O artesanato indígena é o verdadeiro amor
Além de um grande encontro humano, o Festival Indígena União dos Povos traz a tona a diversidade cultural e artística das dezenas de etnias prestentes no Festival, no nome de todos os povos.
O artesanato indígena representa nossa arte ancestral, nos conta histórias e nos mostra a beleza de nossas tradições, uma arte que nos enche de muita cultura e também nos ensina sobre o amor, o amor pela floresta, pela beleza da natureza e vivo, amor por nossas tradições e experiências que nos curam e nos conectam com a consciência universal, valorizando a arte sustentável que não interfere na harmonia da floresta.
Agora nestes tempos muitos dão presentes em nome do amor sem olhar para a história do que a mineração traz para o planeta, as jóias mineiras que damos em nome desse amor são as que estão destruindo os rios e a biodiversidade de a floresta, quem olha Com os olhos da consciência universal entende o valor desta arte e a importância que tem na preservação de todo o planeta, o amor pela floresta é o que inspira cada uma daquelas vestimentas que são feitas de materiais naturais materiais e que contam muitas histórias. Quem entende isso pode ver a realidade da resistência, pois é dentro da floresta que se veem as grandes mudanças causadas pelos nossos costumes modernos. São esses povos que tentam recuperar todos os danos causados pela mineração, são eles que contam essas histórias de horror que são feitas em nome do amor.
Agora é a hora de promover a união, a união dos povos, o conhecimento e sobretudo a consciência que muitas vozes já clamam, clamam por uma pequena pausa e um pouco de respeito, clamam para acabar com as histórias de terror que estão cometidos contra os povos indígenas que gritam com voz forte e firme, mas que nem sempre são ouvidos e que muitas vezes é através da arte, do artesanato, da música que se tornaram o canal que conta histórias reais, que muitos não querem ouvir, mas que falem de verdade e amor verdadeiro, que falem da luta diária, da dor e do sofrimento e também da alegria e da conexão com a nossa espiritualidade, dando-lhes força para que não parem de cantar pela nossa terra, porque isso é onde sabem ouvem o que a floresta grita, é lá onde as canções continuam a harmonizar os rios de sangue que correm com rótulos de amor moderno. Não é apenas a floresta que sofre, mas também seus animais e aqueles que vivem nela que lutam diariamente e que o mundo exterior deve observar.
(artigo escrito por Karolina King, publicado no meio @karolinakingk)
Complemento : artigos da @maah.tribu a respeito da ligação entre as simbologias indígenas e as cosmovisão dos povos que lhes preservam.