De cara a cara com um Relações Públicas
Nome: Eduardo Alves
Formação: Relações Públicas na Universidade Metodista de São Paulo
Trabalho atual: Executivo Sênior de Contas no Grupo de Consumo, na Edelman Significa envolvido com os clientes Kimberly-Clark, multinacional do setor de higiene pessoal e doméstica, e a rede de restaurantes Giraffas.
Já realizou atividades de relações públicas para marcas como Bain & Company, Herbalife, Pepsico, Paramount Farms e Wines of Argentina.
Eduardo ingressou na Edelman Significa em 2008, agência especializada em engajamento para construção de marcas. A Edelman é a maior empresa independente de relações públicas do mundo, com a Significa, agência brasileira pioneira em estratégias de causas e conteúdos para marcas. No mundo, a empresa tem 66 escritórios, mais de 4.500 colaboradores e escritórios afiliados em mais de 30 cidades.
O Fantástico Mundo RP perguntou ao profissional sobre o mercado atual de relações públicas e ele relatou sobre a evolução: “Anteriormente, o profissional tinha um papel menor como conciliador, mais como comunicador apenas, ou seja, trabalhava muito em divulgar. Desde os primórdios, trabalhar no conceito de mão dupla faz parte da profissão, no entanto no Brasil, essa prática não tinha evoluído a tal ponto. Nos últimos anos, analisando dados de pesquisas qualitativas e quantitativas podemos perceber que o cenário mudou. Quando me formei, mídias sociais se quer faziam parte da grade curricular. Hoje ele é o termômetro de muitas campanhas de comunicação. A necessidade de dialogar tornou-se uma realidade do nosso mercado também.”
O Relações Públicas ainda completa dizendo que o mercado tem crescido muito, na sua visão, principalmente para profissionais recém-formados. E declara ser importante o conhecimento de ferramentas, domínio de idiomas e uma formação cultural e social sólida: “demandas crescentes, uma vez que o País tem abrigado muitas organizações internacionais nos últimos anos”. E ainda cita “o papel do RP fica sempre responsável em ajudar no processo de adaptação da empresa à cultura local”.
Eduardo diz que o papel do RP também está muito ligado à credibilidade das informações vindas das organizações. “Credibilidade significa qualidade, nesse contexto, onde mensagens infundadas surgem em questão de segundos e pode levar a crises de imagem a profissão demanda executivos conectados, com boa formação cultural e visão de mundo ampla para que possa analisar e agir rapidamente sempre.”
Por fim, ele deixa uma mensagem aos futuros profissionais:
Ao ser questionado se as redes sociais iriam mudar a literatura, o autor Carlos Ruiz Zafón (uma das leituras de Eduardo) que hoje ocupa a lista de best-sellers de muitas revistas, inclusive no Brasil disse: “A literatura, a arte e a necessidade de narrar, de trabalhar o mundo das ideias, da linguagem, é algo que existe há muitos séculos. Em cem ou mil anos, a humanidade continuará compartilhando histórias, personagens, ideias, estilos, beleza, independente da tecnologia vigente”.
Para Eduardo: “Contar histórias genuínas é a lição que temos que aprender com a literatura ao fazer relações públicas. Ela aproxima a empresa de seu público e desperta a admiração. Independente da plataforma, relacionamento se constrói com confiança, transparência e sensibilidade. As histórias trazem criatividade, clareza, sintonia e confiança ao relacionamento. E não se trata de quantidade, mas, sim, da qualidade e da consistência em que se apresentam. Nos dias atuais, pressupomos que contar histórias não significa só falar, mas, sim, dialogar e estimular o seu público a fazer parte dela”.
O Fantástico Mundo RP agradece a participação e contribuições do profissional no blog!