Governo Mínimo resolve???

Rafael Pires
FLUXOCRACIA

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Com nossa clara desconfiança nos políticos, veio à tona, principalmente agora em época de eleições, a discussão do quão abrangente deve ser o Estado em nossas vidas.

Percebo também uma clara tendencia para o “Estado Mínimo”, um conceito do Liberalismo, que infelizmente foi distorcido para um conceito mais usado como Liberalismo de Mercado.

É essa combinação de função e funcionamento que fazem do Estado um mecanismo totalmente ineficiente, e por isso o desejo de que ele seja mínimo.

Há países que obtiveram sucesso com estados interventores e atuantes, e outros que obtiveram sucesso com o “estado mínimo”. O que demonstra que o problema está mais no funcionamento do que no modelo de Estado.

As maiores críticas ao Estado Mínimo surgem quando o Estado intervem para salvar Bancos e outras instituições para “garantir” o crescimento econômico ou “evitar” uma crise econômica, mas ao mesmo tempo o Estado é alvo de críticas destes mesmos Bancos e instituições por ser o responsável pelo não crescimento ou inovação alegando excesso de controle do Estado em suas operações.

Do ponto de vista da interação em rede e os fluxos da Sociedade, fica claro que o problema não é com o tamanho ou alcance do Estado, mas sim com seu funcionamento e função.

O Estado tem a função de “definir” como indivíduos e grupos de indivíduos devem e podem se relacionar. (leis)

O Estado portanto, funciona controlando, vigiando e punindo quem não obedece tais definições. (fiscalização e controle)

O Estado Fluxocrático

Como explicado incansavelmente, a Fluxocracia prega a redução do custo transacional nas redes de interação que compõe um Estado.

O Estado Fluxocrático funciona monitorando e fomentando o consenso coletivo distribuído, através da participação ativa dos indivíduos da rede e usando ferramentas para a constante bifurcação (“fork”) das regras consensuais em sub-redes auto sustentáveis.

Sendo assim o Estado Fluxocrático é uma ferramenta onipresente na rede Estado onde cada Indivíduo poderá “ativar” sua intervenção para garantir seu direito ao fluxo monetário, social e natural. (troca da fiscalização pelo exercício de facilitação consensual)

O Estado Fluxocrático deve intervir para minimizar constantemente as regras e burocracias para garantir o livre fluxo consensual entre indivíduos e sub-redes. (redução constante de Leis ampliando a consensualidade)

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