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Habilidades e competências do mercado alinhadas à profissão de RP

Kelen Turmina
Fantástico Mundo RP
7 min readAug 20, 2021

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Muito se lê sobre as habilidades e competências profissionais para uma boa colocação no mercado de trabalho, mas como alinhá-las a profissão de Relações Públicas?

Nesta semana, abrimos uma postagem sobre o que é ser RP? Vários insights e opiniões pessoais foram publicadas no nosso perfil e que trazem muito o link sobre a percepção individual com base na atuação profissional de cada participante. Afinal, a profissão de Relações Públicas apresenta um leque bem amplo para a atuação no mercado de trabalho. Inclusive, esse é o tema da primeira temporada do podcast MUNDO RP que você pode ouvir aqui no link.

Sobre as habilidades e competências uns dizem que precisa ser comunicativo, se expor, outros apontam que preferem atuar nos bastidores. E você, qual a sua opinião?

Dentro da minha percepção e experiência, trabalhar como Relações Públicas exige muita resiliência, estudo e capacidade de adaptação ao novo. Para esse profissional a atualização e aprimoramento são essenciais. Afinal, a comunicação é uma constante e as mudanças nos canais de comunicação acontecem numa velocidade maior do que era percebida há alguns anos atrás.

Mesmo quando várias ações acontecem ao mesmo tempo, manter a calma e analisar cenários é necessário para tomada de decisão e antecipar possibilidades. Além disso, é necessária a habilidade de saber ouvir (o cliente, a gestão e o mercado) para poder estabelecer a estratégia alinhada aos princípios e valores da organização.

Com a pandemia, mudanças significativas puderam ser percebidas na atuação deste profissional e que vem ao encontro do propósito desta análise. Com isso, vamos relacionar as 16 principais habilidades e competências apresentada no site vagas.com, fazendo um link com a atuação do profissional de RP.

1-Comunicação: Sabe-se que para se comunicar com excelência o primeiro ponto é saber ouvir com atenção, compreender e saber expressar as ideias e projetos com clareza. Além disso, uma boa comunicação falada e escrita, está relacionada ao conteúdo que consome, seja o hábito de leitura de livros ou de conteúdos com fonte segura. Na atuação profissional, essa habilidade é importante independente do campo de atuação, seja na comunicação organizacional, em eventos, gestão de mídias sociais, gestão de crise, assessoria de imprensa, comunicação interna, enfim. Em todas as frentes de atuação a comunicação é primordial.

2-Foco em resultados: Os negócios existem para gerar resultados, sejam de imagem ou financeiros, os de imagem acabam impactando nos financeiros, ou seja, tem que gerar lucro. Em qualquer área que você for atuar, crie parâmetros para mensurar resultados, validar suas entregas e como elas impactam no resultado da organização. Nem todos RPs gostam de planilhas, mas elas são aliadas nessas horas. Tire o ranço e foque no que realmente importa, análise de dados e resultados.

3-Liderança: Não precisa ser líder formal para ter uma atitude madura de liderança. Muitos projetos de comunicação, ações, eventos vão estar nas suas mãos. Faça por merecer e busque maturidade e liderança para guiar o grupo de pessoas para juntos atingirem os resultados. Relacionamento, inclusão e respeito às diferenças de opinião para conduzir o time para uma meta comum e que gere resultados é um dever (ainda mais que você é o responsável pelas entregas).

4-Brilho nos olhos: Tudo o que fizer, faça com amor. Dedique-se e trabalhe com entusiasmo. Lembre que independente da área em que for atuar em comunicação, nosso papel é ser um elo, engajar para transformar, inspirar e conectar. E ninguém se conecta com ranço e cara amarrada (escrevo aqui porque já vi muito profissional que fica reclamando de tudo, com raivinha. Sério, é boring).

5-Mão na massa: Faça acontecer, apoie os projetos com seu conhecimento. Lembro que as primeiras experiências profissionais que tive foram por me colocar à disposição para apoiar as ações de comunicação da empresa onde trabalhei. Meu cargo era “Operador de Computador”. Não me deixei levar pelo cargo, mas sim colocar em prática o que estava aprendendo na graduação em Relações Públicas. Esses passos abriram muitas portas.

6-Pensamento de dono: Enxergue soluções onde a maioria vê dificuldades. Busque alternativas para construir ações coletivas e de impacto. Sempre existe uma solução ou novas ideias para atingir os objetivos do negócio. Quando você age como dono, você assume o compromisso e esse é um diferencial. Lembre que a comunicação pode transformar projetos em ações.

7-Equilíbrio emocional: Tudo ao mesmo tempo? Sim, hoje isso é mais real do que nunca. Mantenha o foco e, se estiver nervoso ou irritado, silencie, escreva num papel, depois rasgue ou queime. Palavras proferidas em momentos onde estamos com a mente cheia, podem se voltar contra nós. Faça uma lista detalhando as ações que precisam ser feitas e relacionando os prazos. Se estiver muito sobrecarregado, negocie prazos e faça ajustes. Sempre existe uma alternativa.

8-Flexibilidade e capacidade de se adaptar a mudanças: Quantas mudanças desde março de 2020. Se já afirmávamos que “o que nos move é a mudança” antes desse período, hoje já sabemos o quanto precisamos nos adaptar e sermos flexíveis conosco, com a vida e com as pessoas. Melhor feito do que perfeito. Uma ação de cada vez.

9-Criatividade: Nossa “queriduxa”. Essa está presente em todas as frentes de atuação do profissional de Relações Públicas, seja para a realização de eventos on-line e híbridos agora, seja para pensar uma campanha de comunicação interna, a comunicação organizacional ou pesquisa. Troque ideias, ouse, pense “fora da caixa” e afirme para si mesmo quando disserem: “-Sempre foi assim” (como já ouvi muitas vezes), responda: mas pode ser melhor e fale como pode ser feito. Lembre-se: “o não você já tem”. Já conquistei muitos “sim” ousando dar a minha opinião. Tente, é libertador!

10-Aprendizado contínuo: Esse está mais marcado do que orelha em livro de biblioteca. O mercado muda muito rápido, cada vez mais. Hoje temos inúmeros cursos, webinars e conteúdos gratuitos e disponíveis. Separe um tempo para investir no seu conhecimento. Ah! Lembrete, mantenha seu inglês em dia. Você vai usar sim.

11-Pensamento crítico: Mais uma vez, analise as situações e traga novos pontos de vista. Sua opinião e visão são importantes para acrescentar melhorias. Mas lembre-se, criticar por criticar, sem propor algo e depois que já aconteceu, não se encaixam em ideias construtivas.

12-Resiliência profissional: Naquele dia em que ocorreu uma ação que você precisa gerenciar uma crise, um imprevisto durante um evento ou um fato que impacta diretamente a empresa, uma ação precisa ser tomada num clima de muita tensão e pressão por resultados. Mantenha o foco e deixe para “chorar as mazelas” depois. Respire, pense nas alternativas viáveis, compartilhe com os demais envolvidos e juntos analisem a melhor solução. Quem atua e/ou vai atuar em comunicação sabe que imprevistos acontecem e que manter o equilíbrio, o foco e a atitude diante dos fatos são um diferencial.

13-Colaboração e trabalho em equipe: Apoie, ajude e aceite ajuda. Ninguém é melhor do que ninguém. Os melhores resultados são construídos através de ações conjuntas, com colaboração e trabalho em equipe. Nada se constrói sozinho. Estamos num movimento onde a colaboração vai além de indivíduo x indivíduo. Estamos criando redes de colaboração. E apoiar e parabenizar o trabalho de outros profissionais está dentro desse movimento de colaboração.

14-Capacidade de trabalhar remotamente: Este estamos treinando há 17 meses, já quase graduados em manter a sinergia entre as equipes e com os demais colegas mesmo que não estando no mesmo espaço físico. Durante a pandemia foi um dos grandes desafios da comunicação interna, se adaptar com o público remoto. Nos tempos que atuei em comunicação interna, dizia que o cliente estava todo o dia na porta. Hoje, esse público está remoto e manter o engajamento certamente exigiu muito jogo de cintura. Assim como os eventos on-line com suas conexões. Por outro lado, o desafio de manter uma rotina, estando em casa. Muito jogo de cintura, equilíbrio e maturidade para gerenciar esse novo cenário.

15-Comprometimento: A palavra já traduz, comprometa-se com o que foi planejado em comunicação e com a entrega dos resultados. Respeite os prazos, se ficar inviável, negocie. Mas mostre que você realmente busca o melhor para todos. Seja na entrega de um planejamento, execução de uma campanha, evento ou relatório com resultados.

16-Capacidade de inovação: Quem aí inovou durante o último ano? Todos tivemos que nos redescobrir, aprender novas formas de comunicar, sair do protocolo oficial e criar um protocolo on-line. Aulas remotas, cursos on-line, a sala de casa virando home office. Diante do cenário buscamos alternativas digitais para apresentar marcas, produtos e serviços. Todos aprendemos juntos no “novo normal”. Mas aqui na capacidade de inovar, te convido a pensar fora da caixa e buscar a tecnologia como aliada, fazer networking, pesquisar novas ferramentas e formas de trabalhar a comunicação no seu ambiente, no seu trabalho, na empresa.

E aí, gostou do nosso ranking de habilidades e competências profissionais voltadas para a atuação dos Relações Públicas?

Assim como a conversa que tivemos nessa semana sobre a percepção do que É SER RP PARA VOCÊ, quero saber quais habilidades e competências você acrescentaria para o nosso ranking?

Estamos num cenário colaborativo, onde todos podem contribuir. Deixe a sua opinião e contribuição. Quem ganha somos todos nós, RPs!

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Kelen Turmina
Fantástico Mundo RP

Relações Públicas, especialista em Marketing, Diretora da MAK Agência de Relações Públicas, Conteudista no Fantástico Mundo RP