Relações modernas compostas de engrenagens ocas
Eu não sei em que ponto eu esqueci de dar o sinal. Queria retornar, dar meia volta, ou inteira. Saltar aonde fizesse sentido. Entender o porquê de um cérebro dotado de intenção em reduzir. Reduzir. Reduzir. E reduzir. Mas não a si.
A reação-ataque dos que me evaporam com a sutil danosa forma de manipular para um local cômodo para si e espinhoso para o outro.
Nunca se magoar, nunca pedir, nunca algo incomodar, nunca algo a mudar. O grupo dos rebeldes a cobranças. Quem o faz merece o descabimento dos seus sentimentos. Merece desprezo. Ódio. Ofensas para lhe colocar reduzida a uma caixa de fósforos. Essas são algumas das relações modernas compostas de engrenagens ocas embebidas de sarcasmo e bolinagem. O que insiste é desqualificado. Vilipendiado.
Alguns falam em quântica, em energia, em terapia, evolução. Fale. Solte. Exteriorize. É o que dizem. Não. A nova onda mesmo é guardar. Aprenda a lidar. Tudo é problema seu. Engula. Engula. Engula. Isso é inadequado. A questão aqui são somente as suas expectativas. Não diga o que te chateou. É chato. É pedante. É impróprio. Exagero é atribuído até para o que não se é. Rótulos até do que não se fez. Raiva a quem deseja consertar relações. É assim. O grupo dos que sabem tudo. O grupo dos que não tem problemas. Dos que não criam expectativas. Não mergulham na piscina. Possuem a certeza da sua evolução espiritual. São os seres superiores.
Quem mergulha com quem boia, sufoca. Respira água. Engole dor. Grita exageros. Vira merda desproporcional que afunda.
Mas volta adubo. Ao lado dos descabidos seres inferiores. Possuidores únicos de desacertos e sombras.
