SERVILUZ DAS ARTES: COLORINDO NOSSAS RUAS

Jefferson Ribeiro
Feed Universitario
Published in
3 min readNov 26, 2019

ARTISTAS DÃO CORES AS RUAS DO SERVILUZ ATRAVÉS DO GRAFITE E ARTE URBANA

FOTO: Spoteink grafitando

No bairro Serviluz cada muro surge como uma tela pronta para receber os traços dos artistas de rua. Muros que antes eram brancos, opacos e sujos, começam a ficar mais coloridos. Obras que se multiplicam em todo o bairro. Seja sem pedir autorização como é a essência do grafite ou com espaços cedidos para os artistas do bairro. Quando os artistas começam a fazer as suas artes o Serviluz começa a se transformar em um imenso mural a céu aberto.
Na correria do dia a dia, na passagem de carro ou na caminhada. Como não se deparar com o colorido dos muros do bairro: “Agora está mais bonita, chama mais atenção, até as pessoas que passam vêem uma coisa mais chamativa” conta Leonardo Correia, 25, morador.

FOTO: Parede grafitada por Spoteink

Bruno Ribeiro, 30, mais conhecido como Spoteink no bairro Serviluz. Conhecedor do grafite desde o ano de 2000. Participou de festivais de grafite como o: “Festival Concreto” e “Semana do Grafite” na cidade de Fortaleza. Além da arte urbana, estuda e desenvolve outras técnicas de pintura com aquarela, acrílica e xilogravura. Atualmente estuda artes visuais no Instituto Federal de Ciências e Tecnologia do Estado do Ceará (IFCE), trabalha como tatuador e ilustrador freelance.
O “Festival Concreto — Festival de Arte Urbana” é um dos mais conceituais e importantes da cidade de Fortaleza. O evento é o primeiro Festival Internacional de Arte Urbana realizado no Nordeste e que tem reconhecimento aqui no Brasil e fora dele, reunindo cultura das Américas e Europa.
Perguntado sobre o grafite nas ruas do bairro, o artista Spoteink diz que “o grafite transforma o ambiente e tem o poder de transmitir uma sensação a quem passa, e se você está executando o grafite, está levando ele para as áreas que são dificilmente observadas, o grafite irá transformar aquele ambiente, vai trazer vida.
Spoteink teve contato com o grafite no início dos anos 2000, de lá para cá nunca abandonou essa forma de expressar pensamentos. “O grafite é uma escrita de rua. Ele é escrever na rua. Para mim o grafite atinge vidas. Está para além da tinta e do muro. É um jeito de conviver com a cidade, de existir na cidade. De inventar a própria cidade”, explana.

FOTO: Parede grafitada por Spoteink

“Atualmente o que me deixa mais empolgado é interagir com as pessoas na rua quando estou fazendo os grafites. Gosto da reação delas com minhas artes nos muros”, continua o artista.
O grafite e a arte urbana em geral são considerados uma forma de ocupar a cidade de se comunicar com ela. E assim com traços e cores, Fortaleza vai se desenhando. Vai construindo sua própria história.

--

--