Cumplicidade.

Atitude que enobrece.

Leopoldo Jereissati
Fala Man
3 min readSep 12, 2018

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Esse ano, resolvemos reformar nosso apto. Moro desde 2011 ali e agora casado há mais de 1 ano, estava na hora de deixá-lo com a nossa cara, e não mais com a minha, apenas.

Percebo que a medida que o tempo passa ao lado da pessoa que amo, os paranauê vão se confundindo: Eu não sou mais Eu-apenas; Ela também não é mais Ela-100%.

Nos tornamos maiores que dois indivíduos, é como uma terceira força que conhece intimamente cada um.

  • Quando ela pega algo que sabe que você vai esquecer, e esquece...
  • Quando você procura algo no armário várias vezes e não encontra. Ela vai no mesmo lugar e ta lá.

Tipo isso…

O conceito #raíz mais próximo que encontrei para te explicar chama-se “Mastermind” do Napoleon Hill - vale a leitura;

O #Nutella chama-se “algoritmo” e vem travestido de "Sugestões para Você" em uma porção de Apps no seu cel (Saporra conhece a gente mais que a gente mesmo - #medo).

Falando sobre nós, tem gente que gosta de sofrer com tudo; a gente não. No batuque das marretadas e poeira levantada do gesso resolvemos vazar de casa por alguns dias. Curto esse pragmatismo: #sóvai

Escolhemos a California: Roadtrip (pra variar um pouco rs...) Tem algo especial sobre essa viagem: vamos com meus sogros.

A primeira reação de todos que logo ficam sabendo é "Pooutz! Sério?!" - em um tom de pesar. Mas é isso: Carmel, Big Sur e Sogros. A vida começa por caminhos distintos que em determinado momento se cruzam.

Cabe a nós daquele ponto em diante seguirmos nossos rumos ou mudarmos a direção. Isso acontece todo dia, e não damos a mínima pra decisões que podem ser life changer!

  1. Assim entrei na faculdade, prestei a prova por companhia a um amigo e ali fiquei! ESPM. Hoje tenho uma agência de publicidade.
  2. Assim conheci minha esposa, no Centrinho de Concórdia, na rua. Achei ela bonita, e fui falar com ela. 10 anos se passaram. #tamojunto.
  3. Assim viajamos, sogros e genro, para Jericoacora em 2015, Suiça e Itália em 2016 e agora para a Califórnia (2017 era lua de mel.. aí não tinha como rs...).

Vocês não imaginam como isso nos deixa felizes. É um ciclo virtuoso, de verdade. Começa com a Luiza se perguntando se devemos ou não viajar com eles em parte das suas férias e termina com a certeza de que sim:

- minha mulher saiu de casa com 16 anos pra estudar. Mora comigo em São Paulo e sente falta da presença deles que ficam no Oeste de SC, não é fácil ir e voltar de lá nos finais de semana;

- meu sogro saiu do Brasil pela primeira vez conosco com 60 anos e pegou gosto pela coisa, quer desbravar o mundo; virou bagunça.

- minha sogra me deixa confuso se ela é mãe, ou melhor amiga da minha mulher. Elas são iguais, fazem tudo igual, do jeito de andar ao jeito de agir, tricotam o dia todo, palavras aos milhares e sorrisos.

- eu, porfim, tive a oportunidade de viajar bastante por toda minha infância, adolescência e até hoje. Cabe a mim o papel de Guia, rs!

Ora, se não é a cara das férias do Brasileiro: aquele alvoroço pré-viagem, ninguém almoça direito, prontos 6 horas antes do embarque, 2:40h de trânsito até Guarulhos, nunca sabe se vai dar ou não pra embarcar... calça de moleton, coletinho preto, tênis e 10 horas de vôo na lata de sardinha fora o eterno medo de ser barrado na alfândega americana.

Aqui estamos. Let the trip begin!!

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