As surpresas de 2016

Mairta Oliveira
Fluxonomia 4D
Published in
3 min readDec 19, 2016

Entrei em 2016 “desplanaviada”. Termo que me lembrei do vocabulário da minha infância no interior. E quer dizer que a pessoa está sem planos, desnorteada.

Acabara de completar 50 anos, ainda sem chão pelas mudanças de 2015. Começando a pensar em aposentadoria porque o trabalho já não me preenchia como antes.

Sentindo-me inadequada ao mundo, ou pelo menos ao que estava vivendo naquele momento. Um trabalho sem criatividade. Um cargo de síndica que consumia todas as horas em que poderia criar algo diferente prá minha vida. Sem tempo para o trabalho do Clube do Renascimento, meu único ponto de apoio num trabalho com sentido.

Quando fiz 40 anos abandonei minha vida de concurseira e a área de direito. Enveredei numa estrada de autoconhecimento começando com a psicoterapia, análise e depois agregando outras formas de terapia. Esse caminho me levou à formação em Renascimento — Terapia da Respiração Consciente e Constelação Familiar.

Nesse ínterim, encontrei um companheiro e fomos construindo um relacionamento. Tudo muito novo prá quem foi solteira até os 43 anos. Tive que aprender a estar junto e ao mesmo tempo aprender a dividir.

Dez anos se passaram. Achei que tinha feito minha maior transformação aos quarenta. Mas para minha surpresa, os cinquenta trouxe muito mais reflexões e transformações.

Já não me enquadrava no velho modelo de vida. Meu corpo pedia mais espaço, minha mente estava pressionada pela expansão da alma.

Sentia a inadequação e não sabia o que fazer. Buscava algo novo que me motivasse. Deixei o cargo de síndica para ter mais tempo para minhas buscas. Pensava em várias coisas. Muitas me empolgavam, mas não sentia chão.

Mas eis que, não sei como, encontrei a Fluxonomia 4D. Um curso modulado pela Fluxonomista e Futurista Lala Deheinzelin. Fiquei fascinada com as novas economias, o entendimento de que vivemos uma mudança de era e não uma crise e a perspectiva de criar futuros desejáveis.

Entrei devagarinho. Fui chegando, me inteirando, desvendando as novas economias — Economia Criativa, Economia Colaborativa, Economia Compartilhada e Novas Moedas.

Esses novos conhecimentos, mesmo recentes, já transformaram meu olhar sobre a vida e sobre o mundo. Já não me angustia a crise e sim o que vou fazer para transformar o meu pensamento linear em exponencial. O que vou fazer prá sair do condicionamento de escassez para a abundância.

E no meio de tudo isso, vem a Reforma da Previdência, a possibilidade de demorar mais para se aposentar e também de ganhar bem menos com isso. Como lidar?

Só me vem uma resposta: continuar aprendendo e crescendo, sem medo do NOVO.

E que venham as surpresas de 2017!

--

--

Mairta Oliveira
Fluxonomia 4D

Escrevendo para ampliar olhar sobre mim, sobre o outro, sobre o mundo e sobre a vida.