5 lições de Mad Men para Relações Públicas

@tutinicola
Fantástico Mundo RP
4 min readApr 27, 2017

--

A série está disponível na Netflix. E você não tem desculpas pra não ver!

Sim, a série é de 2007 e eu só fui assistir ela nesse ano (my bad). Mas só posso dizer que pra quem é de comunicação é viciante e vale a pena assistir (mesmo 10 anos depois de lançada).

São 7 temporadas que contam sobre a vida em agência nos anos 60/70, a partir do personagem Don Draper, um Diretor de Criação que trabalha em Nova Iorque.

Além do cotidiano comum de agência que vai fazer muito sentido até para os dias atuais (entendedores entenderão), o seriado aborda temas como machismo, racismo, alcoolismo, homofobia, adultério, Publicidade, e claro, Relações Públicas.

As coisas mudaram, sobretudo para as mulheres no ambiente de trabalho (naquela época, poucas eram as mulheres que se aventuravam em trabalhar, em geral eram donas de casa e a maioria que trabalhava em agências tinha o cargo de secretária), o pior é identificar o fato de que muita coisa referente ao machismo, mesmo anos depois, continua na mesma.

Mas a série também traz figuras e inspirações femininas, mesmo em uma época e cenário turbulento: Peggy e Joan são exemplos da busca por igualdade de gênero no trabalho e Mad Men mostra a jornada de persistência, luta e dedicação das personagens para criarem seus espaços na publicidade.

Fora os temas abordados, o seriado é uma aula com excelentes fontes de dicas, ensinamentos e inspirações para nossa carreira de RP.

Confira algumas lições:

  1. Público-alvo

“Você não é artista. Você resolve problemas.” Don Draper

Falou em público, falou em RP. Durante o cotidiano da agência, fica clara em muitos momentos a importância de analisar, pesquisar e conhecer o público para se relacionar da melhor maneira com ele, além de criar campanhas mais assertivas, resolvendo problemas.

Na agência Sterling Cooper Draper Pryce, a consultora Dr. Faye Miller foi contratada para pesquisa do consumidor, teve até exemplos de grupos focais e estratégia de pesquisa. A própria Peggy sempre buscava identificar a persona antes de criar uma campanha.

Outro exemplo é a forma como os próprios clientes da agência eram abordados. Havia sempre diferentes maneiras de como, quando, onde, o que falar e quem iria atender aquele certo cliente conforme o seu perfil. Sem esquecer, também, do mais importante: o público interno (desde reuniões para grandes comunicados, como também pequenos detalhes, como presentes de aniversário ).

2. Inovação

“Quem trabalha pensando no passado nunca será reconhecido no futuro.” Don Draper

Mesmo em tempos pouco tecnológicos, a agência demonstra uma profunda compreensão de que precisa estar à frente das tendências para permanecer competitiva. Em um episódio, mostram a chegada da primeira copiadora no escritório, em outro, a inclusão do departamento de televisão, meio novo na época.

Para Don Draper: “Mudanças não são boas nem ruins. São apenas mudanças”. A reflexão é de que, todos os anos, as tecnologias vêm mudando e exigindo que as agências atendam às demandas, reinventem-se e atualizem-se, principalmente agora no meio digital.

3. Imagem e Reputação

“Se você não gosta do que está sendo dito, mude a conversa” Don Draper

Uma das frases mais emblemáticas de Mad Men e que tem tudo a ver com o profissional de RP e o que ele se esforça para fazer.

Mesmo dita por um personagem de ficção, mais de quarenta anos antes do nascimento das mídias sociais, ela faz muito sentido: se o público está falando sobre a sua marca, seja bom ou ruim, você é o único que pode fazer algo para mudar essa conversa.

4. Felicidade vende

“Emoção é o produto mais difícil de se vender.” Don Draper

Isso nunca fez tanto sentido quanto agora. As pessoas não compram produtos, elas compram experiências, compram o que os produtos podem fazer por elas e como eles podem tornar a sua vida melhor.

Para Draper, a publicidade é “baseada em uma coisa: felicidade”. Sua campanha deve fazer as pessoas sentirem algo e associarem esse sentimento ao seu produto ou serviço. É papel do RP ajudar a conectar a marca com o público emocionalmente.

5. Gerencie sua marca pessoal

“Poder não é nada sem carisma, sem liderança, sem atitude.” Don Draper

Quando Don entra em uma sala, você sabe que ele significa negócios. Ele veste a camisa do cliente, chega preparado, é persuasivo e está perfeitamente posicionado para a entrega.

Vimos Don Draper lançar com sucesso muitas campanhas publicitárias, ideias diferentes do esperado dos clientes, ousadas. Mas Don Draper não fez seu nome da noite pro dia, nem sozinho. Ao longo da sua carreira na publicidade, ele manteve uma boa equipe, confiança e criatividade, ou seja, construiu sua marca pessoal.

Isso é só um gostinho do que a série tem a oferecer, então, fica a dica!

Até a próxima,

@tutinicola

--

--

@tutinicola
Fantástico Mundo RP

Relações Públicas de formação, marketeira e Copywriter. Vivo da minha arte (de escrever) na praia.