10 reflexões de uma mulher de 23 anos que quer (e vai) mudar o mundo

Fernanda Formicola
Fernanda Formicola
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7 min readFeb 22, 2021

Gosto de dizer que tudo começou em 03 de outubro de 2018, quando eu li o livro “Me Poupe! 10 passos para nunca mais faltar dinheiro no seu bolso” e descobri que eu poderia ser dona do meu próprio destino. Mas o que isso quer dizer? É a pergunta que eu venho me fazendo desde então.

Ao longo desses últimos 3 anos, venho buscando conteúdos, conhecimentos, perguntas, inspirações, que me ajudem a entender e tangibilizar melhor o meu propósito. E, no fim do dia, construir o que de fato eu quero, para que eu possa liderar essa construção. Com todas essas buscas, estou tendo muuuitos aprendizados, e vou compartilhar alguns aqui com vocês. Espero que goste, e que te instigue a buscar mais conhecimento também.

1. Saber onde eu quero chegar, de forma concreta e visual

Não é apenas “eu quero ser uma profissional de sucesso”, é: “eu estou estudando e me preparando para ser uma líder de impacto no mercado, atuando diretamente com o desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil e inspirando pessoas a seguirem seus sonhos e encontrarem sua melhor versão.”

Essa não é uma definição simples, e muito menos imutável. Desde que comecei a pensar sobre o que faz meu coração bater mais rápido e meus olhos brilharem, comecei a construir minhas afirmações, e elas vão sendo constantemente revisadas e aprimoradas. E não é apenas uma frase que eu falo pra mim mesma a maior quantidade de vezes possível, mas também a forma como eu visualizo isso (é o famoso fake it until you make it):

2. Saber onde eu estou

Gosto de fazer uma analogia com o Waze: se você colocar onde quer chegar, mas não ativar sua localização, nenhuma rota será sugerida. Acredito que na nossa vida é a mesma coisa: uma vez que eu sei onde eu quero chegar, preciso saber exatamente onde eu estou para que, dessa forma, consiga visualizar qual é o tamanho do caminho e o que falta para chegar do ponto A ao ponto B.

Fazer esse exercício não só me ajuda a entender o meu cenário atual, como também me dá orgulho da minha história.

3. Entender o que precisa acontecer

Uma vez que eu visualizo onde quero chegar e onde estou, consigo entender o que precisa acontecer. E, com isso, quero dizer:

  • O que eu ainda não sei?
  • O que eu sei e não estou usando ao meu favor?
  • Quais habilidades eu preciso desenvolver?
  • Quanto tempo estou dedicando para essa mudança?
  • O que eu faço hoje que me ajuda a chegar onde eu quero?
  • O que eu faço hoje que me atrapalha a chegar onde eu quero?

4. Fazer acontecer

E é agora que começam de fato os aprendizados. Em outros momentos da vida, eu parava nessa etapa. “Beleza, entendi o que precisa fazer, parece difícil, e é isso… uma hora eu começo” eu pensava. E acabava não concretizando nada.

A partir do momento em que meus objetivos se alinharam com meus valores e sonhos, eu comecei a fazer. Porque, nesse momento, eu encontrei motivação intrínseca. A motivação intrínseca é aquela que vem de dentro, que literalmente mexe com o nosso coração, que nos permite olhar para os desafios e desenvolver coragem para enfrentá-los. É o que eu busco alimentar todos os dias, seja lendo livros, ouvindo a história de outras pessoas ou, até mesmo, relembro a minha própria trajetória.

5. Buscar pessoas que estão onde eu quero chegar

Se eu sei onde eu quero chegar e sei que existem pessoas que já estão lá (ou, muito perto de lá), porque não falar com elas? Essas vão ser as pessoas mais especialistas nessa jornada, simplesmente por já terem vivido.

Quando pensei sobre isso das primeiras vezes, eu achava que não daria certo. Como eu ia achar essas pessoas? Como elas iam querer falar comigo? O que eu ia perguntar? Até que eu simplesmente fui lá e fiz. Comecei a pesquisar e adicionar as pessoas no Linkedin, sempre mandando mensagens personalizadas e pedindo para conversar um pouquinho. E foi assim que surgiram diversas oportunidades e conversas que eu jamais imaginei que poderiam acontecer.

Acho que a maior reflexão que eu tiro dessa atitude é que, da mesma forma que eu estou construindo meu caminho e quero trazer mais pessoas comigo, quem já “chegou lá” também quer levar mais pessoas. Só que essas pessoas precisam ir atrás dessa ajuda. E eu fui (e continuo indo).

6. Buscar conhecimento. Sempre!

Qualquer atividade que te permita aprender algo, é conhecimento. Desde criar um novo método para lavar a casa mais rápido, até ler um livro. Entender quais são as formas que eu aprendo melhor e que eu sinto prazer por aprender, vem me ajudando muito a buscar cada vez mais conhecimento.

Se eu lembrar de 4 anos atrás, eu não conseguia terminar um único livro. Eu achava muito chato, ficava com sono, fazia contagem regressiva das páginas para acabar logo e, claro, não aprendia nada. A partir do momento em que eu comecei a olhar para os livros como fontes riquíssimas de conteúdo, essa chavinha virou. Hoje, desenvolvi métodos que me ajudam a ler muito mais rápido e, não só isso, consigo absorver o conteúdo de forma muito mais eficaz. E descobri que eu gosto muito de ler, mas que também existem momentos. Momentos que estou na vibe de negócios, momentos que estou na vibe de autoconhecimento, de liderança… enfim. Mas a cada livro que eu termino, é uma felicidade imensa pensar: UHU! Qual vai ser o próximo?

7. Ter pessoas foguete ao meu redor

Eu gosto de dividir o mundo em 2 categorias: pessoas âncora e pessoas foguete. Pessoas âncora são aquelas que só te puxam pra baixo, que não te fazem bem, que não te incentivam, negativas, e que tem um ‘mas…..’ pra tudo. Me mantenho bem longe delas.

Pessoas foguete são aquelas incentivadoras, que te apoiam por mais maluca que seja a sua ideia, que te ensinam, que te ajudam a crescer, te orientam e, acima de tudo, te inspiram e te fazem se sentir a pessoa mais foda do mundo.

Aqui o aprendizado é simples: identificar as pessoas foguete e se manter perto delas.

8. Tomar decisões com cautela: “cada escolha, uma renúncia”

Eu gosto muito de enxergar a vida como um grande conjunto de escolhas, e uma coisa que vem cada vez mais se tornando um hábito pra mim é fazer um levantamento de perdas e ganhos para toda escolha que eu faço. É simplesmente pensar: o que eu ganho ao escolher isso x o que eu perco ao escolher isso.

Parece um exercício simples, mas ele é muito poderoso (ainda mais quando são escolhas que gerarão muitas mudanças). Sempre que estou diante de uma decisão desafiadora, faço esse exercício e escrevo quais foram as minhas conclusões e todos os motivos que me levaram à ela. Isso me ajuda muito quando, alguns meses/anos depois, eu consigo olhar pra trás e entender o que a Fernanda daquela época estava pensando. Porque, acredite, por mais intenso que seja esse momento, no longo prazo você acaba esquecendo essa sensação, e depois pode acabar se tornando uma armadilha contra você mesmo(a), que vai ficar se perguntando por que tomou aquela decisão anos atrás.

9. Escolher onde eu aloco o meu tempo e minha energia

Todos e todas nós acordamos com um total de 24 horas no dia, e fazemos escolhas que definem com o que essas horas serão ocupadas. Para além disso, eu acredito que também acordamos com um estoque de energia, que vai sendo gasto ao longo do dia.

Comecei a pensar nisso quando estava montando minha planilha de organização financeira: 10% pra x, 40% pra y, 5% pra z…. e comecei a pensar: mas, espera aí, se eu organizo meu dinheiro em porcentagem, e eu recebo meu salário como uma “troca” pelas minhas horas de trabalho, porque eu não organizo minhas horas dessa forma também?

E aí que eu comecei a listar todas as atividades que eu fazia, e as que eu queria fazer também, e o tempo que cada uma ocupava. E comecei a ver que tinham algumas coisas que eu ocupava 20% do meu tempo, e não estavam me agregando em nada. Enquanto tinham coisas super importantes que eu estava dedicando apenas 5% dele. A partir de então, comecei a desenvolver essa visão e escolher, com muita cautela, com o que eu ocupo o meu tempo. E, adivinha? Comecei a atingir minhas metas muito antes do planejado.

10. Mostrar para o mundo que eu existo

Confesso que, às vezes, eu tenho a maior facilidade e a maior felicidade do mundo para me posicionar, me divulgar e sair chamando todo mundo pra conversar. Mas, muitas vezes, eu me vejo atacada pela síndrome da impostora, e fico paralisada. Haja terapia pra fazer com que esses momentos diminuam.

Bom, nos momentos em que eu me sinto foda, eu penso: cara, o mundo precisa saber que eu sou foda. E eu simplesmente me sinto mais foda ainda fazendo isso. Na prática, é me posicionar. É chamar as pessoas para conversar, é participar de um novo grupo, é falar com alguém que não falo há tempos, é arriscar, é postar um texto como esse na internet. Enfim, eu tenho muito orgulho da minha trajetória e de tudo que eu ainda vou construir (estou construindo!). E eu quero que o mundo saiba disso.

Essas são algumas reflexões/aprendizados (chame como quiser) que eu tive hoje, pensando sobre toda a minha trajetória e os desafios que eu enfrentei. Eu sei que ainda tenho um longo caminho pela frente, mas quero compartilhar a maior quantidade de conteúdo útil possível para, quem sabe, inspirar outras pessoas a se desafiarem também. E, como eu gosto de dizer, encontrarem sua melhor versão.

Se esse texto mexeu com seu coração de alguma forma, me conta?

Obrigada por ler até aqui. E lembre-se: o impossível só existe para aqueles que não tentaram o suficiente.

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