Um pecado mortal: amores roubados na avenida Brasil

Uma lista com as produções que mudaram — ou tentaram mudar — a roda na TV brasileira

Bruno Viterbo
Ficção brasileira

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A produção de séries, minisséries e telenovelas no Brasil está passando por um processo praticamente obrigatório de transformação. Desde 2010, novos formatos, gêneros e novos modos de produção tem feito com que a teledramaturgia brasileira acompanhe as mudanças impostas pela TV paga e, principalmente, pela internet.

Assistir TV ao lado (ou na mão) de uma segunda tela tornou-se hábito, mudando o consumo desses produtos. Com isso, Globo, Record e SBT tem investido em oferecer novidades. Mesmo que a audiência de alguns produtos não acompanhe a sua qualidade, é fato que há uma nova postura.

Pretendo, com essa lista, elencar as obras que contribuíram com essa mudança nas produções. Procurei analisar não somente a audiência e repercussão, mas como as emissoras investiram em histórias mais elaboradas e filmagens mais ricas, entregando produtos tão bons quanto os estrangeiros. Aqui estão séries, novelas e minisséries que estão fazendo da TV brasileira um lugar melhor de se assistir.

CORDEL ENCANTADO (Globo, 2011, novela das seis)
Autoras: Duca Rachid e Thelma Guedes
Direção: Amora Mautner e Ricardo Waddington

Tendo a literatura de cordel nordestina como inspiração, a telenovela das seis inovou ao mostrar o sertão como um conto de fadas. Foi uma aposta da Rede Globo ao fugir do convencional, mostrando a história de Açucena (Bianca Bin), filha de um rei de um fictício país europeu que foi sequestrada, parando no sertão nordestino. De tão importante, a novela foi a primeira das grandes produções da emissora a ganhar uma versão em DVD.

O ASTRO (Globo, 2011, novela das onze)
Autores: Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, baseado na obra original de Janete Clair
Direção: Mauro Mendonça Filho

O remake da novela original de 1977 marcou a estreia do novo horário de telenovelas da Globo, com a premissa da comemoração dos 60 anos de telenovela brasileira. Exibida às 23 horas, o espaço é destinado a novas versões de novelas antigas, sempre com um número reduzido de capítulos (por volta de 60). Rodrigo Lombardi encarnou “o astro” Herculano Quintanilha, e a novela apostou em uma pergunta clássica: quem matou Salomão Hayalla (Daniel Filho). No remake, Clô (Regina Duarte) foi a assassina, enquanto que na primeira versão, Felipe (Edwin Luisi) foi o responsável pelo crime.

AVENIDA BRASIL (Globo, 2012, novela das nove)
Autor: João Emanuel Carneiro
Direção: Ricardo Waddington

Depois de novelas pouco expressivas no principal horário da Globo, “Avenida Brasil” é considerada um marco na produção de telenovelas. O sucesso — que fez com que a presidente Dilma Rousseff cancelasse um comício para não perder o último capítulo e ainda havia o medo de um apagão — fez da trama a mais vendida internacionalmente. A vingança de Nina (Débora Falabella) e as vilanias de Carminha (Adriana Esteves) mexeram com os telespectadores. A produção foi marcante pela fotografia diferenciada, aproximando-se dos seriados americanos, e pela agilidade da história.

CHEIAS DE CHARME (Globo, 2012, novela das sete)
Autores: Izabel de Oliveira e Filipe Miguez
Direção: Denise Saraceni

O horário das sete padecia de novelas de pouco sucesso. Mas “Cheias de Charme” captou o espírito do tempo ao apostar numa história que envolve amores, dilemas e desafios de três mulheres. As “Empreguetes” Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond) fizeram tanto sucesso, que a música do grupo extrapolou os limites da televisão, sendo veiculada nas rádios de todo país. Além disso, a novela foi uma das poucas que conseguiu integrar TV e internet: o clipe das empreguetes foi lançado primeiro no site oficial da novela, e depois inserido na trama. Um caso único — e de sucesso — ao mostrar que as duas plataformas podem ser, sim, complementares.

FORA DE CONTROLE (Record, 2012, série)
Autores: Marcílio Moraes e Gustavo Reiz
Direção: Jhonny Araújo e Daniel Rezende

A série, exibida em quatro episódios pela Record, é uma produção da Gullane em parceria com a emissora. Apesar da baixa audiência — ainda mais se compararmos com a qualidade do produto —, a série é um dos grandes acertos da Record ao apostar em uma co-produção. Com o excelente Milhem Cortaz no papel do delegado Jorge Medeiros, a história mostra como funciona o mundo das investigações policiais no Rio de Janeiro. Usando métodos nada convencionais para obter confissões sobre crimes, Medeiros é um anti-herói como poucos visto na TV brasileira, ficando na linha tênue entre o dever de combater o crime e a forma de solucionar os delitos.

O CANTO DA SEREIA (Globo, 2013, minissérie)
Autor: George Moura
Direção: José Luiz Villamarim

Baseado no livro homônimo de Nelson Motta, a minissérie exibida em quatro capítulos conta a história de Sereia (Ísis Valverde), uma cantora baiana de sucesso, mas que tem um fim trágico. As reviravoltas para encontrar o assassino — encomendado pela própria cantora, já ciente de uma doença terminal — são dignas das melhores séries estrangeiras. “O Canto da Sereia” representa uma ruptura no padrão que a Globo exibia até então. Um produto curto, mas de alta qualidade.

JOSÉ DO EGITO (Record, 2013, minissérie)
Autora: Vivian de Oliveira
Direção: Alexandre Avancini

Gênero pouco explorado pela TV brasileira, a Record resolveu apostar em histórias bíblicas e encontrou um público cativo. “José do Egito” foi a 4ª minissérie do tipo, mas, sem dúvida, marcou a teledramaturgia da emissora. O salto de qualidade em relação às outras é gritante: cenários bem elaborados (não parecendo de isopor) e figurinos mais ricos (longe de parecerem fantasias de carnaval) fizeram do produto algo sem precedentes na TV. O alto investimento foi recompensado com uma boa audiência (por volta dos 11 pontos de média), mesmo com uma história contada de forma didática demais. Porém, o grande problema desse tipo de obra é o tom de doutrinação que ela pode adquirir, ainda mais sabendo que a Record é o braço televisivo da Igreja Universal.

JOIA RARA (Globo, 2013, novela das seis)
Autoras: Duca Rachid e Thelma Guedes
Direção: Amora Mautner

Com a mesma equipe de “Cordel Encantado”, “Joia Rara” não chega a ser uma trama inovadora do ponto de vista da história: uma novela clássica, com disputa de classes, muitos romances e vingança. Mas a produção é tão cuidadosa, tão impressionante, que “Joia Rara” ficará marcada como uma das melhores novelas já feitas pela Globo. Mesmo sendo de um horário que, até então, recebia poucos investimentos, a novela recria os anos 40 de maneira minuciosa. O budismo, pano de fundo da história, é o componente que diferencia a trama. Mel Maia, no papel da pequena Pérola — a “joia rara” do título — brilha novamente, assim como José de Abreu no papel de Ernest Hauser, um vilão que passa por uma grande mudança de caráter, assim como prega o budismo: amor, compaixão, perdão e transformação. Curioso é observar que a trama tem boa parte do elenco e da equipe de “Avenida Brasil”, mantendo os mesmos padrões de fotografia e direção.

PECADO MORTAL (Record, 2013, novela)
Autor: Carlos Lombardi
Direção: Alexandre Avancini

O que falar de uma das melhores novelas já exibidas na TV brasileira? A frase pode parecer que estou falando de um produto de sucesso, mas — infelizmente — é o contrário. “Pecado Mortal” foi a primeira novela de Carlos Lombardi na emissora, depois de mais de 30 anos na Globo e, por erros bizarros de programação da Record, é considerada um dos maiores fracassos de audiência. Anunciada como uma “superprodução”, a novela seria inovadora se estivesse na Globo, mas a má vontade com os produtos da Record chega a impressionar. Mas nada disso tira o mérito de “Pecado Mortal”. Ambientada nos anos 1960/1970, a história mostra a transição do jogo do bicho para o tráfico de drogas nos morros cariocas. Ação, tiros, sangue, sensualidade e uma trilha sonora imbatível fazem da novela algo único na TV. O texto ágil, ácido e certeiro de Carlos Lombardi e a construção da trama me faz lembrar os grandes seriados americanos. Carlão (Fernando Pavão), quase um anti-heroi, é o grande personagem da trama. Paloma Duarte brilhou como Doroteia. O elenco é afiadíssimo. Uma pena que um produto como esse tenha sido tratado como lixo pela Record. No mais, “Pecado Mortal” será lembrada como uma das melhores novelas já exibidas. Se a emissor queria sucesso — não atingido — pelo menos conseguiu fazer com que a trama se tornasse “cult”, objeto de adoração por quem assiste.

ALÉM DO HORIZONTE (Globo, 2013, novela das sete)
Autores: Marcos Bernstein e Carlos Gregório
Direção: Gustavo Fernandez

A trama das sete da Globo já tem o nada honroso título de pior audiência do horário. O que é uma pena. “Além do Horizonte” quebra uma tradição de que novelas das sete só podem ser comédias. Apostando no mistério e no suspense com pitadas de ficção científica, a trama se destaca por retomar uma tradição do horário: novelas inventivas, que fogem do lugar comum. Os autores e o diretor são estreantes em novelas, e acertam em cheio ao renovar o gênero. A história mostra um Rio de Janeiro urbano, sem praias (sim, isso existe), e uma cidade — Tapiré — no meio da floresta amazônica, que esconde segredos como a “besta” e a comunidade secreta, criada para uma subjetiva “busca pela felicidade concreta”.

AMORES ROUBADOS (Globo, 2014, minissérie)
Autor: George Moura
Direção: José Luiz Villamarim

A mesma equipe de “O Canto da Sereia” retornou para colocar “Amores Roubados” na história da TV brasileira. A minissérie de 10 capítulos é baseada no conto “A Emparedada da Rua Nova”, de Carneiro Vilela, e marca uma ruptura no padrão de séries feitas no Brasil. Costumo dizer que existe uma TV antes de “Amores Roubados” e outra depois. Totalmente desgarrada de clichês de séries americanas, temos aqui um produto único, original, com a cara do Brasil. Apostando num ritmo mais lento, contemplativo, e numa fotografia crua, limpa, natural, a minissérie conta a história de Leandro (Cauã Reymond), um sommelier que trabalha numa vinícola em algum lugar do nordeste. Entre paixões e amores, o rapaz causa desgraça por onde passa. Seu fim é trágico.

MILAGRES DE JESUS (Record, 2014, série)
Autores: Renato Modesto, Vivian de Oliveira, Camilo Pellegrini e Paula Richard
Direção: João Camargo

Algo nunca visto antes na TV brasileira. É assim que posso definir a produção de “Milagres de Jesus”. A série eleva o nível de “José do Egito” a um patamar que nossa TV aberta desconhecia. Produzida em parceria com a produtora Academia de Filmes, temos aqui uma obra tão boa quanto as grandes séries épicas estrangeiras. Apostando no formato de episódios separados — cada um conta um milagre do profeta —, a série passou por graves problemas no início da produção, correndo o risco até de ser cancelada. Mas, aparentemente, a emissora estabilizou-se e até anunciou uma segunda temporada de milagres. Os detalhes são ricos, a fotografia e a direção equilibradas para esse tipo de história e não há o didatismo das outras séries exibidas pela emissora. Os textos — principalmente os de Renato Modesto — são leves, contemplativos. O único defeito é inserir músicas de cantores gospel quando Jesus faz seus milagres. Um tanto apelativo, mas não consegue tirar o brilho e a qualidade de um dos produtos mais bem feitos na TV brasileira até hoje.

A TEIA (Globo, 2014, série)
Autores: Braulio Mantovani e Carolina Kotscho
Direção: Rogério Gomes, o “Papinha”

Anunciada no início de 2013 e exibida um ano depois, “A Teia” foi prometida como “revolucionária”. Os autores, roteiristas de sucesso no cinema, apostam em um produto supostamente diferente do que já foi exibido até então. Cenas fortes de violência e sexo estão lá. Macedo (interpretado pelo excelente João Miguel) é o protagonista, um delegado que investiga o assalto de barras de ouro em um aeroporto de Brasília. O caçado é Baroni, chefe da quadrilha, interpretado por um pouco convincente Paulo Vilhena. “A Teia” chegou atrasada — a justificativa é que estava sendo editada por conter cenas muito fortes —, e não chega a ser uma novidade. Séries policiais existem aos montes. Acredito que a exibição anterior de “Amores Roubados” jogou um balde de água fria nos planos da Globo em anunciar “A Teia” como uma série que mudaria a TV.

MEU PEDACINHO DE CHÃO (Globo, 2014, novela das seis)
Autor: Benedito Ruy Barbosa
Direção: Luiz Fernando Carvalho

A novela nem estreou, mas já pode ser considerada um marco. As chamadas já impressionam pelo lirismo que a história será contada. É um marco, também, pelo retorno do diretor Luiz Fernando Carvalho (de “Hoje é Dia de Maria”, “Capitu”, “Suburbia”) às telenovelas e do autor Benedito Ruy Barbosa, que reescreve a própria trama original de 1971. Não será uma novela comum: primeiro por já estar toda escrita, o que impede grandes mudanças na história; segundo por ter a marca de Carvalho. O diretor é conhecido por ser um dos mais criativos da TV, e “Meu Pedacinho de Chão” retoma a estética quase infantil e colorida de “Hoje é Dia de Maria” e o texto declamativo de “Capitu”. Carvalho unirá o melhor desses dois mundos, o que pode fazer de “Meu Pedacinho de Chão” um grande sucesso ou um grande fracasso.

OUTRAS OBRAS

A HISTÓRIA DE ESTER (Record, 2010, minissérie): De autoria de Vivian de Oliveira, a obra marca a aposta da Record em minisséries bíblicas. Esse só não foi o pontapé inicial dessa lista por ser uma produção que não tinha qualidade suficiente para ser inovadora. Os cenários eram falsos demais, assim como o figurino. A história também não era uma das grandes da Bíblia, mas entra nessa lista por ser o marco inicial da emissora no gênero.

LADO A LADO (Globo, 2012, novela das seis): Assim como “Joia Rara”, “Lado a Lado” é uma trama de época muito bem produzida. Escrita por João Ximenes Braga e Cláudia Lage, a trama foi vencedora do Emmy International como melhor novela.

CARROSSEL (SBT, 2012, novela das oito): o remake da novela infantil clássica dos anos 1990 fez com que a emissora de Silvio Santos tivesse índices de audiência expressivos, tirando a vice-liderança da Record no horário. A novelinha durou mais de um ano, trazendo um grande retorno financeiro ao SBT, além de voltar os olhos para um público rejeitado na TV aberta.

A MENINA SEM QUALIDADES (MTV, 2013, série): prestes a encerrar as transmissões no Brasil, a MTV se despediu “por cima”. “A Menina Sem Qualidades” talvez seja a precurssora do que “Amores Roubados” foi. Dirigida por Felipe Hirsch, a série ousa ao mostrar uma jovem (Bianca Comparato, ganhadora do prêmio APCA de melhor atriz) e seus dilemas, típicos da juventude, em um perigoso jogo de sedução com um namorado e seu professor, mais velho. Uma série pesada, porém linda. Jamais seria exibida por uma grande emissora. A MTV se despediu de forma grandiosa.

CHIQUITITAS (SBT, 2013, novela das oito): Já que “Carrossel” deu certo, o SBT resolveu fazer outro remake. Sucesso no fim dos anos 1990, “Chiquititas” não tem rendido os mesmos índices da novelinha anterior, mas mantém o SBT na vice-liderança. A novela tem suas qualidades: a trama é mais madura, os cenários são impecáveis, e há a proposta de ser não uma novela infantil, mas algo para toda a família.

SARAMANDAIA (Globo, 2013, novela das onze): O remake do original de 1976 foi cercado de expectativa, já que, afinal, quem não queria ver Dona Redonda (Vera Holtz) explodindo pelos ares com os modernos efeitos visuais de hoje? Escrita por Ricardo Linhares, “Saramandaia” não foi um grande sucesso, mas apostou alto nos efeitos especiais em detrimento da história. Se em 1976 o componente da censura era forte (fazendo com que Dias Gomes, o autor da obra original, nos brindasse com tipos inesquecíveis), o remake ficou na saudade. Mesmo com os protestos de julho eclodindo ao mesmo tempo da estreia (que também teve um protesto de situação X oposição), “Saramandaia” foi um bom entretenimento.

DOCE DE MÃE (Globo, 2014, série): Quando o telefilme foi exibido em dezembro de 2012, vi que aquilo daria uma série das boas. A possibilidade sempre existiu, mas seria difícil reunir Fernanda Montenegro e cia. novamente. Mas, por um milagre, a obra voltou como série — e das boas. Longe das sitcoms, longe de qualquer drama, “Doce de Mãe” foi feita para ficar na memória. O talento de Fernanda — premiada com o Emmy Internacional de melhor atriz pelo telefilme — já é o suficiente para prender qualquer um à TV. Afinal, quem não gostaria de ter uma mãe tão doce — e doida — quanto ela?

Essa não é uma lista definitiva, é claro. Mas é curioso observar que há uma unidade entre as obras escolhidas, especialmente as da Rede Globo.

“Cordel Encantado”, “Avenida Brasil”, “O Canto da Sereia”, “Joia Rara”, “Além do Horizonte” e “Amores Roubados” são todas obras do mesmo diretor de núcleo, Ricardo Waddington. A “escola” do diretor reúne os diretores Amora Mautner, José Luiz Villamarim e Gustavo Fernandez em histórias que possuem um tipo de direção diferente do que estávamos acostumados a assistir. Se não são inovadores, a equipe tenta, pelo menos, levar produtos mais bem embalados e com qualidade superior.

Para o futuro próximo, teremos a volta da dupla Izabel de Oliveira e Filipe Miguez com “Geração Brasil”, próxima trama das sete. A novela tentará captar o mesmo “espírito do tempo” de “Cheias de Charme”, ao apostar em jovens inovadores ligados à tecnologia e ao empreendedorismo.

Na Record, Alexandre Avancini (de “Pecado Mortal” e “José do Egito”) vai dirigir “Os Dez Mandamentos”, primeira novela bíblica da Record. A emissora ainda aposta na segunda temporada de “A Lei e o Crime”, série de 2009. Para substituir “Pecado Mortal”, teremos “Vitória”, de Cristiane Fridman.

Na Globo, teremos ainda a estreia de “O Caçador”, de Marçal Aquino e Fernando Bonassi e com direção de Heitor Dhalia e José Alvarenga Jr. O time tem experiencia no cinema, e a série pode ser o que “A Teia” não foi.

P.S.: O título do texto é uma clara referência àquelas produções que, na minha opinião, são as melhores dessa lista.

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Bruno Viterbo
Ficção brasileira

Redator, às vezes fotógrafo (como na foto ao lado) e às vezes jornalista. Mas sempre encontrando tempo para assistir alguma coisa (boa) na TV.