Bird Box e a Gestão do Relacionamento

*Por Autora Convidada: Juliana Müller

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Não é segredo que Bird Box da Netflix é um dos assuntos mais comentados dos últimos tempos, mas você já fez uma reflexão mais profunda, enquanto profissional de comunicação, sobre a gestão dos relacionamentos durante essas duas horas de filme?

Pra quem ainda não assistiu, alerta para spoiler, mas nada que tire o brilho (ou não) de assistir com sua pipoca…

Já no início, a gente percebe a maravilhosa Sandra Bullock com traços fortes de problemas com relacionamento afetivo, familiar e social. Grávida, não sabe lidar com isso e tem dificuldade em aceitar a ajuda da irmã. Caso comum nas relações de trabalho, entender e respeitar as necessidades e características do outro é uma barreira para uma carreira de sucesso. Afinal, como evoluir sem ter uma boa relação com os colegas e chefias?

Nas cenas seguintes, onde o mundo vira de pernas pro ar e as pessoas estão cometendo suicídio ao “olharem pra coisa”, iniciamos um novo processo de relação: o da sobrevivência!

Aqui, a reflexão fica por conta dos desafios enfrentados pelos profissionais, em início de carreira ou não, para lidar com as demissões, novos desafios, novos cargos e troca de chefia. No filme ficam muito claras as personalidades fortes de cada personagem, fazendo com que a gente compare (mesmo que involuntariamente) com nossos clientes, colegas e fornecedores. Sempre tem aquele que toma a iniciativa, o que espera, o impaciente, o egoísta, o persuasivo e aquele que acha que pode salvar o mundo.

Todos nós somos um pouco de cada, mas no ambiente de trabalho alguma característica se sobressai e essa é a marca que fica registrada em um grupo. E você, se identifica com algum deles? Até que ponto isso te ajuda como profissional? Cuidado, isso pode não ser tão positivo…

Em determinado ponto do filme não restam mais muitas opções, lá está nossa protagonista com os 2 filhos que nem sequer nome os deu. Aqui fica a pergunta: que raios de mãe é essa que não tem apego às crianças a ponto de não lhes dar nome? Bom… depois de tudo o que ela fez para mantê-los vivos, acho que chamar de João e Maria seria o de menos, não é mesmo?

Voltando a questão da gestão do relacionamento… nem sempre o que os outros acham é, necessariamente, o certo. Cada um tem um ponto de vista e uma forma de se relacionar com os outros. Entenda e converse antes de criticar.

O final não vou contar, mas é importante a reflexão. Tudo o que somos e sentimos reflete nas nossas relações, seja com a família, amigos e no ambiente de trabalho, basta olhar pra dentro de si, entender, aceitar e evoluir.

As relações são a base da comunicação

Já diria o velho guerreiro “quem não se comunica, se trumbica”. Ele está certo. Como um profissional de comunicação vai fazer a gestão do relacionamento se não conhece (ou aceita) a si e aos outros? Comunicadores, comecem do começo (!!), as relações são o que mantém a estrutura e nos deixam evoluir em conjunto, porque não somos nem fazemos nada sozinhos.

Planejamento estratégico, mídias sociais, pesquisa, eventos… nada disso tem sentido se não olharmos primeiro para cada um que compõe nossa rede.

Por: Juliana Müller

Presidente Executiva da ABRP Nacional e da ABRP RS/SC, que vai ministrar o curso “Captação de Patrocínio em Eventos Corporativos”. Juliana é Relações-Públicas, graduada pela ULBRA, em 2009, e pós-graduada em Gestão de Negócios e Marketing. Atua na área de Relações Públicas desde 2006, principalmente em eventos corporativos.

Começou no universo acadêmico, enquanto voluntária no DA e DCE. Após, ingressou em agência de Comunicação e de Eventos, Grupo RBS e, em 2015, foi RP no Thomas Pub, importante casa noturna situada na conceituada Rua Padre Chagas, em Porto Alegre.

A Relações-Públicas ministra cursos de extensão em Eventos Corporativos, Assessoria de Comunicação e Cerimonial. Atualmente é Coordenadora de Comunicação e Eventos na Câmara Brasil-Alemanha, trabalhando diretamente com stakeholders da entidade, fomentando a gestão da marca da instituição e a qualificação profissional, através dos eventos corporativos. Entusiasta da profissão, assumiu a Presidência da ABRP RS/SC em 2017 e da Executiva nacional, em 2018, pois acredita que as Relações Públicas podem e devem nortear a comunicação nas empresas.

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Foram 11 anos de conteúdo e amor por Relações Públicas. Ficamos por aqui! Obrigada 💖