Cerimonial em Eventos
Estabelecer a ordem de precedência de acordo com o evento é papel do Relações Públicas
Por Cristian Alves
Nossa formação em Relações Públicas permite atuar em diferentes frentes, desde a Comunicação Corporativa, Comunicação Interna, Assessoria de Comunicação, Imprensa e Organização de Eventos. Quando atuamos na esfera pública, junto aos poderes, ou quando trabalhamos em organizações que exigem o uso do protocolo oficial em eventos, nos deparamos com a grande questão: ordem de precedência.
Aí surgem as dúvidas, pesquisas, confirmações de convidados para aplicar corretamente a precedência na solenidade.
Pensando em como contribuir com essa questão, que gera tantas dúvidas para alguns colegas de profissão, a partir das minhas experiências, trago para vocês algumas dicas de como aplicar a ordem de precedência. Confira a seguir.
Como eu, Relação Pública, devo aplicar a ordem de precedência em eventos?
Os profissionais que cuidam e trabalham no cerimonial, tem um leque de alternativas para aplicar a precedência. O critério adotado deverá seguir e ser adequado a cada circunstância, com prévio conhecimento e anuência do anfitrião ou da mais alta autoridade constituída.
Como base do cerimonial a precedência é considerada primordial nas solenidades, pois reconhece a primazia de uma hierarquia sobre a outra, e que possam participar autoridades públicas ou a população em geral. Isso determinará quem deve sentar primeiro e as ordens dos pronunciamentos.
A ordem de precedência poderá ser estabelecida seguindo os seguintes critérios:
HIERÁRQUICO: Considerado o critério mais pacifico. Baseado em uma determinada estrutura administrativa que hierarquiza os membros que a compõem. É adotado na administração pública (poderes executivo, legislativo e judiciário), e também no âmbito eclesiástico e no meio empresarial, nestes casos principalmente no cerimonial público devemos seguir o Decreto Federal 70.724, de 9 de março de 1972 que Aprova as Normas do Cerimonial Público e a Ordem de Precedência.
ANTIGUIDADE: Podendo ser da diplomação do cargo (aqui abrimos um parênteses, pois seguindo o decreto federal 70.724 temos que entender e conhecer a constituição históricas dos estados brasileiros) ou de sua função ( aqui também temos como exemplo as forças armadas brasileiras).
ECONÔMICO: Assemelha ao critério da força, onde o poder econômico prevalece na precedência entre os indivíduos. Acredito que hoje esteja presente, porém encoberto ou disfarçado de filantropia.
ORDEM ALFABÉTICA: É um dos mais práticos, pois evita conflitos com relação as pessoas e seus egos.
INTERESSES POLÍTICOS E EMPRESARIAIS: É considerado um critério imediatista, porém bastante adotado entre os organismos públicos e também no meio empresarial, seja no Brasil ou no exterior.
HONORÍFICO: Tem o propósito especifico de honrar um cidadão em uma determinada solenidade, mas lembrando que só vale para esse momento.
BOM SENSO: Terá a premissa de atender e entender os mais variados públicos, mas sempre seguindo as orientações da mais alta autoridade ou do anfitrião do evento/solenidade.
Devemos verificar os critérios, pois eles não são definitivos e sim se somam ou completam o quadro de trabalho da equipe de cerimonial, seja técnico e tenha conhecimento da ordem que estabelece o decreto federal, mas esteja sempre alinhando a autoridade que comanda a solenidade.
Seguindo o protocolo que nada mais é que o conjunto das regras de comportamento e costumes e principalmente os ritos de uma sociedade em dado momento histórico.
“O cerimonial é uma função que exige constante aperfeiçoamento profissional, conhecimento amplo do comportamento humano, da economia, da política, da sociologia e de outras ciências.” Gilda Fleury
Autor Convidado: Cristian Alves
Relações Públicas, CONRERP 4330, Cerimonialista da Cidade de São Vicente/SP.
Graduado em Relações Públicas, pela Universidade Católica de Santos (1998–2001), com Pós-Graduação em Gestão e Marketing em Serviços, pela Universidade Católica Dom Bosco (2014–2016). Possui experiências em Relações Públicas nas áreas de comunicação com ênfase em
Planejamento, Administração e Execução de Eventos Corporativos, Marketing de Relacionamento, Comunicação Institucional e Cerimonial Público.
