As Musas completam um ano
Dia 16 de abril essa página completou um ano de existência. Mas a ideia das Filhas da Memória nasceu há mais tempo, só que eu sempre demoro pra pôr em prática esses sonhos de felicidade. É por medo, com certeza; mas essa pandemia serviu pra eu tirar cada um deles do campo das ideias e colocá-los no mundo de uma maneira um pouco mais concreta.
Não só as Filhas da Memória surgiram, mas o Al limone (meu curso de língua italiana) e o Flumen (que ainda está em construção) e, com eles, tantas outras coisas bonitas estão acontecendo do lado de cá. Por isso o sumiço das Filhas e dos textos. Mas não é por falta de mexer com o que é belo e que alimenta a alma, é pela falta de tempo mesmo.
Por aqui andamos estudando muito a Medeia e o seu ímpeto, sua força, sua fúria; e pra comemorar esse primeiro ano de realizações coloco um trecho da Gota d’Água (Chico Buarque e Paulo Porto), na fala de Joana (nossa Medeia carioca):
“Eles pensam que a maré vai mas nunca volta
Até agora eles estavam comandando
o meu destino e eu fui, fui, fui, fui recuando,
recolhendo fúrias. Hoje eu sou onda solta
e tão forte quanto eles me imaginam fraca
Quando eles virem invertida a correnteza,
quero saber se eles resistem à surpresa,
quero ver como eles reagem à ressaca”
Que as Musas continuem sendo ímpeto e força e beleza nos meus dias e nos seus. Obrigada pela companhia e continuemos a nossa viagem…