11 coisas que 2019 me ensinou para ter um dia a dia mais produtivo

Fernanda Formicola
Fernanda Formicola
6 min readDec 29, 2019

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Com toda a certeza, 2019 está sendo o ano mais intenso da minha vida (eu espero poder falar isso a cada ano que passar).

Esse ano, eu aprendi algumas coisas muuuuuito importantes pra minha vida, vou tentar elencar elas aqui, mostrando como elas aconteceram e como, talvez, pequenas atitudes também podem te ajudar a ter um dia a dia mais produtivo, intenso e enriquecedor (ah, com certeza enriquecedor é a palavra do ano!).

1Bom, podemos começar com a leitura. Fiz uma lista rápida e, dos que eu lembrei, foram 14 livros esse ano! Essa maratona começou assim: na virada do ano, uma amiga me emprestou o A sutil arte de ligar o foda-se, e como eu morro de medo de esquecer de devolver para as pessoas o que eu pego emprestado, queria ler o livro logo para não correr esse risco. Comecei a ler dia 1 e, no dia 2, eu já tinha terminado. Acho que esse foi o primeiro impulso que eu precisei para perceber que, cara, eu amo uma boa leitura. Daí em diante, minha lista não parava de aumentar e eu fui pegando o gosto e criando meu próprio jeito de ler. Lia 10 minutos antes de ir pro trabalho, um pouco no horário do almoço, um pouco antes de dormir (nesse caso, 1 página no máximo kkk), e acabou se tornando uma coisa que eu não consigo mais não fazer. Com palavras mais bonitas, podemos dizer que virou um hábito. Ao longo do ano, os outros livros foram:

  • Originais: como os inconformistas mudam o mundo
  • Gestão do amanhã
  • How creative workers learn
  • Inevitável: as 12 forças tecnológicas que vão mudar o mundo
  • Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo
  • Coleção Harvard Business Review: Gerenciando a si mesmo
  • Coleção Harvard Business Review: Negociações eficazes
  • Coleção Harvard Business Review: Inteligência emocional
  • Coleção Harvard Business Review: Gerenciando pessoas
  • Monetizing innovation
  • Comece pelo porque
  • Como tirar seus projetos do papel com Scrum
  • Dinheiro sem medo

Pensando em duas coisas que eu aprendi com a leitura, posso dizer que foram a melhora da concentração e a disciplina. Eu sempre tive muita dificuldade pra ler, me distraía com qualquer barulhinho que ouvisse, mas com o tempo eu fui aprendendo, e uma coisa que me incentivava muito a terminar um livro era a minha lista gigante de próximos livros: como eu ia começar o próximo se não terminasse esse? Isso me ajudou a criar a disciplina de separar momentos no dia (ou, às vezes, um sábado inteiro) para me dedicar aos livros e, assim, a lista ia diminuindo.

2 Ouvir podcasts. Meu namorado sempre ouviu e eu achava muito entediante. Mais uma vez, o problema da concentração. Eu me perguntava: como uma pessoa consegue ficar 40 minutos prestando atenção em um som? Isso é impossível! Até que eu resolvi tentar.

Pra começar, parei pra pensar na hora mais improdutiva do meu dia, e percebi que era a ida ao trabalho e à faculdade. Eram momentos que eu não estava super dispersa e, em alguns dias, com muito sono para prestar atenção em um livro. Então percebi que esses momentos duravam uns 40, 60 minutos. Qual foi a estratégia? Começar por podcasts que tivessem essa duração e, claro, falassem sobre coisas que eu achasse interessantes.

Comecei com podcasts sobre tecnologia, já que era a área de trabalho que eu estava entrando, e fui pegando o jeito. Tinham dias que eu ouvia um episódio inteiro, outros que eu ouvia 10 minutos e já não aguentava mais. E tudo bem. Se eu não tava conseguindo acompanhar, não adiantava ficar ouvindo.

Ao longo do tempo, fui pegando o gosto e me aventurando em outros temas. Hoje, escuto (quase) todos os dias sobre notícias, assuntos polêmicos, coisas da vida… Depende muito da vibe do dia.

3 Respirar fundo. Tá aí uma coisa simples e que faz toda a diferença.

Esse não tem muita explicação não. Tá feliz? Respira fundo e aproveita o momento. Tá nervosa? Respira fundo e pensa no que fazer. Tá triste? Respira fundo e chora, porque chorar é muito bom também. Quer mandar alguém tomar no cu? Respira fundo e manda mentalmente. Enfim… funciona pra todos os momentos.

4 Fazer alongamento: é uma coisa que eu começo e paro, começo e paro, mas que eu realmente devia manter. O alongamento (pelo menos pra mim) me ajuda a ter consciência corporal e me deixa muito mais leve. Eu tento fazer pelo menos 1 vez por semana. Mas, por enquanto, só tento mesmo.

5 Ouvir meu corpo. Acho que esse entra um pouco com a questão de respirar fundo. Eu aprendi que é muito importante entender o que nosso corpo quer nos dizer. Eu tenho muito uma coisa de que, se eu tô acordada, preciso fazer alguma coisa produtiva, e aí eu invento de ir cozinhar, treinar, andar com os cachorros, estudar, e esqueço que às vezes também é necessário descansar (e eu tenho muita dificuldade de entender isso). O auge foi um dia que eu dormi por 11 horas, acordei, comi, e fui dormir de novo, por mais 3 horas. Foi o jeito que meu corpo encontrou de falar “ô querida, vai descansar vai”.

6 Respeitar minha fome. Com certeza faz total diferença no dia (e na vida). Quando você trabalha fora e não quer gastar dinheiro com lanchinho todos os dias, ou simplesmente não quer desfocar de uma tarefa pra levantar e comer, é MUITO difícil respeitar a fome. Mas, quando chega o final do dia, você percebe que tá com a barriga vazia e super irritada porque não comeu direito, é que bate o arrependimento. Eu ainda não encontrei um jeito de lidar totalmente com isso, mas acho que entender a importância já foi um grande passo.

7 e 8 Não mexer no celular por pelo menos 1 hora antes de dormir e tomar chá. Esse conjuntinho é mágico, e eu adquiri esse hábito meio sem querer, mas é incrível. Eu procuro já deixar meus alarmes ativados algumas horas antes de dormir, e deixo o celular longe de mim. Acendo as luzes mais fracas da casa e tomo um chazinho pra acalmar. Durmo que nem um bebê.

9 Cuidar do meu dinheiro. Esse também é transformador!!! Eu entendi que, se sou eu que pago minhas contas, e eu que preciso me esforçar pra ganhar dinheiro para isso, eu vou cuidar dele do jeito que eu quiser, e pagar as contas que eu quiser, e ninguém no mundo tem que dar palpite em relação à isso.

Às vezes (muitas, na verdade) abro mão de um almoço mais caro durante a semana, um barzinho no sábado ou até um happy hour num dia qualquer, pra ter mais dinheiro pra investir. E isso me dá uma felicidade gigantesca. Afinal, se eu não investir dinheiro pra quando eu tiver 45 anos poder parar de trabalhar, quem vai fazer isso por mim? Ninguém. Muito menos as pessoas que me julgam por não participar dessas coisas (tá aí uma coisa pra ligar o foda-se).

10 Aproveitar os momentos com as pessoas. Essa é a principal atitude que se deve ter quando você assume cuidar do seu dinheiro como eu falei. Uma das mil coisas que aprendi com a diva Nath Arcuri: se eu vou abrir mão de alguns momentos com algumas pessoas, dos que eu escolher estar presente, preciso estar 100% presente, e fazê-los valerem a pena.

Confesso que é uma coisa bem difícil, mas que realmente vale a pena. Fazer isso me ensinou muito sobre o tempo. Todos nós temos a mesma quantidade de tempo, e cada um escolhe usá-lo de uma forma diferente. O jeito que eu escolhi (que ainda estou aprendendo e definindo) é ter em mente que, quando escolho dividir meu tempo com alguém ou alguma coisa, preciso aproveitar muito, porque ele não vai voltar; e, se eu escolhi usá-lo para fazer X, que use da melhor forma possível, aproveitando o máximo possível. Ah, e é importante que as pessoas ao seu redor saibam disso porque, no fim do dia, acaba sendo uma via de mão dupla.

11 Saber meus valores. Sem isso, nenhuma das outras 10 coisas seriam possíveis. São os meus valores que me guiam, que definem com o que eu quero gastar meu tempo, qual vai ser o próximo livro que vou começar a ler, qual vai ser o trabalho que eu vou escolher fazer, como vou me comunicar com as pessoas, enfim, absolutamente tudo na vida.

Eu demorei 21 anos pra parar pra pensar nisso e, até então, eu era uma pessoa completamente impulsiva. Depois de defini-los, ficou muito mais fácil de saber onde quero chegar e, principalmente, tomar decisões que me aproximem disso.

Se você chegou até aqui e tiver afim de trocar uma ideia sobre tudo isso, fique à vontade para me chamar. Vai que uma dica sua não entra na minha lista de 2020?!

(eu ia listar 19 pra combinar com 2019, mas ia ficar gigantesco)

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