O que as religiões dizem sobre a morte

Cristianismo e Seicho-No-Ie revelam o que acontece após a morte, segundo seus princípios

Jornalismo UNIFAAT
Finados
4 min readNov 27, 2019

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Por: Larissa Lage e Mariana Cecilia.

Por conta dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX recomendarem que os cristãos tirassem um dia do ano para rezar por quem já havia falecido e não era mais lembrado, a Igreja Católica celebra, desde o século XIII, o Dia de Finados em 2 de novembro, após a festa de Todos os Santos, no dia 1º do mesmo mês.

Para celebrar a data, muitas pessoas vão aos cemitérios, onde se encontram os túmulos de seus familiares para deixar flores, acender velas e fazer orações. Algumas pessoas também participam de missas ou cultos para lembrar de seus entes queridos, como forma de homenagem.

Cada religião tem um pensamento diferente sobre alguns assuntos, sendo assim entrevistamos o pastor Sinval Elias de Souza, da Igreja Evangélica Comunidade da Graça, de Socorro (SP).

Sinval Elias de Souza — Pastor da Igreja Evangélica Comunidade da Graça de Socorro.

O Pastor nos conta que, para os evangélicos, a morte é um recomeço. E explicou citando dois versículos da bíblia:

“O apóstolo Paulo escreve em Filipenses 1: 21 que “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. A morte é ganho. Ganhamos um novo lar, a vida eterna prometida por Jesus”. E em João 11: 25, “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá’”.

Questionado sobre o que sua religião sobre o pós-morte, Sinval diz que os cristãos acreditam que o nosso corpo ganha um novo corpo glorificado e assim, passam a morar com Deus. Sobre o Dia de Finados, ele conta que não é celebrado, mas respeita quem comemora. “Para nós, é muito mais importante mostrar nosso amor e cuidado em vida. Após a morte, o que sobra são as lembranças e a saudade”. Ele conclui dizendo que no túmulo restam apenas ossos e, para os evangélicos, é como se seus familiares e amigos que já faleceram estivessem dormindo enquanto aguardam a volta de Jesus. Para o pastor, segundo a bíblia, os que morreram em Cristo acordarão instantaneamente no reino preparado por Jesus.

Seicho No Ie
Para entendermos um pouco sobre a filosofia espírita, entrevistamos Luciana Moraes, oradora da Seicho No Ie em Piracaia. A entrevistada conta que após a morte não é o fim, mas sim o começo de uma etapa evolutiva. E complementa: “a vida no corpo físico é vista como um aprendizado para o espirito, quando morremos acreditamos que vamos para um plano espiritual, levando o aprendizado da vida adiante”.

Luciana Moraes — Oradora da Seicho No Ie, em Piracaia.

Questionada sobre como sua crença vê a morte, Luciana responde:

“não existe morte (risos) a morte é uma ilusão, cada um vai para uma atmosfera que lhe é própria, você é o que você pensa. Se você pensa bem, você vai se ligar aos que pensam bem, não é castigo, é uma consequência do seu pensamento”.

Outras crenças

Além do Catolicismo, Cristianismo e Espiritismo, outras religiões como Umbanda, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Sikhismo e o Ateísmo têm seu ponto de vista em relação a morte e o que acontece depois dela. O documentário “A História de Deus”, com Morgan Freeman, é uma reflexão intima sobre esse tema. No episódio “Vida após a morte”, o ator embarca em uma aventura para descobrir o que há depois da morte segundo algumas crenças. Morgan começa entrevistando o católico e pesquisador David Denet, que esteve “cara a cara” com a morte, sobrevivendo após ficar 15 minutos embaixo da água, o que o fez crer que existe vida após a morte. Seguindo a viagem, Morgan partiu para o Egito, guiado pela egiptóloga Salina Ecran. Dentro de uma das pirâmides, Salina explica que para os egípcios existia um guia de feitiços secretos utilizado para atravessar de uma véu para outro. O documentário perpassa muitas religiões e ciências, buscando entender o mistério da vida.

Documentário Religioso: História de Deus com Morgan Freeman

Link para acesso ao documentário: https://www.youtube.com/watch?v=aNSDbpkWyGO

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