Flor de Novalis

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FalaPalavra
Published in
1 min readOct 22, 2019
Photo by Saffu on Unsplash

Uma flor deveras sem cor
cresce sob sombras
entre prédios e privilégios,
com sede de paisagens
mente, cospe, sente
espinhos tão selvagens,
convergentes, divergentes
sem limites emergentes.
Faltaram zangões Álvaros
nesta roda de alusões.
Ahh… onde é que foram
os engenheiros de esmeros?
No ímpeto pela imensidade,
apressaram-se no compasso
construindo ilusões férteis
contrastes de contradições.
A flor desabrocha
multicolorida
A esperança avoa
imensidões
atravessa ares áridos
pousa em corações.
A trança, a transa
A pétala, a asa
A dança …
A noite foi cortada
silencia(mente)
entreatos de safiras
cai a cortina
do amanhecer.
A escuridão pelo nada,
do nada, começa a ceder
entre presas, preces e efemeridades:
marcas de uma época.
O reencontro da vontade
finalmente, recíproca.
O inimigo, competitivo
engole, engasga-se
no verbo próprio e intransitivo.
Desconfie, desengane-se
efetive-se na crise
da autoconfiança.
A melodia agora
é punk, é funk,
é doçura ou loucura.
E só ressoa para quem
permite-se dançar.

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