É dia de feira
A rua Galdino Pimentel ficou conhecida como a Rua da Feira, devido as barracas que se encontram há muitos anos naquele mesmo local
Frutas, verduras, carnes, sementes, de tudo um pouco. Um colorido sem tamanho e uma alegria contagiante, este é um ambiente de uma feira de bairro. Semanalmente, às terças-feiras, a rua Galdino Pimentel, no bairro do Méier é invadida por barracas que são montadas às 5h e desmontadas às 14h30.
Tradição para o bairro, o espaço recebe milhares de moradores da região que vão à busca de produtos frescos, excêntricos ou de um preço barato, a xepa ao fim do expediente. Escolas próximas também levam seus alunos para terem aulas em ambientes diferentes, assim, desenvolvem de modo prático a conversa sobre uma melhorar alimentação.
As feiras são locais que as crianças gostam de conhecer, pois descobrem coisas novas e diferentes. Foi dessa maneira que quando garoto, com apenas oito anos André Pascoal começou acompanhar o pai na rotina diária. Após 32 anos, o feirante mantém uma barraca de sardinhas muito elogiada pelos clientes assíduos.
“Faço outras feiras, de terça a sábado, todos no Grande Méier. São feiras antigas, porém esta é uma das melhores devido a localização e variedade de produtos. Essa feira é histórica para o bairro”, disse André, que teve o trabalho passado de geração para geração.
Facilmente se encontra personagens que se destacam atrás das barracas. E sempre a felicidade é ingrediente principal de suas histórias. O mecânico Sintra Lima, há cinco anos auxilia na venda de mamões. Certo dia, o feirante Ricardo estava doente e o senhor de 75 anos ofereceu ajuda, desde então, permanece à frente da banca cantando e atraindo os fregueses.
Um espaço democrático, presente em todos os bairros do Rio de Janeiro, as feiras são muito bem recebidas pelos moradores que desenvolvem esta cultura e apresentam aos seus filhos com muito carinho. Pois, há sempre marcado na agenda o dia de feira.
