No entanto, a discussão gerou tensões entre eles e as outras delegações.

Comitê durante sessão. Foto: Beatriz Morelli

Os membros permanentes do Conselho sofreram diversos ataques das outras nações, que desejavam que eles e desnuclearizassem de maneira drástica para garantir segurança à população e a manutenção da paz. Enquanto isso, o P5 afirmava que era fundamental não extinguir armas nucleares, pois elas são utilizadas para defesa e contenção de danos.

Dessa forma, o comitê ficou horas andando em círculos, com vários dedos sendo apontados nesse período. Como disse o delegado da Argentina, os membros permanentes apoiavam a desmilitarização das usinas no debate sobre Zaporizhia para garantir a paz, mas quando se trata de seus próprios armamentos o discurso mudou completamente. “As armas nucleares são um instrumento de afronte, não de paz”, afirmou ele.

Por fim, devido as diversas tensões no AIEA, a delegação russa sugeriu uma sessão privada, pois estava inseguro em expor suas opiniões polêmicas sobre o assunto na frente da imprensa.

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